XXIX

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Mary.

Arthur, Jack e Victoria saíram agora a pouco sentido a cidade onde os meninos moravam com os pais. Mary roe as unhas sem parar. Está se sentindo mal pelas coisas que fizera a Victoria. Maggie está sentada no sofá junto aos amigos Simon, Jeff e Aurora. Shiki está indo em direção à sua dona, que está lendo um pequeno papel e logo em seguida pega o gato no colo sem tirar os olhos do papel. Mary vai em direção ao segundo andar, onde fica o quarto de sua amiga Aurora. Ela pega seu celular e pensa bem se liga ou não, mas enfim decide que ligaria para seu tio. Ela respira fundo e tenta roer as unhas, mas não há mais unha o suficiente para isso.

—Alô? Mary? —Oliver atende.

—Ela sabe. Eu contei tudo. —Mary diz e isso faz com que Oliver fique em silêncio sem entender.

—Do que está falando, Mary? —Ele pergunta entediado.

—Do Thomas, ela sabe de tudo. —Mary diz firme.

—Haha, você é uma pobre coitada, não faria isso. Além do mais, ela nem ao menos está indo para casa. Onde teria visto ela? —Oliver diz em um tom mais alto.

—Já está feito Tio. Eu não impedirei ela de contar tudo para a polícia ou fazer algo a respeito. —Mary engole em seco.

  Oliver da um sorriso soprado sem emoção. Ele fica em silêncio por alguns segundos e Mary não sabe o que dizer em seguida.

—Mary, você não sabe o que fez. Você acabou de destruir essa família. —Oliver começa a ficar exaltado.

—Ele era o pai dela. Ela precisava saber e eu não aguentava mais guardar isso para mim. —Mary diz sussurrando.

—Então decidiu fazer essa merda toda? Você não tem ideia do que fez. —Oliver desliga o telefone.

  Mary vê que suas mãos começam a tremer e não demora muito para que sentisse seu corpo inteiro da mesma forma. Como se estivesse tremendo por dentro do seu corpo. Ela está com muito medo do que seu tio pode fazer com ela. Mary anda de um lado ao outro várias vezes tentando pensar em algo que poderia fazer, então olha para o andar de baixo. Maggie. Logo Mary desce as escadas e chama sua prima para um lugar mais reservado para poderem conversar. Maggie guarda o papel que ainda estava em sua mão, no bolso.

Maggie parece perceber que sua prima não está bem. Sua feição muda, mostrando estar preocupada.

—Mary, está tudo bem? O que aconteceu? —Maggie pergunta inclinando sua cabeça para o lado, olhando fixamente para os olhos de Mary.

—Eu não faço ideia de como começar a te explicar isso. Eu só preciso que acredite em mim e não conte nada ao seus pais... —Mary engole em seco. —Por favor. —Sussurra.

Maggie não entende o que está acontecendo, mas tenta ao máximo não demonstrar medo ou preocupação para que Mary consiga dizer o que quer dizer. Mary começa com o início de tudo o que sabe sobre a relação de seus tios e o pai de Victoria. Maggie tenta entender toda a informação que Mary simplesmente está jogando para ela.

—E-e eu acabei de ligar pra ele e disse que Victoria já sabe. —Mary olha para os olhos de sua prima, demonstrando medo genuíno. —Maggie, eu não sei o que seu pai seria capaz de fazer comigo. Eu não quero morrer.

Presa por um amorOnde histórias criam vida. Descubra agora