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Dulce Maria Espinoza Saviñón

Achei um pouco precipitado a ideia de viajar assim em cima da hora. Mas Polito me garantiu que seria bom para mim me distrair, nem que seja um pouco.

Ele vai ficar com com minha mãe, enquanto eu não estou. Esse era meu plano de férias.

Assim que chegamos na casa de praia e eu desci do carro, e percebi que não havia hora melhor para tirar um tempo em um lugar lindo como esse.

Christopher carregou Olívia no colo, já que a mesma dormia. Eduard me ajudou a tirar as malas do carro.

- Dulce posso te perguntar uma coisa?

- Claro que sim. — fomos até a cozinha levar as compras.

- O que você e o meu pai tem?

- Que?? Como assim? — ri nervosa.

- Não se faz de desentendida. Se analisar vocês bem da para perceber que tem alguma coisa. Você gosta dele?

- Eduard eu e o seu pai não temos nada, além de amizade. Sendo assim eu gosto dele como amigo. — lhe entreguei uma sacola. - Agora me ajuda aqui.

Depois de terminarmos de guardar as compras, abrimos algumas portas para entrar ar na casa.

Christopher me mostrou o meu quarto, ao lado do dele para ser mais específica. Essa casa era tão grande, que haviam muitos quartos, acho que no total seis.

Nós comemos os pratos prontos que trouxemos da rua. Fomos nos sentar na beira da piscina.

Eduard pediu para ir se encontrar com uns amigos daqui da redondeza. Fiquei com o Christopher sentados embaixo de uma sombra.

- Não vai colocar um biquíni?

- Daqui a pouco eu vou. A vista aqui é linda.

- Fique à vontade.— abriu uma cerveja e me entregou outra. -Eu gosto bastante daqui. Comprei quando o Edu era um bebê que só sabia correr desengonçado.

- Essa casa tem anos então.

- Sim, mas sempre que preciso faço um reparo.

- A casa também é muito bonita e enorme.

- Gosto de casas grandes e bem espaçosas.

- Deu para perceber.

- Eu achei que você não iria vir, talvez seu namorado te fizesse mudar de ideia depois que eu saí.

- Que? Que namorado Christopher?

- O que estava semi-nu na sua casa, como se chama? Cristian. — comecei a rir. ‐ Do que está rindo?

- Ele é como um irmão para mim.

- Tá, mas ele é homem. Podem ter alguma coisa, sei lá.

- Do que eu gosto ele também gosta, entendeu? Ele é gay.

- Certo. Eu só perguntei porque não queria que houvesse mal entendido.

- Perguntou porque estava com ciúmes, isso sim.

- Não é isso. — pegou outra cerveja.

- Você estava com ciúmes sim, pode confessar. — falei rindo.

- A pessoa só sente ciúmes da outra quando sente alguma coisa ou tem alguma coisa.

- Então você sente alguma coisa por mim??

Ele não respondeu, continuou olhando a vista e bebendo. Eu podia ter ignorado tudo mas eu queria ouvir da sua boca que ele sentia alguma coisa por mim.

- Cris, pode olhar para mim? Porfavor.

- Diz. — me olhou.

- Me fala você, sente alguma coisa por mim?

- Isso é perigoso... — se aproximou.

- Não quero saber os riscos, só quero saber se mecho com você igual à como você meche comigo.

De onde eu tirei essa coragem para falar isso? Não faço a mínima ideia, só sei que senti que precisava falar e que esse era o momento.

Se ele se negar ou disser não sentir nada, eu desisto dele e de toda a fantasia que estou criando.

- Dulce... você me deixou surpreso. — rimos nervoso. - Mas você meche comigo sim, de uma forma que não consigo nem dizer.

Quando ia avançar sobre seus lábios, parei bruscamente quando ouvimos Oli gritar o pai.

- PAPAI! Por que não me acordou para vir para a piscina?

Olhamos ela tinha acabado de entrar na área, com uma cara de brava enorme.

- Temos muitos dias para aproveitar ainda filha.

- Está vendo tia Dul meu pai tem desculpas para tudo. — dei risada.

Terminei de beber a cerveja e me levantei. - Vou me trocar antes que o sol vá embora. Você me acompanha Oli?

Saímos de mãos dadas deixando o Christopher rindo do gênio mandão da sua filha. Coloquei um maio na Olívia, ela me esperou colocar um biquíni.

Lá em baixo Christopher passou protetor na filha e eu passei em mim, só faltou minhas costas.

- Pode passar nas minhas costas, um de vocês?

- O papai passa, ele toma conta de todo mundo tia.

- Cuida mesmo. — sorrimos.

Christopher passou o protetor nas minhas costas, quando Olívia foi buscar seus brinquedos Christopher falou:

- Biquíni azul? Estou começando a preferir a cor azul.

- Engraçado você. Este estava mais fácil.

- Fácil está em de tirar.

- Christopher! — demos risada.

- Ainda vamos terminar o que a minha filha interrompeu.

Passamos a tarde por lá, eu entrei na piscina com a Oli. Brinquei e bebi. Quando escureceu ajudei Olívia a tomar banho e vestir a roupa, fiz uma trança em seu cabelo.

Eduard chegou e foi direto para o seu quarto. Christopher também tomou banho e estava fazendo o jantar. Deixei Olívia na sala e fui tomar o meu banho.

Antes de descer passei pela porta do quarto de Edu e bati de leve. Ele abriu com o rosto vermelho.

- Que foi?

- Você não quer jantar conosco?

- Já vou, só preciso tomar um banho.

- Certo. Vamos estar te esperando. — sorri.

O comportamento dele me faz ficar atenta ao seus passos, não sei o porquê mas sinto que ele precisa de mim.

Me juntei ao Christopher na cozinha.

Me juntei ao Christopher na cozinha

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