Dulce Maria Espinoza Saviñón
Eu estava tão feliz com o Christopher e seu pacote completo. Apesar da Olívia estar bem relutante comigo.
Oli tem um bom coração, mas acho que sua mãe agora está sempre fazendo sua cabecinha pequena e confusa.
Edu anda aprontando, uma vez peguei ele cheirando um pó que eu conhecia bem. Na manhã seguinte chamei sua atenção, ele me jurou que só foi aquela vez.
Eu percebo bem que isso se tornou mais frequente, seus olhos lhe entregam. Já passei por essa situação, quando minha mãe tinha esses mesmos problemas.
Pensei em falar com Christopher, mas o mesmo vai querer bater ou brigar com o menino. Estou em um beco sem saída.
Enquanto isso vou conversando bastante com Edu, ele é só um adolescente não merece passar por isso sozinho.
Hoje era a despedida de solteira da Annie, seria em uma restaurante, mas infelizmente eu não podia ir.
O idiota do meu chefe disse que não podia trocar minha folga hoje e eu não podia faltar, ja que sou uma das bailarinas que mais fatura.
Terminei de vestir minha fantasia característica de gata, que por sinal era mais ousada que todos os outros dias, hoje não usaríamos máscaras só uma maquiagem com nariz de gatinho.
Assim que as cortinas se abriram começamos o show a meia luz. Assim não conseguimos ver direito quem estava na plateia.
Dei o meu melhor como sempre, apesar do trabalho dançar me fazia bem. Só esperava que tudo acabasse logo para ir descansar em casa.
Vi um homem se aproximar empurrando os outros que estão à sua frente. Meu coração parou de bater na hora em que vi seu rosto no meio de tantos outros.
Não podia ser! O que o Christopher estava fazendo aqui na boate? Ele me olhava, me fazendo ter certeza de que era real.
Não podia parar de dançar, agradeci quando a música acabou e pude sair correndo dali. Cheguei no meu camarim e vesti minha calça é blusa o mais rápido possível, precisava falar e explicar tudo para Christopher.
Procurei ele no salão, não o encontrei. Só Poncho com muitos homens por perto, aí eu entendi tudo. A despedida de solteiro do Poncho foi aqui na boate.
- Poncho?
- Dulce? O que faz aqui? — me olhou surpreso e sorriu.
- Cadê o Christopher?
- Calma! Ele não está nem deu em cima de mulher alguma, inclusive foi embora agorinha apressado...
- Certo. Obrigada.
Sai correndo, nem ouvi o que ele gritou. Se eu desse sorte encontraria o mesmo do lado de fora. Dito e certo, vi o mesmo entrar no seu carro. Corri até lá, senti meus pulmões queimarem pelo esforço.
- Christopher! Espera! — ele parou e me olhou, com raiva...
- O que você quer Dulce?
- Preciso te explicar, aquilo lá dentro não é o que você está pensando...
- O que eu estou pensando??
- Que eu faço o que a maioria faz, não é assim eu trabalho lá porque...
- A quanto tempo me trai com vários... caras?
- O QUÊ? NÃO! Eu não faço isso, só danço!
- Daquela forma? A quanto tempo dança então?
- A um ano. — vi o mesmo socar o carro. Me assustei.
- POR QUE NÃO ME DISSE?
- Fiquei com medo da sua reação. De você entender errado.
- Como entender errado o que está muito claro?
- Ainda não te expliquei direito!
- Só... cala a boca. Vi o suficiente para entender que você é uma... — me olhou de cima a baixo.
- Fala Christopher! Uma imagem não quer dizer nada!
- Faz o seguinte? Me esquece! — abriu a porta do carro.
- Christopher... — tentei me aproximar e o mesmo se afastou. Senti meus olhos encherem de água. - Vamos acabar tudo assim?
- Eu prefiro a dor de te perder, do que manchar minha imagem e a da minha família.
- Você é um egoísta, um...
- Cala a sua boca! Quem é você para falar de mim?— me olhou com desdém. - A lembrei, UMA MULHER DA NOITE!
- Não fala assim. Deixa eu te explicar, — surrurei.- Por favor.
- Saí de perto de mim! Some da minha vida! AGORA!
- Você vai fazer isso mesmo com agente??— já não segurava as lágrimas.
- Vou embora. Só some, não quero meus filhos misturados com uma qualquer!
Ele entrou e fechou a porta do carro é deu partida no mesmo, quase passando por cima de mim. Que só sabia me abraçar e chorar.
Sem mais opções, peguei minha bolsa e dei as costas para aquele homem que chamei de amor.
Será que ele merecia meu perdão? Nem se quer me deixou explicar o porquê de eu trabalhar na boate.
Será que ele iria me pedir perdão? Eu não merecia todo seu ódio, que antes era puro amor.
Nunca esperei algo assim do Christopher. Seu olhar de desdém está gravado na minha mente de uma forma que me magoaria para sempre.
Pego um táxi chorando, antes que eu fique molhada, para completar minha alegria o tempo se fechou, a chuva castiga com gotas grossas sobre mim.
Senti que agora meu futuro foi acabado. Pensava em passar anos ao lado dessa família que eu amava, agora já não tenho certeza de nada.
• E agora?? Dias de luta...
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Chance Encounters
FanfictionDulce Maria Espinoza Saviñón é uma mulher encantadora, cheia de vida e ama expressar suas sensações através da dança, se vê passando por apertos. Christopher Casillas Von Uckermann é um homem exigente, arrogante, amoroso... Às vezes, mas sempre colo...