Capítulo 20 - PRESAS DE PRATA

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Queria fazer amor de novo e deixá-la com seu cheiro

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Queria fazer amor de novo e deixá-la com seu cheiro. Desejava marcá-la para que nenhum outro Lycan se atreve a olhá-la com desejo de novo. Pela primeira vez ele desejou possuir uma fêmea. Viver nessas terras e ter uma grande família feliz. Diversos filhotes correndo por todo esse território selvagem. Ela lhe pedira para dormir ali e ele considerara isso como um convite a algo mais...

O jantar havia terminado. As Codornizes estufadas estavam excelentes. Feitas num tacho de cobre com azeite, cebola picada finamente e o tomate em cubos pequenos, depois refogadas até a cebola esta dourada ou pelo menos cozida. Deixando com um aspecto divino, acompanhadas com arroz frito e Iago caprichara na sobremesa: torta de limão com creme, com lascas generosas de chocolate amargo, mas Yandra comera pouquíssimo. Remexera a comida no prato, ouvindo os dois Lycans conversarem e se alfinetando a cada segundo, até que não aguentara mais e saíra, pedindo desculpas.

Foi para a clínica. Marcelus já tinha se retirado, mas voltaria para dar uma última espiada nos pacientes, antes de se deitar. O coração de Yandra aqueceu-se ao pensar na dedicação daquele jovem Lycan. Mesmo casado e com dois filhotes a caminho. Ela tinha certeza que esse era o caminho para o seu povo evoluir, trabalho e conhecimento. Yandra, como sua tia e por final seu amado pai, tratava-os com a maior consideração. Bree, sua outra ajudante Lycan, também era casada e a fêmea dela estava esperando um belo filhote. O sonho de Yandra era dar um sentido de verdade a esses Lycans, em vez de falsas esperanças onde antes moravam, e providenciar conhecimento de qualidade para seus filhotes.

Olhou primeiro o filhote que resgataram, depois foi ao recinto do Garou. O Lycan estava deitado e parecia bem. Depois, passou pelos boxes onde estavam doze novos pacientes em observação. Suspirou. Se os dias fossem mais longos... Tempo. Nunca pensara que o tempo se tornaria tão importante.

Os Lycans brancos pareciam fantasmas prateados ao luar e a lua parecia uma enorme opala presa ao céu de veludo negro. Yandra ofereceu o rosto à luz prateada, sentindo que começava a se descontrair. A deusa Lua com certeza estava sorrindo para todos, feliz em ver seus filhos prosperando e se unindo cada vez mais. Um só povo, uma só raça e um só grande clã.

— Está reunindo forças para uma futura magia ancestral ou aprendeu a enfeitiçar por outro motivo?

Yandra estava tão absorta na magia da noite que não percebera Sincler se aproximar.

— Você não devia estar andando, forçando está a perna. Foi tudo que achou para dizer.

Admirou as linhas fortes do rosto dele, realçadas pelo luar, e sentiu o peito se apertar.

— Eles estão presos apenas para serem tratados. Referiu-se aos outros Lycans sobre a sua proteção, enfim, ela estava tentando mudar de assunto.

— Tratados e sobre sua proteção.

Ele se aproximou até seus braços se tocarem.

— Proteção, como? Com uma simples Lycan como eu, por exemplo?

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