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Boa leitura :3
*^*^*^*^*^*^*^*—Claro que não Victoria. —Jack diz.
—Então por que me trouxe para cá? —Ele olha para baixo.
—Desculpa por tudo isso Victoria, eu só... —Ele interrompe o que dizia pelo susto que tomou. Era o som da porta do porão abrindo.
—O que ela está fazendo aí fora? —Brandon pergunta impaciente, limpando as mãos em um pano velho, olhando para Jack com indiferença.
—Acho que já está mais do que na hora dela ir embora —Fala temendo a resposta de seu tio.
Ele levanta uma sobrancelha, colocando o pano em cima da mesa.
—Você está ficando louco? —Fala aproximando sua mão lentamente até uma das inúmeras garrafas vazias de cerveja.
—Não, eu realmente vou deixá-la ir —Quando Jack acaba de falar, Brandon pega a garrafa vazia.
—Seu idiota, ela vai contar tudo para a polícia e você vai mofar na cadeia. —Brandon fala furioso.
—Não, ela não faria isso... Você não faria né? —Jack olha para a porta, mas eu já estava longe.
—Pobre menino ingênuo, você me decepciona mais a cada dia. —Brandon bate a garrafa vazia na cabeça de Jack, fazendo com que ele desmaie em seguida.
*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*
Essa deve ser a pior hora para fugir. Não faço ideia de onde estou. Não tem mais nenhuma casa aqui por perto, está uma imensa escuridão cujo as únicas coisas que consigo enxergar com a luz da lua são árvores e mais árvores.
Paro para descansar. Já fazia um tempo que só ficava naquele quarto, sem fazer nada. Está um silêncio amedrontador, só consigo escutar minha respiração ofegante.
Seguro minha respiração com um susto. Algo de vidro se quebra.
Olho para os lados no intuito de achar algum lugar para me esconder, então decido ir para a floresta. Posso ficar lá até amanhecer.
Respiro fundo e volto a correr. Parece que tenho um imã do azar. Uma luz forte é ligada, fazendo com que dê para me ver perfeitamente.
—Volte aqui sua merdinha! —Escuto a voz de Brandon me gritar da porta de sua casa.
Merda
Corro o mais rápido que posso. Meu coração está acelerado, estou tão desesperada que mal consigo respirar.
Me adentro na floresta. Estou com tanto medo que nem me importo com fato de que essa floresta seja tão sombria.
—Pare de correr, você não vai conseguir fugir de mim! —Brandon fala entre a respiração ofegante.
Estou cada vez mais cansada. Ele grita novamente e eu olho para trás, fazendo com que eu tropece em uma raiz de uma árvore. Me encosto a trás dessa mesma árvore, tampando minha boca tentando fazer o mínimo de barulho possível.
—Desiste! No final dessa tentativa de fulga, você terá o mesmo final, se aparecer logo ou ficar se escondendo. —Brandon fala impaciente indo para o lado oposto de onde estou.
Respiro fundo como alívio. Olho para o céu ainda tentando me recompor. O que faço agora? Olho para frente distraída. Até que vejo algo familiar.
—Não é possível! —Sussurro.
É um cemitério, eu tenho total certeza de que já vim aqui! Olho para os lados para comprovar minha hipótese.
Vou engatinhando até uma árvore mais próxima das lápides.
Que merda é essa...
É o mesmo cemitério do "enterro" de Arthur, e logo ali é o túmulo dele. As flores que coloquei em seu túmulo estão intactas.
O mais estranho de tudo é que ao lado tem um túmulo recém tampado. Pelo o que sei, Brandon é o único parente ainda vivo dos dois.
Enquanto olhava para o túmulo de Arthur não tinha notado o quanto estava vulnerável no momento. Estou de pé em frente ao túmulo. Até que escuto uma voz grossa composta por ironia, desprezo, raiva... uma voz calma, porém impaciente, vindo ao pé de meu ouvido.
—Oh, coitadinha... Você acha que ele realmente morreu? —Escuto ainda parada de costas para ele.
Brandon solta uma forte gargalhada, fazendo com que eu me vire para ele devagar.
Ele para de rir repentinamente, ficando totalmente sério. —Na verdade, deixe-me reformular esta frase. Você não achou que eu perderia a chance de matar ele... né?
*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*•*
Foi tão rápido que nem percebi quando ele me segurou.
—Me larga! —Falo tentando me soltar dele.
Brandon segura forte meus braços, me levando em direção a casa.
—O que é que eu te fiz? —Grito continuando minha tentativa falha de fugir.
Ele ignora, fazendo com que me segure mais forte e me leve mais rápido.
Chegamos na casa, de novo. Enquanto ele encontra a chave certa da porta e a destranque, já estou mais... calma? Acho que estou decepcionada comigo mesma. Eu deveria ter ficado escondida até o amanhecer para sair daquela floresta, mas não, eu fiquei vendo um túmulo falso idiota. Como sou tola...
Brandon me dá um empurrão para entrar no quarto, estava distraída que nem tinha percebido que já estou nesse quarto de novo.
Suspiro desmotivada.
Ainda olhando para a porta, sinto um toque em meu ombro. Me viro para trás segurando sua mão.
—Calma Victoria, sou eu —Jack fala com o tom de voz mais baixo.
Suspiro aliviada —Desculpa... —Depois de me recompor, olho para ele —O que faz aqui?
—Aquele velho idiota. Ele bateu alguma coisa em minha cabeça e quando acordei já estava aqui. —Passa a mão em cima da ferida.
—Ai meu Deus, você está bem? —Pergunto preocupada indo olhar onde tinha um pouco de sangue escorrendo.
—Não se preocupe com isso, é o de menos — Olho para ele sem entender.
Ele dá espaço mostrando o que havia atrás dele. Minha feição muda completamente. Desce uma lágrima de um de meus olhos.
—O que aconteceu com ele? —Olho para Jack esperando atenciosa por sua resposta.
—O Brandon. —Olho para Arthur, indo em direção ao mesmo.
—O que tem ele? —Me ajoelho no chão, ao lado de Arthur, examinando seus machucados.
—Ele descobriu tudo sobre o Arthur.
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Presa por um amor
Mystery / ThrillerVictoria Firshaeld, uma jovem adulta que se mudou para uma cidade pequena, onde começou a trabalhar em uma papelaria bem conhecida da cidade. Com isso, conhecesse seu novo chefe, Jack. A partir dai tudo em sua vida mudou. Data de início: 21/02/2019...