Dedicado à virginiana0209
Yandra sentiu o rosto arder. Ele fizera o comentário sem pensar que poderia ter aquela resposta. Fez um sinal rápido e as duas caminhonetes se puseram em movimento. O Garou estava numa valeta rasa e a primeira coisa que tiveram que fazer foi obrigá-lo a ir para o terreno plano. Cada caminhonete tinha um Lycan de pé em cima, carregando um vara forte, comprida, e um laço. O mesmo sistema era usado para capturar animais selvagens. Yandra e Sincler seguiram as caminhonetes com o jipe. O caminhão de transporte seguia atrás. Tudo parecia que daria certo, mas o destino tem outros planos em mente.
O Garou atacou primeiro uma caminhonete, depois a outra, sem causar qualquer estrago. Era evidente que não dispunha de toda sua força. Quando ele começou a se movimentar mais devagar, afinal, os Lycans usaram os laços. Quando laçaram-no pelo pescoço, as caminhonetes pararam. Nesse instante dardos com a metade da dose de tranquilizante foram atirados nele.
— Agora vem a parte mais difícil. Disse Yandra, saindo do jipe.
Os minutos seguintes foram uma mistura de Lycans gritando, poeira subindo e arremetidas cegas do Garou, que tinha o brilho morte nos olhos escuros. Alguns Lycans passaram cordas nas pernas traseiras do lobisomem, outros passaram-lhe várias cordas no pescoço. Antes que Sincler pudesse pensar, viu o grande lobisomem subir a rampa do caminhão de transporte e entrar na jaula.
Ele se aproximou do Garou e seus olhos ficaram vermelhos, o mesmo o olhou fixamente e foi se acalmando devagar.
— Isso meu irmão, fique calmo. Ninguém vai machucá-lo. Viemos para ajudá-lo e nada mais. Não somos seus inimigos. Durma agora! Ordenou num suave sussurro.
Notou que os demais não haviam percebido a sua manobra. Pois usou apenas um pouco de seu poder dominante e se afastou depresa antes que alguém percebesse o que ele havia feito.
— Que coisa mais incrível! Exclamou fingindo não ter feito absolutamente nada. — Era possível cheirar o medo, tanto dos Lycans quanto do Garou. Puxa! Isso é que se chama aventura repleta de adrenalina, não é?
Yandra, ao lado dele, verificou que a manobra toda levara pouco mais de vinte minutos — um tempo recorde — e que Sincler também participara da ação. Ele ajudara a conduzir o Garou para a rampa e a remover as cordas. Estava pálido, suando pelo esforço ou era outra coisa...
— Você não devia ter se metido nisso. Disse áspera e ficando nervosa. — Ainda não está bom. A perna está doendo muito?
— Posso ser um aleijado, mas não sou um inválido. Respondeu ele, os olhos dourados como dois sóis incandescentes. — Prefiro que dirija a sua piedosa simpatia para o Garou enjaulado! Eu não pedi a sua piedade!
O tom de voz de Sicler fez Yandra gelar, apesar do calor. Nossa como ele era teimoso! O rosto estava tenso, os olhos cansados, mas ele não queria admitir a própria dor. O problema da perna não alterava a masculinidade dele. Ao contrário, dava-lhe um toque de vulnerabilidade que emocionaria qualquer fêmea lupina. Agora, estava mais do que ciente: ele detestava qualquer demonstração de piedade.
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Presas de Prata
Wilkołaki(Não recomendado para menores de 18 anos!) Nossa vida é parecida com os filmes. Amor, comédia, aventura, ficção, drama e terror. Só que não adianta ficar parado comendo pipoca, pois quem faz o final é você. ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ Livro autoral, escrito por...