45*

1.2K 140 16
                                    

POV RAFAELLA KALIMANN

Ah como a vida me prega peças, Gizelly passar o dia no hospital até que vai, mais ter que dormir com rolo antigo dela?
Em casa eu não vou ficar, liguei pra Manu chamando pra fazermos algo, porém ela estava com o namorado, acabei desanimando de sair sozinha. Passei uma água e coloquei um pijama, comecei a ler um livro, bastou meia hora pra eu enjoar da história, peguei meu celular e fui ver stories, o da Ivy me chamou atenção, ela parecia está em algum show, mais que depressa mandei um oi pra ela, e em menos de uma hora eu estava a caminho de uma cidadezinha próxima.
Avisei a Gizelly que estava saindo, ela me pediu cuidado e juizo.

Ao chegar na casa de shows deixei meu carro com o manobrista do evento e fui até a bilheteria comprar meu ingresso, show do Israel e Rodolffo, ao menos uma coisa estava dando certo hoje a noite, adoro o som deles.
Fazia um bom tempo que Rodolffo não me enviava mensagens, mais também não julgo, última vez que conversamos meio que ele deu em cima de mim, acabei cortando.

Ao entrar fui ate onde a Ivy estava, várias pessoas à cercava, a maioria homens e gays, percebi quando ela me apresentou à eles.

Um Dj tocava funk, tentei ao máximo me enturmar, o que não foi difícil, as horas passaram rápido, como eu estava dirigindo e ia pegar rodovias eu estava indo devagar na bebida, antes de começar o show dos meninos eu fui até o bar e comprei uma garrafa de água, ao voltar eles já estavam cantando a primeira música da noite

- Menina, mais esse homem é muito gostoso (Um dos amigos da Ivy disse em meu ouvido)

Apenas neguei com a cabeça e sorri

Mais três músicas cantadas e todos estavam gritando e cantando, eu não fiquei atrás, ainda mais agora ouvindo eles cantar casa mobiliada.

Rodolffo parece ter me visto agora, pois ele me olhou e deu um tchauzinho, retribui acenando a mão

- Mentira que você conhece ele (O amigo da Ivy disse gritando) Me apresenta

- Não sou íntima dele (Respondi e bebi minha água)

Cerca de uma hora e meia depois o show terminou, e como ja era quase três da manhã eu resolvi ir embora, me despedi do pessoal e segui ate o estacionamento, antes de abrir a porta do meu carro ouvi alguém me chamando, ao me virar dei de cara com o Rodolffo

- Quanto tempo moça (Ele disse me abraçando)

- Oi sumido (Respomdi e senti os lábios dele em minha bochecha)

- Como você tá Rafaella?

- Eu to bem e você?

- Viajando o Brasil inteiro graças a Deus. Já está indo?

- Deu minha hora (Olhei no relógio em meu pulso)

- Não quer ir pro hotel comigo? (Ele disse e desceu a mão pelo seu corpo)

Observei sua mão na frente do seu membro, e posso jurar que estava duro.

- Deixa pra próxima (Respondi colocando a mão na maçaneta do meu carro)

- Eu não vou fazer nada que você não queira (Ele passou a mão pelos cabelos) Se você quiser a gente só fica conversando

- Desculpa Rodolffo, mais não vai rolar (Eu disse e entrei no carro)

Abaixei o vidro e acenei pra ele dando partida logo em seguida.

O caminho de volta pra casa foi tranquilo, cheguei por volta de quatro e meia da manhã, passei uma água e deitei, até pensei em avisar a Gizelly que já estava em casa, mais desisti, ela não havia me mandado mensagem hora nenhuma.

POV GIZELLY BICALHO

Deixei que a Rafa aproveitasse a noite, não procurei por ela, até pra não parecer possessiva, porém eu estava aflita, sei que ela não faria sacanagem, mais infelizmente tem pessoas que não sabe respeitar pessoas comprometidas.

