Para entender o capítulo de hoje, leia o primeiro parágrafo do primeiro capítulo.

Boa leitura ^-^

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Escuto a campainha. No meio da noite, só poderia ser duas coisas, o namorado da minha vizinha que sempre se engana achando que essa é a casa da namorada dele ou poderia ser uma coisa muito importante para me acordar a essa hora. Me levanto cambaleando por estar morrendo de sono. Tento olhar pelo olho magico, mas não estou enxergando quem é. Abro a porta coçando os olhos.

–Essa não é a casa da Mary, a casa dela é... –Paro de falar quando percebo que quem estava na porta era apenas Jack.

–O que está fazendo aqui a essa hora? –Pergunto me escondendo atrás da porta, porque estou usando um pijama muito curto.

–Arrume as malas, você não pode mais ficar aqui, não é seguro pra você mais. –Fala me apressando.

–Mas porque? –Pergunto com medo. –Eu não contei a policia, eu fiquei aqui o tempo todo.

–Ele está vindo pra cá, e se você ficar ele vai te prender! –Ele tenta me convencer a ir com ele.

Mas quem seria "ele"? Jack não me responde quando o pergunto. Ele diz que preciso mudar de cidade para que assim posso estar segura. Arrumo uma bolsa não muito grande, ainda não estou acreditando muito nessa historia.

Shiki não voltou até agora, mas mesmo assim coloco água e comida para ele, não sei se ele vai voltar enquanto estou fora. Entro no carro e ele começa a dirigir. Não sei para onde estamos indo, eu até pergunto a ele, mas não sou respondida.

Tem um carro nos seguindo há uns vinte minutos, pode ser só coincidência, mas Jack não para de olhar pelo retrovisor por um segundo. O semáforo mostra o vermelho, fazendo com que os únicos carros ligados a essa hora, parem. Uma pessoa sai do carro de trás e Jack começa a ficar nervoso.

Falo para ele acelerar, mas ele parece não me ouvir, tento abrir a porta do carro e Jack puxa meu braço na mesma hora. Não estou entendendo no que está acontecendo.

–Me desculpa Vic. –Jack fala fazendo com que posteriormente saia do carro e o trancando em seguida.

Eu tinha conseguido abrir a porta quando ele tinha me puxado, ela só estava encostada. Abro a porta do carro e corro para qualquer lugar que seja longe de lá. No calor do momento, esqueci de pegar meus pertences que estava no carro.

Não conheço esse lugar, nunca tinha vindo para esse lado da cidade, não sei para onde ir, nem em que direção seguir. Nenhum estabelecimento está aberto.

Tem um carro vindo logo atrás de mim, não pode ser, eles estão me seguindo? Jack estaria do meu lado ou dessa outra pessoa? Sinceramente eu não sei.

Já estou ficando cansada, viro a rua e.. merda, é um beco sem saída, era só o que me faltava. Nesse momento eu senti alguém me puxando para trás, acabei caindo e olhando para trás no intuito de ver quem havia feito isso. Percebo que conheço ele. O homem com o ar sombrio tira algo do bolso e põe em meu rosto.

Seria ele a pessoa do carro? O assassino de Arthur? Espera, ele é o homem que estava naquela casa, eu tenho certeza que é ele. O mesmo homem que foi na loja há algumas semanas e o mesmo que eu fiz a entrega.

...

Tento abrir meus olhos, estou zonza, parece que bebi muito em uma festa de fim de ano. Parece que estou dentro de uma caixa super apertada e escura. Tento gritar, mas meus lábios estão presos por uma fita. Tento me soltar das cordas que me amarram, mas não consigo. De tanto esforço em vão, acabo adormecendo.

Parece que já está amanhecendo, pois consigo ver feixes de luz por uns buraquinhos do carro. Depois de muito tempo nesse carro, alguém abre o porta malas. Tampo meus olhos da imensa claridade, com minhas mãos ainda amarradas. Essa pessoa me pega no colo, colocando-me em suas costas. Meus gritos falhos não ajudavam. Fiquei dentro desse porta malas por muito tempo e estou a muito tempo sem comer e sem beber água. Por conta da fraqueza acabo desmaiando.

Presa por um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora