Comeu em silêncio, e quando já se levantava para por as coisas na pia, o guerreiro que havia saído antes voltara já falando em sua direção.
— Vamos, o conselheiro real me ligou dizendo que já está tudo pronto, seus papéis e documentos foram enviados para o Centro de detenção que nosso rei junto aos humanos conseguiu. Seu vôo sairá daqui duas horas e sua bagagem já está no veículo.
Apenas caminhou ao lado do guerreiro e parou assim que chegou na sala, se virando e encarando meus parentes com lágrimas nos olhos. Era aquela hora que ele devia dizer aquilo, mais Havoc não conseguia, ele abriu a boca mas as palavras não saíam, só as lágrimas que caiam descontroladamente.
Um dos guerreiros Lycans o segurou pelo braço, dizendo que já estava na hora, sua mãirmã lhee entregou uma mochila, que pus nas costas. E queria dizer, mas não conseguia, tentava mas nada saía. O mesmo guerreiro o puxou em direção ao veículo, e ainda andando de costas sendo puxado, tentou dizer algo.
— Irmã... Eu... — Gritou esganiçado por entre o choro, naquele momento lhe caíra a ficha que não a veria mais. — Me perdoe... — Ela tentava vir até ele, mas os braços de seu cunhado a seguraram, fazendo-a esticar os braços, como se assim pudesse o alcançar.
— Havoc... — Gritava de volta em meio as lágrimas.
A porta à sua frente fora fechada, então se sento no banco. O vidro ao seu lado separava-me da sua família. Encostou sua testa nele, o embaçando com seu choro, e por último, antes que o veículo o levasse dali, sibilou um "Eu amo vocês" sem voz.
E com a imagem da sua irmã ajoelhada no gramado gritando seu nome, o automóvel partiu.
Algum tempo depois seu rosto já estava inchado de tanto chorar, suas têmporas latejavam de dor, mas nada disse, apenas ficou imóvel vendo a noite cair todo o caminho até o aeroporto, que em mais de quarenta minutos já haviam chegado.
Assim que desceram, os guerreiros o acompanharam por uma entrada diferente dos passageiros habituais, era a área de segurança.
Eles o levaram até uma sala toda branca, semelhante a sala da enfermaria, de mais cedo, levaram suas malas para outra sala, e logo em seguida entraram uns homens de terno, com uma maleta. Eram na verdade humanos, Havoc ficaria preso numa ilha prisão entre os dois mundos. Onde tanto os Lycans como os humanos eram os administradores. Um outro acordo estipulado pelas duas raças.
O pediram para que ele tirasse os tênis e a calça, mesmo confuso, obedeceu. Logo em seguida o sentaram na maca, e um dos rapazes de terno abriu a maleta em cima da mesa, tirando dela um aparelho grande e circular, veio em sua direção e no mesmo momento Havoc se encolheu.
— Calma lobisomem, não vou te machucar. — Disse ele, notando seu medo.
Assentiu, e quando se aproximou mais, fechei os olhos temendo qualquer coisa, quando senti algo gelado tocar seu tornozelo, então abriu os olhos e notou que o aparelho estava sendo posto e parafusado de modo que não sairia por nada dali.
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Presas de Prata
Werewolf(Não recomendado para menores de 18 anos!) Nossa vida é parecida com os filmes. Amor, comédia, aventura, ficção, drama e terror. Só que não adianta ficar parado comendo pipoca, pois quem faz o final é você. ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ ❤⁀⋱‿ Livro autoral, escrito por...