Dedicado à autoraellie
Yandra não percebeu quando o abraço fraternal de Sincler se transformou numa carícia sensual; só deu por si quando correspondeu às mãos carinhosas, à proximidade da coxa musculosa contra a dela. Os lábios dele estavam sobre seus cabelos, a respiração quente como a brisa selvagem que os rodeavam.
— Você é mesmo uma fêmea estranha. Murmurou rouco. — Ontem à noite, com aquele vestido branco, você enfeitiçou todos os machos que a viram. Hoje, com o rosto molhado de lágrimas, cheirando a terra e sol, você me enfeitiçou. Virou-a de frente para si, circundou a cintura esguia com as mãos fortes e puxou-a para mais perto, tão perto que ela podia sentir-lhe o coração bater.
— Sincler... Murmurou e sua voz foi abafada pelos lábios dele, que se apoderaram dos dela.
Por longos momentos o beijo não foi mais do que os lábios de ambos um contra o outro; mas logo depois a boca de Sincler tornou-se exigente, explorando a dela, dominando-a até que as respirações de ambos se tornaram uma só.
Lentos, os braços dela circundaram o pescoço de Sincler, os dedos enfiando-se nos cabelos fartos. Sentiu melhor a firmeza dos músculos das coxas dele, do peito, enquanto tinha impressão de se dissolver ao sol da tarde de verão, a força do desejo arrastando-a para um riacho acetinado, flamejante de paixão... Uma paixão que a elevou a uma região desconhecida, brilhante, erótica e selvagem, como só poderiam ser os seres de sua raça.
Ele murmurou-lhe o nome... Uma carícia sussurrada contra a pele macia do pescoço de Yandra, que soltou um gemido abafado.
— Você é como os seus animais selvagens... Sussurrou ele, com voz rouca, ao ouvido dela, enquanto lhe desabotoava a blusa. — Selvagem única... E me enfeitiça totalmente.
Ela sentiu a cabeça girar, enquanto os lábios quentes de Sincler percorriam-lhe o colo, despertando-lhe violentamente os sentidos. Quando as mãos dele acariciaram-lhe os seios, as costas de Yandra se arquearam, como se ela temesse perder o contato, como se quisesse senti-lo mais. Todos os seus nervos estavam à flor da pele, correspondendo, ansiosos, ao ardente apelo. Como se estivesse vivendo um sonho, de repente conseguiu recuperar um pouquinho de consciência e afastou-se, com a testa molhada de suor, a respiração pesada, quis puxá-la de novo para si, mas ela afastou-se mais, confusa.
— Eu quero me acasalar com você. Disse ele, parecendo cansado e abatido, de repente.
Yandra sacudiu a cabeça de modo frenético. Tentava a todo custo quebrar a estranha magia que emanava de ambos naquele instante.
— Nós... Eu não posso Sincler. Acho que não consigo manter um relacionamento físico sem nenhuma outra finalidade. Não sou como as outras fêmeas da matilha.
Ele ficou olhando para ela, os olhos dourados sombrios.
— Pela deusa da Lua, Yandra! Não estamos na Idade Média. Estamos numa era em que as solicitações físicas são levadas em conta. Somos livres quando essas coisas peculiares inventadas para conter a nossa raça.
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Presas de Prata
Hombres Lobo(Não recomendado para menores de 18 anos!) Nossa vida é parecida com os filmes. Amor, comédia, aventura, ficção, drama e terror. Só que não adianta ficar parado comendo pipoca, pois quem faz o final é você. ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ Livro autoral, escrito por...