Eu mal dormi, passei boa parte da noite indo até o berçário ver o Bernardo, digamos que foi amor a primeira vista, já sou completamente apaixonada pelo meu filho.
Flávia passou a noite bem, as seis da manhã o médico passou e disse que mais tarde ela já teria alta com o bebê, a Irmã dela chegou logo em seguida, então decidi ir pra casa tomar um banho e descansar.

Ao chegar em casa pensei que a Rafa estaria, mais me enganei, despois do evento ela deve ter ido pra casa dela, ou as vezes nem tinha chegado ainda, o que me deu um certo desespero, já era quase sete da manhã e ela não havia avisado que tinha chegado.
Peguei meu celular e disquei o número dela, porém sem sucesso, a ligação caiu na caixa postal.
Tomei um banho e deitei.

Acordei com meu celular tocando, era meu irmão procurando a Rafa, segundo ele a Manu tinha ligado e ido a casa da minha namorada, mais não à encontrou, avisei ele que ela não estava comigo e encerrei a ligação.

Não consegui mais dormi, minha preocupação agora era com a Rafaella, liguei pra ela e mais uma vez sem sucesso.
Troquei de roupa, fiz minha higiene matinal e segui até a casa dos Kalimanns.

Fiquei cerca de meia hora apertando o interfone, até que uma Rafaella toda descabelada abriu a porta da frente pra mim

- Você não pode sumir assim Rafaella, Manu está igual doida atrás de você (Eu disse entrando)

Ela bocejou e fechou a porta

- Que horas são?

- Nove e vinte três (Respondi depois de ter olhado no relógio) Chegou que horas?

- Acho que quase cinco. To indo dormir de novo, você vem ou vai embora? (Rafaella disse subindo as escadas)

Não respondi, porém segui ela.
Rafaella pegou o celular e mandou um áudio pra Manu, colocou ele de volta na mesinha e deitou virada pra parede, tirei meu tênis e deitei abraçando ela em uma conchinha

- Te amo benzinho (Eu disse afogando meu nariz em seus cabelos)

- Também te amo amor

Sorri e fechei meus olhos.

***

- É brincadeira não é Rafa?

- Não é brincadeira Gizelly, eu quero terminar, cansei, e essa noite eu conheci alguém (Rafaella disse levantando da cama)

- Eu te amo Rafaella, não faz isso com a gente (Puxei ela pelo braço)

- Eu também te amo Gi, mais não vou passar por certas coisas. Vai ser melhor assim

Desabei a chorar enquanto Rafaella estava no banheiro

E foi então que acordei com alguém me sacudindo

- Gizelly acorda, oque ouve? Tá chorando porque? (Rafaella disse me olhando assustada)

Abracei ela com todas minhas forças

- Promete que nunca vai me deixar? (Eu disse secando minhas lágrimas)

- Eu prometo amor, deve ter sido só um sonho ruim

- O pior sonho que eu poderia ter

Aconcheguei minha cabeça no peito dela e fiquei sentindo seu cafuné, fechei meus olhos imaginando minha vida sem a Rafaella, confesso que sem ela não tem vida feliz.

Levantamos quase na hora do almoço, como a funcionária deles estava de férias eu mesma fui preparar algo pra nós duas comer, o pai e a mãe da Rafa estavam viajando.

Depois da refeição a Flávia me ligou avisando que tinha ganhado alta, chamei a Rafa pra ir comigo no hospital, no caminho ela me contou sobre o show, gostei de saber que ela tinha se divertido.

Deixamos a Flávia em casa e me despedi do meu filho, minha vontade era de ficar e passar o resto do dia ao lado dele, mais eu não poderia deixar a Rafa em segundos planos.

Antes de irmos pra minha casa passamos no shopping, onde a Rafa comprou algumas coisinhas pra ela, eu por outro lado foquei nas roupas de bebê, comprei muita coisa pro Bernardo...

DinastiaOnde histórias criam vida. Descubra agora