Capítulo 36 - Presas de Prata

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Latam estava acomodado ao lado do motorista e seu rosto parecia esculpido em granito

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Latam estava acomodado ao lado do motorista e seu rosto parecia esculpido em granito.

— Desculpem eu não estar aqui quando vocês chegaram. — Disse, assim que a poeira assentou. — Está tudo uma confusão danada! Verônica Alexander do clã Fúria Negra está lá em casa.

Apesar do intenso calor, Yandra sentiu um arrepio gelado percorrer-lhe o corpo inteiro.

— Verônica... Está... Aqui? Impossível... Ela está morta! Eu mesmo a vi morrer diante dos meus olhos. — Gaguejou Sincler, como se não pudesse acreditar no que ouvira.

— Foi o que eu disse... Mas a mesma afirma que a falecida era a sua irmã gêmea. — Resmungou Latam, irritado. — Tivemos que ir buscá-la a poucos horas, que foi o lugar mais próximo que ela conseguiu chegar. Você sabia que ela vinha? Não, claro que não sabia filho. Está mais pálido que a lua cheia no mês de maio! Que droga, não? O clã dela bem que podia ter nós avisado disso tudo antes!

— Se toda essa história for verdade. Não estou surpreso, ela é assim mesmo. Sempre ocultando fatos e verdades sobre si mesma... — Disse Sincler, amargo. — Sempre teve uma queda para situações dramáticas. Disse por que veio? Por que eu não estou afim de ouvir mais as suas mentiras e muito menos histórias tristes de uma irmã gêmea enganada pela outra.

— Só disse que sentiu a sua falta e que achava que era hora de pôr as coisas em ordem. Contar por que não lhe revelou antes toda a verdade.

Yandra observou os olhos vermelho de Sincler. Se bem que houvesse uma expressão de raiva em seus lábios, os olhos demonstravam também confusão. Sentiu o estômago se contrair. Tinha vontade de sair correndo, de fugir daquele fato como se ele jamais tivesse acontecido. Mas uma perversa curiosidade a fez ficar ali. Queria ver Verônica Alexander por razões Lupinas femininas e pela principal vontade de arrancar os olhos da outra.

Já não havia motivo para perguntar a Latam como se sentia. A quantidade de adrenalina que circulava no corpo dele, naquele momento, demonstrava que estava completamente bom. Olhou Yandra com carinho e profunda simpatia.

— Bem-vinda de volta à casa, Yandra. É bom ver você. Essa tal de Verônica é agitada como milho de pipoca estourando e tem a sutileza de um elefante numa loja repleta de cristais! Ela só reclamou o caminho todo até aqui. Disse que nunca tinha visto uma terra mais horrorosa e gritou como uma possessa quando viu nossos diversos animais selvagens que vivem soltos em nossas dependências! E eu já quero rasgar a garganta dela.

Yandra sentiu o riso subir-lhe pela garganta, apesar do jeito que se sentia. A expressão de Sincler era intensa.

— É bem ela... Mais humana do que uma Lycan! — Murmurou. — Se ela já detestava o mundo humano por não aceitá-la, deve estar achando essas terras um inferno! — Olhou para o pai. — Imagino que você fez o possível para aumentar os traumas dela!

— Eu? Eu agi como sempre, filho... Não venha me culpar pelas frescuras daquela fêmea! Uma Lycan deve ser sempre uma guerreira sendo ou não num campo de batalha.

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