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Dulce Maria Espinoza Saviñón

Acordei de um sono pesado, nunca mais havia dormido tão bem. Passei minha mão sobre o colchão macio procurando seu corpo, que não estava lá.

Me levantei da cama, olhei as horas no meu celular e só então fui para o banheiro. Tomei um banho e vesti a mesma roupa de ontem, já que levei minhas coisas embora.

Meu sorriso de orelha a orelha me dedurava de que a noite foi ótima, mas o mesmo morreu assim que vi duas notas de dinheiro na ponta da cama.

Meu coração acelerou, quase errando as batidas. Eu estava louca, paranoica, só podia ser. Custava acreditar que ele estava me pagando pela noite de ontem.

Quem ele pensava que eu era? Ou melhor lembrei bem do que ele achava que eu era... uma qualquer.

Meus olhos se encheram de lágrimas ee forcei a não deixá-las derramar. Peguei as notas sobre a cama e coloquei na minha bolsa, saindo do quarto.

Chegando no andar de baixo tia Bá me avistou e me chamou.

- Senhora! Quanto tempo. — sorriu para mim. - Poderia me ajudar a pegar algumas caixas e levar até o escritório?

- Bárbara eu estou com pressa.

- Eu juro que vai ser rápido. Elas estão pesadas e eu não consigo sozinha.

- Certo. Vamos logo.

- Obrigada senhora!

Pegamos as caixas e levamos até o escritório, antes de sair algo me chamou a atenção. Caminhei até a mesa e olhei o que se tratava, eram fotos minhas dançando no pole.

Passei a olha-las com pressa, várias fotos minhas, com roupas de apresentação diferente e uma eu estava abaixada e a posição da foto parecia que o homem a minha frente iria colocar uma nota dentro dos meus seios.

Sai de lá o mais rápido possível, levando as fotos comigo. Cheguei ao andar do CEO da empresa com a ajuda de Annie.

Sua nova secretária tentou me segurar, mas passei por ela feito um furacão abrindo a sala do Christopher com toda minha força.

Todos na sala me olharam surpresos. Então Christopher pediu para que os dois homens o dessem alguns minutos e esperarem na sala de reuniões.

- O que faz aqui Dulce?

- Vim fazer isso... — me aproximei dele e rasguei as notas que ele me deu na cara do mesmo.

- Está maluca? — me segurou.

- Estava sim! Quando fui fraca e dormi com você ontem... mas já não estou mais!

- Eu quem fui fraca e me deixei levar pelas emoções. — me soltei de seus braços.

- Pense o que quiser sobre tudo. — amassei as fotos e joguei em sua direção. - Mas eu não sou uma vagabunda como você acha, só que isso não faz mais diferença.

- Como acha que me sinto vendo todas essas fotos, que indicam sua profissão??

- Não me interessa mais! Escuta aqui Uckermann...— apontei o dedo no seu rosto. - Eu nunca vou te perdoar por você não saber nada sobre confiança!

Chance EncountersOnde histórias criam vida. Descubra agora