⚜️ 𝖢𝖠𝖯𝖨𝖳𝖴𝖫𝖮 𝖣𝖮𝖨𝖲 ⚜️

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𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝙳𝙾𝙸𝚂:
Clã Ozuno.

   XIAO ZHAN ANDAVA DE UM LADO PARA o outro no quarto que compartilhava com os meninos, sua mente fervilhando

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   XIAO ZHAN ANDAVA DE UM LADO PARA o outro no quarto que compartilhava com os meninos, sua mente fervilhando. Era impossível não se deixar levar pela indignação gerada pela ignorância de Katsuo em relação a ele, e a ideia de ter que suportar sua presença até o fim dos dias era intolerável. A simples possibilidade de continuar a obedecer suas ordens e, acima de tudo, realizar todas aquelas atividades por dinheiro o incomodava profundamente.

É claro que Xiao Zhan não ia negar; ele se reconhecia, ao relembrar sua primeira missão — aos treze anos — que havia se sentido atraído por toda a experiência, desde se camuflar nas sombras, correr com os colegas pelos obstáculos e, principalmente, a ação de matar. Era um misto de medo e satisfação, mas também extremamente arriscado.

Entretanto, ele passou a perder o gosto por essa atividade ao perceber, de forma clara, o erro que cometia ao se envolver em tais situações. Com apenas quinze anos, começou a se autocontrolar em relação às suas atitudes, palavras e posturas.

Durante as missões, esforçava-se ao máximo para não provocar dor aos alvos e evitar ter suas mãos manchadas com o sangue de outros. Contudo, havia noites em que o ômega se via acordado no escuro de seu quarto, relembrando as vidas que passaram por suas mãos. Ele se lembrava dos rostos dessas pessoas a cada golpe da sua Katana, assim como das ocasiões em que proferiam suas últimas palavras, prometendo e jurando que não se envolveriam mais em assuntos alheios, implorando por suas vidas. Pedindo e se afogando em sangue. No fundo, o lúpus sentia compaixão, mas não havia como voltar atrás. Não podia interromper o que já havia começado, pois, querendo ou não, as consequências recaiam sobre ele se não terminasse o que iniciara.

Era a regra. Era uma ordem.

Ele se acomodou na borda da cama, com o rosto encharcado pelas lágrimas que não paravam de escorrer de seus olhos avermelhados.

Xiao Zhan esforçava-se ao máximo para afastar as lembranças do mal que cometera no passado, tentando eliminar qualquer vestígio das ocasiões em que rira diante do sofrimento alheio, quando via pessoas enfrentando uma morte lenta e agonizante. No entanto, apesar dos anos que se passaram, os fantasmas do seu passado retornavam para atormentá-lo, como se fossem a última forma de consolo para suas almas atormentadas.

── Zhan!

Xiao não precisou olhar para cima para reconhecer a presença. Sentia-se horrível, sem vontade de enfrentar o olhar penetrante de JiYang.

— Zhan? — Song fechou a porta atrás de si e se aproximou do lúpus, ajoelhando-se à sua frente. Através dos feromônios, ele percebeu a dor que Xiao Zhan estava sentindo. Deu um suspiro suave e encostou seus lábios nos cabelos perfumados do outro. ── Você gostaria de conversar?

𝗡𝗶𝗻𝗷𝗮𝘀 𝗔𝘀𝘀𝗮𝘀𝘀𝗶𝗻𝗼𝘀 - 𝗬𝗶𝘇𝗵𝗮n [𝗔𝗕𝗢]Onde histórias criam vida. Descubra agora