Capítulo XXXV

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⚠️ Atenção: Contém linguagem obscena e sexo explícito.

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Riven tentava não pensar no que aconteceria quando seu padrasto Harry chegasse a Alfea. Ele o odiava tanto, achava que nunca mais o veria depois do que aconteceu em Fonte Rubra, mas estava errado, sua mãe escolheu Harry ao invés de Riven. Ela sabia que o filho jamais voltaria para casa se continuasse casada e mesmo assim não se divorciou, talvez fosse exatamente o que ela queria, já que sempre murmuravam o quanto Riven era a cópia do pai.

Sim, era exatamente isso, não é? A mãe não suportava tê-lo por perto, era uma lembrança constante da morte de seu marido, o homem que jurou amá-la para sempre e depois se enforcou no próprio porão, sem deixar nada, nem uma carta ou mensagens de voz, nada. Ele apenas desapareceu. Riven nunca se esqueceu da cena, entrou naquele porão procurando pelo pai, que esqueceu de buscá-lo no karatê, a casa estava silenciosa, mas a moto estava na garagem, então o pai estava em casa.

Riven desceu os degraus para o porão depois de vasculhar a casa inteira e não encontrar o pai, a porta estava aberta e a luz acesa. Ele entrou sussurrando "pai", mas não obteve resposta, então continuou chamando-o, até que viu pernas balançando no ar, seus olhos percorreram o corpo lentamente, até encontrar o rosto de seu pai roxo e pálido, com o pescoço quebrado e os olhos arregalados. Aquela imagem ficou em sua mente para sempre, por isso começou a usar drogas tão cedo, mas o ponto alto foi o seu psicólogo, que deveria ajudá-lo a superar, foder com sua mãe e se tornar seu padrasto abusador.

A verdade é que Riven daria qualquer coisa para falar com o pai uma última vez e perguntar porque ele fez aquilo, porque o abandonou e o deixou sozinho com sua mãe afundada em dor e depressão. Antes de Musa, ele não entendia verdadeiramente o que sua mãe sentia, mas agora entende, porque se Musa se for para sempre, Riven não sabe o que fazer, está completamente perdido. O Especialista leva a mão da namorada aos lábios, beijando os nós de seus dedos lentamente, olhando para o rosto pálido e imóvel de Musa.

-Olá, querido afilhado. -A voz de Harry ecoou pela enfermaria, fazendo Riven tremer da cabeça aos pés, seu estômago embrulhar e precisa se controlar para não vomitar de pavor.

-Não me chame assim. -Riven diz entre os dentes depois de conseguir reunir forças para falar.

-Fiquei surpreso quando sua mãe disse que queria me ver. -Harry atravessou a sala rapidamente, se colocando ao lado da maca de Musa. -Ela não veio, se quiser saber.

-Não quero saber e nem ver você. -Riven respira fundo, tentando controlar suas emoções e certificando-se pela milésima vez que sua barreira estava ativa. -Mas preciso de ajuda, ela não acorda, já faz cinco dias.

-Isso não é nada bom. -Harry se aproxima de Musa e toca sua testa com a ponta dos dedos, seus olhos castanhos assumem o branco neon e Riven se contorce na cadeira para não matá-lo, por muitos motivos. -Merda.

-O que foi?! -Riven fica de pé, encarando o rosto sério e odioso de Harry. -O que tem de errado com ela?! -Harry abriu a boca para começar a falar, mas Riven já estava fora de si e avançou para cima, agarrando sua camisa e o jogando contra a parede. -O que fez com ela?!

-Riven! -Tecna gritou enquanto corria na direção do amigo. Brandon fez o mesmo e agarrou o amigo pelos ombros e segurou seus braços para contê-lo. -Eu disse para não deixá-lo entrar sozinho.

-Acalme-se criança. -Harry disse arrumando a blusa, com uma cara nada agradável. -Não fiz nada, ele surtou do nada.

-Assim espero, acho que fui bem clara quando disse que está sob supervisão 24hrs por dia e só foi chamado porque é sua área de especialidade. -Farah explicou da porta da enfermaria. -Então, o que viu?

Caos e Silêncio - EM MANUTENÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora