Capítulo 3 - PRESAS DE PRATA

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Os grandes olhos cor de cinza brilhavam intensamente e o rosto de Yandra estava corado

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Os grandes olhos cor de cinza brilhavam intensamente e o rosto de Yandra estava corado. De repente, parou e baixou os olhos, sem jeito.

— Desculpe... Eu não pretendia fazer discursos. Acredito que acabei me empolgando de novo.

Latam clareou a garganta.

— Bem... Eu acho que conseguiu chamar a atenção de meu filho, Yandra. Quem sabe ele agora olhe esta terra de outro modo e se contagie com o seu entusiasmo pelas mudanças que podemos realizar em nosso meio!

Sincler não ouviu o que o pai disse. Estava olhando atentamente para Yandra e, pelo jeito, seu pensamento andava longe.

— Esse Havoc... O que é que ele faz, exatamente?

"Aí vem confusão... ", pensou Yandra, observando Sincler. Com certeza o único herdeiro dos Presa de Prata agora iria se meter em todos os assuntos do clã, a maioria dos lupinos não iria gostar nada disso.

— Ele é um dos nossos melhores guerreiros, mora mais perto da entrada e saída de nosso território. É uma valente Lycan e um dos melhores nesse trabalho. Mais alguma pergunta por acaso?

Antes que ele pudesse responder, Amara entrou na varanda para servir o jantar, típico da região, mas com nuances de seus ancestrais, graças aos suprimentos que se podiam encontrar em muitas dos clãs vizinhos, uma pequena vila de lupinos portuária e cosmopolitana, a única que podia se encontrar as diversas raças de lupinos vivendo em harmonia. Havia suco de uva servido em copos de ébano, ovos mexidos com especiarias, vinho tinto bem forte e torradas com manteiga e canela em pó, além de carne de viado assado, pedaços suculentos de ursos ao molho pardo.

A comida estava deliciosa, mas Yandra teve que se esforçar para comer. Perturbada ao verificar de que maneira incrível Sincler Beckembauer podia atingir cada nervo de seu corpo, de repente surpreendeu-se comparando-o com Havoc. Mas não havia comparação! Havoc era um Lycan claro, com careca. Seus olhos tinham a cor escuro em um dia tempestuoso e ele era mais baixo que Sincler, mesmo sendo um dos mais valorosos guerreiros, jamais se compararia com um alfa.

Ela amara Havoc Gurley e não havia dúvida que ele a amava, de acordo com sua própria definição dessa palavra. Dissera a verdade: já não eram noivos. O noivado terminara de modo repentino, quando ela descobrira um lado de Havoc que ele mantivera bem escondido. O lado dele que preferia caçar humanos com armas, as mesmas que eles usaram contra eles na verdade... E não do modo tradicional dos lupinos, e que considerava o trabalho dela uma perda de tempo. Trazer a paz as raças viventes nesse planeta. O acordo entre as raças, principalmente humanos e lupinos eram constantemente quebrados, os dois lados faziam vistas grossas a esses incidentes a milhares de anos. Mas isso deveria acabar de um jeito ou de outro, todos deveriam discutir e chegar a um novo acordo, com novas leis e regras para todos.

— É um trabalho muito sujo, sangrento. Dissera ele, convicto. — Deixe esses malditos morrerem ou se tornarem troféus nas casas dos lupinos também. Case comigo e vamos dar o fora desta maldita terra! Podemos viver como reis aonde escolhermos.

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