Capítulo 8 - PRESAS DE PRATA

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Yandra acordou com a cabeça fria, vendo a situação de outro ângulo

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Yandra acordou com a cabeça fria, vendo a situação de outro ângulo. Até que dormira bem, apesar dos acontecimentos da véspera. O sonho erótico com Sincler a havia deixando mais calma e relaxada.

Cruzando os braços atrás da cabeça, sentia-se pronta para enfrentar o novo dia. Não iria se deixar influenciar pelo olhar profundo e o encanto de Sincler. Tinham que voltar logo para o seu reduto, o trabalho estava à espera dela, e o que quer que ele decida — ficar no Continente Rivian ou voltar para o mundo dos humanos — era problema dele!

Uma hora depois, vestindo jeans e uma blusinha leve, branca, Yandra escovou os cabelos e prendeu-os num rabo-de-cavalo antes de ir tomar uma refeição que pudesse lhe revigorar. Estava faminta. Tinha sido loucura sair daquele jeito, antes de jantar. Encontrou ovos mexidos, pão, presunto e sonhos recheados. Alguém deixara um guia de viagem sobre a mesa. Começou a ler atenta, sem perceber que um homem sentava-se silenciosamente na cadeira em frente à dela. Quando ergueu os olhos e o viu ali, abriu os lábios, mas nenhum som saiu-lhe da garganta. Lembrou-se imediatamente do sonho e corou envergonhada.

— Bom dia, Yandra. Teve bons sonhos? Cumprimentou Sincler, com um sorriso fascinante, daqueles de publicidade de creme dental.

Maldição! Ela estava completamente perdida!

Yandra respondeu fingindo estar distraída, mas atenta às covinhas nas faces dele.

— Bom dia... A voz soou distante aos seus próprios ouvidos. e se sentiu mal por isso. Ela estava lutando contra duas vontades dentro dela mesma e isso a deixava cansada, estressada.

Tentou concentrar o olhar nas diversas tendas balançando ao sabor do vento, no casalzinho de Lycans se preparando para sairem, nos raios de sol que brincavam nas águas do lago, no casal de lobos que estava debaixo de uma árvore, parecia ser um piquinique. Em qualquer coisa, menos em Sincler Beckembauer, que, vestindo o seu conjunto escuro, moltava perfeitamente o seu corpo másculo, derramando encanto e um cheiro de sexo.

— Sinto muito por ontem, Yandra... Você perdeu um bom jantar.

— Eu também sinto. Respondeu ela, sacudindo os ombros e encarando os olhos escuros dele. — Foi besteira minha pensar que você era diferente. Acrescentou, sabendo que não devia dizer aquilo.

Os olhos escuros dele brilharam ao ficarem dourados ao sol da manhã.

— Diferente do seu amigo Havoc? Sou sim. Se você tivesse ficado para jantar, iria descobrir isso. Tivemos uma discussão. Sabia?

— Imagino e não quero saber dos detalhes. Está pronto? Se está, eu gostaria de ir o mais depressa possível. Quero esquecer essa noite e tudo o que aconteceu.

— Estou pronto e já me alimentei. Quando você quiser, vamos. Havoc foi embora ao amanhecer, se é que está interessada. Contou ele sem tirar os olhos de seu rosto.

— Não estou. Havoc Lupús não é da minha conta.

— Mesmo? Os olhos dourados a fitavam de modo desconcertante. Era como se ele tentasse além de incadir seus sonhos, explorar os seus pensamentos também.

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