Capítulo 11 - PRESAS DE PRATA - Especial

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Dedicado à DILN58

Foram interrompidos por Iago, que veio servir-lhes o alimento

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Foram interrompidos por Iago, que veio servir-lhes o alimento. Yandra suspirou, aliviada. Ela não estava com vontade de falar sobre a má sorte de ambos com o sexo oposto.

— Não é de admirar que você não queira deixar Iago ir embora. Comentou Sincler, ao provar o sanduíche de frango com maionese. — Ele sempre alimenta você deste jeito? Está muito bom mesmo!

Os sanduíches estavam ótimos, o chá gelado no ponto certo. Como sobremesa, morangos, melão e cachos de uvas rosadas, numa enorme bandeja de madeira. Tudo isso era produzido atrás da grande mansão de madeira e pedra. As pequenas plantações e criatórios abasteciam as residências mais próximas.

— Ele me mima muito. Respondeu Yandra deixando claro o tipo de relacionamento que havia entre eles. — Mas Amara também é uma cozinheira sensacional. É uma pena eles não poderem desempenhar as suas habilidades juntos, em uma casa ou na outra. Eu deixaria Iago ir embora agora mesmo, se tivesse certeza de que isso os ajudaria a serem felizes.

Meio sorrindo, Sincler sacudiu a cabeça. Ele tinha mais certeza ainda depois dessas palavras que ela se parecia mais com o seu pai do que ele mesmo. Se ela soubesse da verdade, talvez entendesse um pouco mais sobre o que se passava em seu coração.

— Foi só um comentário, Yandra. Eu não estava querendo criticar você. Deixei de ficar sempre na defensiva quando eu estou perto de você.

Os olhos dela percorreram o rosto moreno, que parecia esculpido em bronze, e fitaram os olhos de um dourado profundo.

— Não me senti criticada. Disse suave. Mas com uma certa irritação pairando em sua voz. — Eu gosto de viver nesse continente e dos clãs que me rodeiam. Só isso. Acho que iria levar muito tempo para lhe esclarecer essas coisas.

— Coisas? Será que está se referindo aos meus comentários sem graça? Desculpe... Sei que você é muito dedicada, mas será que não podia ter piedade desta pobre alma Lupina que não tem o privilégio de sentir a envolvente paixão que você carrega por estas terras? Não me entenda mal. Não estou caçoando dos seus sentimentos, mas não os entendo. Aliás, quero entender, aceito qualquer sugestão que ajude a nossa amizade a crescer. Você me fascina... E acho até que sinto inveja. Eu nunca senti nada parecido por esse lugar e tenho a sensação de que perco muito com isso. Mas também não posso julgá-la, pois não sabe de nada sobre mim.

Yandra enrubesceu. Ele estaria sendo sincero? A imaginação começou a trabalhar a mil nesse instante. A suave brisa carregava o calor de um dia quente de verão, essa mesma brisa murmurava entre os galhos das árvores, os sonhos assumiam o glorioso tom dourado do sol da tarde. Amor, não amizade... Pensou com um certo misto de tristeza em seu jovem coração. Trabalhar lado a lado em algo importante para ambos.

O que isso poderia significar afinal?

Sincler movimentou-se de leve e seus olhos brilharam. Yandra viu neles um intenso desejo, seu coração pareceu dilatar-se...

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