Arthur está deitado no colchão, com inúmeros machucados pelo seu rosto. Está reclamando de dor em sua barriga. Me aproximo levantando lentamente sua blusa para ver o que havia de errado. Sua barriga está marcada por hematomas.
Olho para Jack. — O que vamos fazer com ele? Ele está muito mal.—Não há muito o que fazer. —Jack responde se sentando no chão em seguida.
Realmente não há muito o que fazer. Estamos presos em um porão de uma casa localizada no lugar mais isolado da cidade.
Passo as mãos em meu rosto. Paraliso em meus pensamentos por um momento.
—Conversa com ele.—O que? —Jack pergunta sem entender.
—Conversa com ele. Além do mais ele é seu tio, não? —Falo me levantando do chão.
—Não é tão fácil quanto parece, ele é extremamente lou... —O interrompo no meio de sua frase.
—Sabe... eu não entendo o porquê de eu estar preocupada com vocês, aliás, por culpa suas estou aqui. Então eu exijo que me tire daqui agora! —Falo confiante em minhas palavras.
Jack apenas olha para mim e diz —Como disse antes, não há muito o que fazer. —Posteriormente se levanta, indo em direção à Arthur.
Sério isso? Não fui convincente?
Respiro fundo —Jack, faz alguma coisa. —Falo com o tom de voz elevado.
Ele olha para mim sem paciência. —Victoria, você acha que se eu pudesse fazer algo, eu já não teria feito? Olha para ele... é a única pessoa da minha família que restou que não quer me matar. —Fala referindo a Arthur. —E eu não posso fazer nada para ajudá-lo. E agora você está me pedindo para "conversar" com meu tiozinho como se fosse adiantar algo? Como quer que eu te ajude, se eu não posso me ajudar?
—Deveria ter pensado nisso antes de me colocar nesse buraco. Talvez nada disso teria acontecido se não tivesse me trazido.
Jack fica calado, sem resposta. Me sinto aliviada por ter dito isso. Sei que não foi nada educado, mas é a mais pura verdade, e isso estava preso em minha garganta, sempre buscando o tempo certo para usá-las.
—Olha Victoria, eu me arrependo muito de ter feito isso, mas a culpa não foi toda minha. — Olho para Jack sem entender.
—O que está querendo dizer com isso? —Falo esperando por sua resposta.
—Como eu ia dizendo, meu tio é extremamente louco. Isso foi influencia dele. E... você também...
—Eu? Então a culpa de você me tirar da minha casa no meio na noite, para me trazer para esse lugar idiota, foi minha? —Pergunto já nervosa.
—Você chegou em uma hora ruim na loja naquele dia. —Jack fala tentando se explicar.
—E esse "acontecimento" faz de mim a culpada de tudo isso estar acontecendo? —Minhas expressões se tornam de raiva e ódio, pelo o que Jack diz. Aceno com a cabeça negativamente com desprezo. Posteriormente vou em direção ao fundo do cômodo para me sentar.
—Não foi isso que quis dizer. —Jack fala.
— Não, claro que não foi. —Viro para ele, olhando dentro de seus olhos. —Jack, me faz um favor. So dirija uma palavra a mim, se for relevante para sairmos daqui, apenas! —Me sento no chão apoiando meu rosto em meus joelhos.
Jack sem o que dizer e Arthur dormindo, torna o clima desagradável.
Estou quase caindo no sono quando escuto um barulho. Uma porta bate com força. Olho para Jack assustada. Arthur continua dormindo.
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Presa por um amor
Mystery / ThrillerVictoria Firshaeld, uma jovem adulta que se mudou para uma cidade pequena, onde começou a trabalhar em uma papelaria bem conhecida da cidade. Com isso, conhecesse seu novo chefe, Jack. A partir dai tudo em sua vida mudou. Data de início: 21/02/2019...