Capítulo 39 - Presas de Prata

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Desamparada, ela procurou as palavras certas

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Desamparada, ela procurou as palavras certas. Queria perguntar a ele se ainda amava Verônica. Estava na hora de dizer-lhe que não podia continuar a amá-lo daquele jeito e receber apenas desejo em troca. Mas não conseguia descobrir o jeito de falar sem ofendê-lo ou despertar-lhe raiva. Estava perdida entre turbulentas emoções. Como as rosas negras do deserto que precisavam do sol caliente para crescer e florescer, ela precisava das carícias dele, de seu beijo, de seu sorriso. Sentiu que seu corpo se relaxava contra o dele.

— Assim está melhor? — Murmurou Sincler. — Sei que não é o lugar, nem o momento certo, mas me deixe abraçar você. Quero sentir que não foi um sonho o que houve entre nós. — Mergulhou o rosto ardente nos cabelos dela por alguns momentos, depois afastou- se, fitando-a com um olhar meigo. — Boa noite e bons sonhos, minha Luna linda. Mesmo com altos e baixos, nós dois formamos uma dupla infernal!

Yandra foi procurar Iago no fundo da casa. Estava completamente descontrolada. Nunca se sentira assim. Seu corpo inteiro tremia. A verdade é que queria Sincler com o mesmo ardor com que ele a queria. Ela o amava, desejava o amor dele e era duro lutar contra seus sentimentos mais intensos!

A manhã já ia ao meio quando Yandra arranjou tempo para ir até mansão Beckembauer. Examinou primeiro os animais antigos e deu uma olhada nos recém chegados, depois dirigiu-se para a casa. Encontrou Latam na varanda e o rosto dele iluminou-se ao vê-la.

— Então, qual o diagnóstico, lírio do campo?

— Se está se referindo aos nossos amigos animais, vão bem. E você, Latam? Não está com jeito de voltar à ativa logo...

— Acho que não mesmo. — Suspirou Latam, dando pancadinhas no gesso da perna. — Acho que todo Lycan chega a um ponto da vida em que reconhece que tem de aceitar o inevitável. Sincler foi ao clã Light umeris e deixou ordens claras para eu repousar. Acho que ele realmente se importa comigo apesar de tudo, Yandra... E, droga! É uma sensação maravilhosa!

Yandra beijou-o no rosto e sentou-se, obrigando-o a sentar-se ao seu lado.

— Claro que ele se importa, Latam, e você deve usar a cabeça e fazer o que ele diz. — Olhou ao redor, baixou a voz: — Verônica foi com ele?

— Não, não foi. — Latam riu baixinho, malicioso. — Sincler disse que ela pretendia dormir o dia inteiro. Cá entre nós, querida, eu acho que ela encontrou um grande inimigo em nosso continente!

— O sol, você quer dizer?

— Não. Você, filha. O que aconteceu ontem à noite depois que eu fui deitar? Não, não precisa contar. Para mim basta saber que não vou ver aquela Lycan insuportável o dia inteiro. Ouvi Sincler assobiar, hoje de manhã, Yandra e logo demais sair para correr por nossas terras.

— Acha que eu sou a causa da alegria dele? — Indagou ela, os olhos muito abertos de ansiedade.

— Quem mais podia ser? Garanto que não é a fêmea emburrada no quarto de hóspedes e muito menos eu! Me sentia a própria imagem do desânimo e da depressão hoje de manhã. Mas, no café, lá estava Sincler assobiando, alegre! E ele ficou ainda mais animado quando lhe pedi que passasse por alguns clãs mais conhecidos ao voltar e ir levar-lhe algumas encomendas. — Piscou malicioso. — Você vai estar em casa?

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