Presa por um amor

VIII

++++AVISO++++

O capitulo de hoje pode conter palavrões e cenas fortes!

VERSÃO JACK

Acordo escutando uma briga, "Logo agora de manhã?! urrg.." penso colocando o travesseiro sobre meu ouvido. A gritaria continua, que saco, jogo o travesseiro para longe me levantando da cama em seguida, abro a porta do quarto com raiva.

—Que porra é essa logo agora de manhã? —Depois que descarreguei minha raiva, percebo que os participantes dessa briga são Arthur e meu tio Brandon.

—Por que vocês estão brigando? —Falo mais calmo porém confuso.

—Esse velho está ficando louco, se eu fosse você, botava ele em um asilo. —Arthur fala.

—O que? O que está acontecendo? —Pergunto olhando para Brandon.

—Ele está achando que eu soltei a "prisioneira" dele. —Arthur responde com o tom de voz elevado.

—E soltou? —Pergunto.

Arthur trava, ele não consegue mentir para mim e ele sabe disso. Ele fala que isso não é problema dele, pega as chaves do carro e depois vai embora. Eu sei que meu tio é completamente louco, por isso não mexo com os assuntos dele. Pego uma maçã e limpo em minha camisa. Eu podia ter evitado tudo isso, mas não, eu fui um idiota e acabei falando de mais.

—Eles passaram na papelaria. Há muito tempo que eu não a via. —Mordo a maçã e vou embora sem ao menos ver a reação dele com o que eu havia falado.

Já que hoje é domingo, não tinha nada para fazer, eu já almocei, joguei video game e até fiz uns desenhos que ficaram bons. Olho para o celular e vejo que já fazia um tempo que não conversava com a Victoria. Mando uma mensagem para que possamos nos encontrar.. só não sei onde poderia ser. Me veio o lugar que ela gostava muito de ir em minha mente como um piscar de olhos.

  Cheguei, acho que ela vai demorar um pouco, então peço um café expresso. Me sento em uma mesa perto da janela que da a vista da entrada, para que eu possa vê-la chegar. Lá está ela, mesmo a vendo todos os dias no trabalho, nunca tinha reparado sua beleza. Balanço a cabeça, "Oque estou pensando? uurg."

Andamos até chegar a casa dela, me despedi e em seguida ela entra em sua casa. Meu celular vibra e eu vejo que tenho 8 ligações perdidas de Arthur. Também vejo muitas notificações de mensagens:

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+ARTHUR+

~Jack, preciso falar com vc

~Oi

~Cara kd vc?

~Ele ta dando aquela crise de novo

~Atende o cell

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Merda, ligo para Arthur, mas ele não atende. Guardo o celular no bolso depois vou para o carro para poder ir embora. No caminho escuto meu celular tocar, é o meu tio.

—Alo? Brandon? O Arthur me ligou, o que era?

—Jack, o.. o Brandon, ele está louco para caralho, vem pra loja... AGORA! —Arthur diz.

Desligo o telefone e vou o mais rápido possível para a loja. Vou correndo para dentro, mas paro quando vejo Brandon segurando uma arma.

—O que você está fazendo? —Grito com os olhos arregalados.

—Vá embora Jack, isso não e problema seu!- Brandon fala com a arma apontada para os fundos.

—Onde Arthur está? —Falo tentando acha-lo olhando para os lados, mas então vejo que a arma segurada por Brandon, está sendo apontada para a porta dos fundos.

Me aproximo e ele acaba apontando a arma para mim, levanto minhas mãos e caminho devagar até a porta. Pergunto para Arthur o que havia acontecido, mas ele fala que só contaria se o tio entregasse a arma a ele. Obviamente Brandon não aceitou, mas eu confio em Arthur, sei que não posso, mas mesmo assim confio. Faço uma proposta, entrego a arma, mas as balas ficam comigo. Ele aceita e em seguida abre a porta fazendo com que começasse a falar.

—Eu convivi com ela, e.. você não podia ter feito isso tudo só para aumentar o seu ego frágil de merda. Ela é uma pessoa boa e só estava se divertindo com sua amigas em um baile de formatura que na verdade nem era na própria formatura, e você tirou isso dela também.

—Então é verdade né? você a soltou?! —Pergunto.

—SIM! Pelo amor de Deus, sim. Ela não tem culpa de nada, ela é uma adolescente, você queria o que? Adolescentes ricos são assim e ela tem o seu lado bom também, mas você não quis nem tentar enxergar isso. —Fala.

—EU VOU MATAR ELE, ME DÊ ESSA ARMA!! —Brandon fala e está furioso.

Ele tenta tirar a arma das mãos de Arthur, não sei se é o certo a se dizer, mas Arthur foi mais esperto e pegou as balas que guardava em meu bolso. Pobre Arthur, mesmo falando de ego para mim, ele tentou deixar o seu intacto.

—NÃO! —Puxo um de seus braços. Mesmo depois de tudo que passamos, ainda o considerava como um amigo, um grande amigo.

—Não vou me permitir morrer por esse velho louco, adeus idiotas. —Fala fechando a porta dos fundos fazendo com que tenha mais tempo. Escuto o barulho...tão alto que tomo um grande susto, tampo meus ouvidos me jogando para o chão, igualmente com Arthur.

A bala passou perfeitamente no meio de seu cérebro, fazendo com que morresse na mesma hora, e assim Arthur nos deixou.