LORENZO.
“Eu amava tanto aquela garota que sentia que poderia fazer qualquer coisa por ela.”
[QUANTO MAIS COMENTÁRIOS
mais capítulos ainda hoje!]Eu gostava de dormir até tarde, principalmente quando eu havia ido dormir na hora comum de se acordar, mas não eram esses os planos de Jhenifer. Acordei quando ela começou a gritar no corredor.
— VOU ACORDAR O LORENZO! — Por ser vigilante a vida inteira, aprendendo desde cedo a dormir com um olho aberto e o outro fechado, e principalmente, com uma arma na cabeceira, naquele momento Jhenifer já havia me acordado. Sentei na cama quando a porta se abriu, me revirando por dentro por ter esquecido de tranca-la, e Jhenifer surgiu em minha cabine, uma confusão de cabelos vermelhos, biquíni verde neon e short curto branco. O colo de seus seios era uma bela visão, mesmo que eu estivesse de mal humor por acordar depois de uma única hora de sono.
— Nós vamos para as docas! — Ela exclamou, avisando e não me convidando, como deveria. Franzi o cenho.
— Nós? Eu vou é dormir. — Murmurei me jogando contra a cama novamente. Céus, aquele colchão nunca pareceu tão confortável. De olhos fechados, ouvi o barulho da porta sendo fechada e alguns segundos depois Jhenifer, literalmente, se jogou em cima de mim. Eu a abracei mais por reflexo do que por qualquer outra coisa, afinal, era essa a primeira reação de qualquer cara quando sua namorada pulava sobre você na cama.
Namorada.
Quando eu comecei a pensar nela assim?
— Somos nós dois, Devon, e os primos mais novos. — Ela disse se colocando sobre mim. Deitado de costas contra a cama, com a ruiva sentada em minha cintura e com as mãos ao redor da minha cabeça enquanto seu corpo pendia para frente, me dando uma visão maravilhosa de seus seios… Porra. Subi minhas mãos por sua cintura e me ergui sobre os cotovelos para beijar sua boca. Provavelmente eu não estava com mau hálito depois de escovar os dentes e dormir por uma hora, mas ainda assim, me separei dela logo.
— Eu sou obrigado? — Perguntei franzindo os lábios. Jhenifer sorriu carinhosamente.
— Não, claro que não. Mas eu gostaria muito que você fosse. — A ruiva disse com ternura, acariciando meu rosto.
— Como se eu pudesse negar qualquer pedido seu. — Revirei os olhos. Um barulho no corredor fez Jhenifer ficar tensa. — É melhor você levantar.
Jhenifer o fez, mas só depois de me dar outro beijo. Eu quase pedi que ela voltasse; deitado na cama, observando a mulher que eu amava andar até a porta, eu quis que nosso mundo fosse diferente. Porra. Eu nunca quis tanto algo na vida.
— Estou te esperando. — Jen avisou com um sorriso ao fechar a porta.
Eu estava perdido. Incrivelmente perdido. Depois que os sentimentos de decepção e traição passaram, por causa de meu pai, eu conseguia pensar com clareza e via o quanto aquilo havia sido uma péssima ideia.
Primeiro ponto: nosso relacionamento nunca iria para frente. Nós nunca seríamos aceitos por nossa família e sociedade.
Segundo: Aprofundar nossas interações românticas era o mesmo que aprofundar nossos sentimentos. A cada toque, a cada beijo, o sentimento entre nós crescia e intensificar isso sabendo que não tínhamos um futuro era uma burrada do caralho.
Terceiro: Se Thomaz descobrisse, eu estava morto. Literalmente. Ele jamais entenderia. Jamais permitiria que eu vivesse depois de estar com sua filha. E olha que nem tínhamos intenção de fazer sexo. O que com certeza seria pior aos olhos dele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração.
Romance» Esse é o quinto livro da Saga Inevitável, retratando a segunda geração, os filhos dos casais principais. Você precisa ao menos ler o primeiro e o segundo livro da saga para compreender esse, mas receberá spoilers dos outros dois. « Vida, morte e s...