Dulce Maria Espinoza Saviñón
Com uma semana hoje era sábado, dia do casamento da Annie. Tentei pedir para ela trocar de madrinha mas a mesma me ignorou e ficou irritada com meu comentário.
As madrinhas estão em um SPA, que a muito custo saí arrastada. Não estava com ânimo para ser o par do homem que eu amo e me despreza.
Mas como já estava aqui, resolvi aproveitar. Recebi massagens, máscaras no rosto, esfoliação, e muitos mimos. Acabei ate esquecendo um pouco dos problemas.
Em frente ao espelho vejo meu reflexo, que antes cansado agora mais vivo, graçasa boa maquiagem. Se não estivesse comigo mesmo todo este tempo diria que nunca sofri por um término.
Meu vestido era na tonalidade pêssego bem claro, comprido, com alças um pouco grossas mas mostrava bastante o meu busto, em baixo tem uma espécie de lascou até metade das minhas coxas.
Meu cabelo estava metade preso, com fios soltos na frente, atrás continha umas flores do mesmo jeito que estaria no terno dos padrinhos.
Maite, Cristian e o seu namorado foram me buscar, seguimos para a igreja. Tudo estava muito lindo do lado de fora a catedral, um arco com flores brancas e detalhes em um tom pêssego deixava tudo muito a cara dos noivos.
Aguardei do lado de fora, até meu par chegar. Eu estava tão nervosa, sentia que ia fazer xixi na roupa a qualquer momento.
Estava tão concentrada que nem notei Poncho se aproximar com o Ucker. Me assustei assim que o noivo me cutucou.
- Que susto! — evitei olhar para o meu ex...
- Tá devendo Dulce??
- Claro que não Alfonso, só estava distraída.
- Sei...Só não se matem antes do casamento! Ou a Annie vai nos matar.
Ele falou isso e se afastou, apressado. O clima estava tenso, eu me sentia constrangida com ele ao meu lado. Ninguém trocou uma palavra.
Edu se aproximou de nós. Sorriu sem mostrar os dentes e me abraçou apertado, eu só retribui o gesto. Percebendo que precisava daquilo mas que tudo.
- Como você está? — perguntei sentindo meus olhos encherem de água.
- Estou indo Dul, mas é você?
- Estou ótima!
Tratei de responder rápido, antes que eu começasse a chorar. Eu tinha que esperar a cerimônia começar para disfarçar.
- Bom. Meu filho porque não vai procurar sua mãe e sua irmã? Ou até mesmo seus avós?
- Pai eu...
- Vá logo, já é hora de entrar.
Edu olhou para nós dois depois me deu um beijo no topo da minha cabeça, já que era mais alto, e saiu.
Sorri com seu jeito tímido mas protetor, como se ele apesar do término estivesse ao meu lado.
Um homem organizou a fila de padrinhos, para entrarmos. Meu coração quase saiu pela boca e meu corpo me traiu, ficando arrepiado assim que Christopher entrelasou nossos braços.
Ainda estava evitando contato com ele, precisava não olhar para ele, prometi para mim mesma que não me humilharia para ninguém.
Entramos, ficamos em nossas posições ao lado do noivo. Estranhei o fato de que nossos braços ainda estavam tão grudados.
Quando Annie entrou eu não aguentei, chorei. Graças aos céus inventaram maquiagem a prova d'água, se não a essa hora já estaria parecendo um monstro.
Vi um lenço ser estendido para mim, acompanhei o caminho de sua mão até seu rosto. Christopher estava sendo gentil, apesar de estar com tantos sentimentos ruins dele, meu coração pulou de emoção com seu gesto.
- Você precisa mais que eu.
- Certo. Obrigada.
Me virei para a onde estavam os noivos, a cerimônia foi linda. Vez ou outra eu chorei um pouco, mas consegui sair intacta no final.
Saímos da igreja e eu fiz questão de me soltar do Ucker e ignorá-lo, indo de encontro aos meus amigos.
Seguimos para o salão de festa. Os noivos entraram, eu fui os felicitar. Estava sentada vendo muita gente animada no salão.
Meus olhos bateram nele, por que ele tinha que ser tão lindo? E mecher tanto com meu coração?
Elizabeth, linda e deslumbrante como sempre, apareceu ao lado do Ucker falando algo no ouvido dele.
Vi Olivia subir no colo do pai e Eliza se aproximar dos dois, Ucker chamou Edu e pousou a mão na cintura da sua ex e uma foto foi tirada.
Então era isso que ele queria mesmo, uma simples desculpa para voltar para sua ex mulher e fingir ser uma família feliz. Idiota.
Com esse pensamento peguei mais uma taça de espumante, saí a procura dos meus amigos. Vi eles na pista e me aproximei.
- Vamos dançar amiga! Aproveita e esquece aquele babaca!
- Eu não consigo Mai, ainda mais com ele tão perto.
- Já sei do que você precisa.
Me arrastou até um bar, onde havia um pessoal fazendo drinks.
- Prepara um bem forte para minha amiga aqui, daqueles para quem sofre de amor.
Fiquei vermelho e o rapaz do bar riu e acenou, começando a preparar uma bebida azul. Sorriu e colocou a minha frente.
Sim eu estava sentada, já que Maite fez o favor de me deixar lá sozinha. Sorri de volta e fiquei lá bebendo e observando tudo ao meu redor.
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Chance Encounters
FanfictionDulce Maria Espinoza Saviñón é uma mulher encantadora, cheia de vida e ama expressar suas sensações através da dança, se vê passando por apertos. Christopher Casillas Von Uckermann é um homem exigente, arrogante, amoroso... Às vezes, mas sempre colo...