Capítulo 29 - Presas de Prata

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E ambos se ajeitaram para ir embora

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E ambos se ajeitaram para ir embora. Antes, Megahn pediu para que ambos a ajudassem a guardar os papéis. Depois de guardado, foram embora.

Aleksandra foi embora para casa com ódio mortal dos lupinos que a atacaram. Precisava avisar ao seu pai de que eram dois, se não for mais de dois rondando pela cidade agora. Era preciso muito cuidado. Não eram vampiros, ou homens-ursos, eram lobisomens. Inacreditável, mas eram lobisomens. A séculos eles não eram vistos, o que teriam vindo fazer na cidade destinada aos caçadores?

Chegou em casa ainda pensando em tudo o que lhe havia acontecido, pegou seu celular e ligou para a sua melhor amiga. Chamou, chamou...quando ia desligar alguém atendeu.

— Alô, Eirika! Aleksandra disse ainda com a adrenalina percorrendo seu corpo. Seus pressentimentos ruins apenas aumentavam.

— Não é a Eirika, é a mãe dela. Ela esqueceu o celular em casa de novo para variar.

— Oi, dona Opaline. É a Aleksandra.

— Line, me chame de Line querida. Em que posso lhe ajudar?

— Você sabe pra onde a Eirika foi?

— Ela saiu com um tal de Draik Radeliffe. Eles foram na lanchonete no centro da cidade.

— Muitíssimo obrigada, dona Opalin... Desculpe, Line. Quando ia desligar, Opaline a chamou.

— Aleksandra, querida. Você acha que eu deveria sair mais?

A pergunta além de pegá-la de surpresa a deixou sem jeito para opinar na vida de uma pessoa que mal tinha contato. Mas decidiu ser verdadeira com a mãe de sua melhor amiga.

— Vou ser sincera, Line. A senhora não vive. Trabalha e cuida da Eirika, somente isso que a senhora faz. A senhora mesmo me disse que viver é coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existem. A senhora tem que viver. E isso significa sair mais e conhecer outras pessoas. Tenho certeza que vai lhe fazer muito bem.

— Como sempre sincera e madura demais para a sua idade. Você tem razão. Muito obrigada. Tenha uma boa noite.

— Boa noite pra senhora também.

Aleksandra de alguma forma sabia que sua noite não seria nada boa. Os malditos pressentimentos não a deixavam em paz nenhum segundo.

Começou a sentir sono. Subiu ao seu quarto, guardou as flechas, pelo menos as que sobraram, no armário, colocou seu arco no lugar, despiu-se e foi tomar banho, de lingerie ainda, capotou em cima da cama, desejou que não tivesse pesadelo algum, não naquela noite e dormiu quase que instantaneamente.

— "Ahhhhhhhhhh!..."

Gritos agudos de uma mulher eram ouvidos. Mas de onde? Essa era a pergunta que se fazia a cada segundo.

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