50. The Power Of Love.

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JHENIFER.

“The Power of Love
A force from above
Cleaning my soul
Flame on burn desire
Love with tongues of fire
Purge the soul
Make love your goal.”


Quando fui de encontro a ele, tudo desapareceu, nada mais importava, o mundo poderia acabar naquele momento e eu sequer perceberia. Lorenzo estava ali. Lorenzo estava ali. Eu o abracei apertado, me jogando contra ele com braços e pernas. Lorenzo me ergueu para o seu colo e eu abracei sua cintura com minhas pernas, seu pescoço com meus braços, pressionando meu rosto em seu ombro. Lorenzo me apertou contra ele, respirando ofegante em meus cabelos. Pela primeira vez no mês, meu choro não foi de tristeza; foi emocionado e grato. Como eu tinha sentido saudade dele. Como era bom que a sensação de tristeza e dor desaparecesse. Ele estava ali, me abraçando. Comigo. 

Eu me afastei apenas para unir nossos lábios, o beijando desesperadamente, não me importando com quem visse. Todos já sabiam, eu tinha a prova incontestável crescendo em meu ventre. Lembrar disso fez com que eu afastasse minha boca da dele num rompante. 

— Preciso te contar algo. — Sussurrei enérgica. Lorenzo delicadamente me colocou no chão e manteve as mãos em meus ombros. — Algo importante. 

— Eu já sei. — Ele sussurrou de volta. — Thomaz contou. 

Por um momento fiquei irritada. Eu queria ser àquela a dar a notícia, mas é óbvio que meu pai já havia contado. 

— Você está feliz? — Perguntei com os olhos cheios de lágrimas. Lorenzo suspirou. 

— Eu não sei o que estou sentindo. — Ele admitiu. — Eu sei disso há cinco minutos, eu só preciso processar. 

— Nós vamos ser pais. — Soltei uma respiração dura. — Você tem ideia do que isso significa? 

— É por ter ideia do que significa que eu estou apavorado. — Ele disse com um sorriso fraco. — Mas eu te amo. Estou com você. E eu vou amar ele ou ela com toda minha alma, assim como amo você. 

— Você precisa falar com papai. Precisa convence-lo de que devemos ficar juntos. — Mais lágrimas de acumularam em meus olhos. Eu não conseguiria ficar longe dele outra vez, era simplesmente impossível. Lorenzo sorriu. 

— Se vocês terminaram, temos muito a conversar. — Papai disse se aproximando com os braços cruzados. Lorenzo se afastou, mas entrelaçou os dedos aos meus, mantendo nossas mãos unidas. Papai olhou o gesto com desgosto. 

Caminhei atrás dele em direção a casa, sem jamais soltar a mão de Lorenzo, mesmo quando entramos e todos colocaram os olhos sobre nós. 

— Eu vou infartar. Juro que vou. — Tio Nico constatou, mas não parecia tão irritado assim. 

— Eu sou muito nova para ser avó. — Tia Alessia murmurou com um sorriso emocionado ao se aproximar de nós. Mesmo com suas palavras, ela me abraçou apertado. Com pesar, soltei a mão de Lorenzo para retribuir o abraço. — Oh, Jhenifer. Eu já o amo como se o conhecesse. 

Eu queria compartilhar desse sentimento, mas só me sentia estranha e ansiosa. A ficha não havia caído. Para mim, ainda era inconcebível a ideia de que tivesse algo dentro de mim. 

— Obrigada pelo carinho, tia. — Agradeci com um sorriso realmente sincero. 

— Vai ter festa de noivado? — Alessa perguntou. — Está muito em cima da hora, não acham? 

— Festa de noivado? — Perguntei confusa. 

— Bom, eu queria fazer o pedido antes de te contar, mas nos casamos em três semanas. — Lorenzo disse aproximando os lábios do meu ouvido. Arregalei meus olhos.

CINZAS - Saga Inevitável: Segunda Geração. Onde histórias criam vida. Descubra agora