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Dulce Maria Espinoza Saviñón

Estar com o Christopher me fazia bem, estar com as criança como diz o mesmo, me faz bem. Toda sua família chegou e eu tentei ser o mais amigável possível, mas era impossível.

Únicos que eu tinha uma relação boa era o Poncho, Annie e o Sérgio que apesar de ser um sem vergonha era uma pessoa de bom coração.

Agora caminhando na areia e sentindo o vento bater me sinto bem, mas estar na casa não estava me dando a mesma sensação.

- Estão vendo aqueles pássaros? — a criança acenaram positivamente. - Eles para terem aquela família linda precisaram conhecerem o seu par. Já perceberam que cada sapato tem um par, então... eu não sei como dizer.

- Então não diz papai. — respondeu Oli com sua inocência.

- Eu estou namorando com uma pessoa...

- Eu imaginei que vocês tinham alguma coisa.

O Eduard respondeu o pai, deixando ele surpreso. Olívia estava encarando o pai como se tentasse entender direito.

- Eu e o pai de vocês estamos... namorando.

Falei com cuidado com medo da reação da Olívia, que começou a ficar vermelha. Isso era um péssimo sinal? Diferente do seu irmão Olívia começou a chorar e gritar.

- SUA BRUXA! ME FALARAM QUE VOCÊ QUERIA ROUBAR O LUGAR DA MAMÃE! — Saiu correndo em direção a casa.

- Olívia! Espera!

Uckermann foi atrás da filha. Eu acreditei que ela teria uma boa reação, porque ela é super compreensiva e parecia gostar de mim.

- Não esquenta Dulce. Ela é mimada demais para entender as coisas.

- É... talvez... — Eduard pela primeira vez me abraçou.

- Fico contente, sei que você é uma boa pessoa.

O apertei forte, ele apesar de ser ainda adolescente era maior que eu, quase do tamanho do seu pai, a diferença era que ele era mais magro.

- Eu que fico feliz em saber que você pensa isso de mim.

O Eduard era bem na dele, mas dava para perceber que ele tinha carência de alguma coisa. Que eu iria descobrir.

Fiquei por um tempo sentada na areia com o Eduard, até uns colegas convidarem ele para ir jogar. Ele me pedia para avisar seu pai então eu entrei para dentro da casa.

- A minha filha não gostou muito da notícia.

- Sim, a Oli reagiu um pouco mal. Mas nada que  o tempo não resolva, não é mesmo?

- Nem tudo o tempo consegue resolver, até porque há coisas que não nascerão para dar certo.

- Igual nem tudo é como queremos, não é mesmo Elizabeth?

Eu estava sendo um pouco grossa, mas ela quem começou ontem mesmo com a minha sogrinha me tratando como uma simples babá. Na verdade ninguém merece ser tratado com desprezo como elas fizeram.

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