Dinastia

36*

POV GIZELLY BICALHO

Eu não sei o que a pessoa queria me passando essa informação, mais pô, me deixou aérea, seria justo eu pedir um exame de Dna? E se o filho fosse realmente meu? Não seria legal quando ele estivesse maiorzinho e ficar sabendo que a mãe pediu esse exame, mais e se não fosse meu? Eu deixaria a Marcela me enganar mais uma vez?

Eu estava em completa confusão, afinal nesses meses eu acabei pegando um carinho enorme pelo bebê na barriga dela.

Mandei uma mensagem pra Rafa avisando que ia pegar ela pra almoçar, eu precisava falar do que aconteceu com alguém, e no momento ela é a pessoa em que eu mais confio, sem contar que eu precisava de conselhos.

Sentamos em um restaurante próximo a emissora do pai dela, mais perto pra ela trabalhar depois

- Gi eu não sei, mais pensa, é melhor saber a verdade agora do que quando o neném nascer, depois você vai pegar muito mais amor (Rafaella disse enquanto comia seu macarrão)

- Também já pensei nisso (Deixei o garfo e a faca sobre a mesa) porque tudo tem que acontecer em minha vida?

- Nem tudo são flores Gi, olha minha vida em pouco tempo como mudou, foi tantas tragédias (Ela disse e suspirou) a única coisa boa foi você

Abri um sorriso, levei minha mão até a dela e fiz um carinho

- Eu vou lá hoje, e se ela recusar a fazer o teste de Dna vou ter que colocar a justiça no meio

- Isso meu bem, melhor do que ficar na dúvida o resto da vida

Me despedi da Rafa e segui até a cidade da Marcela, não avisei que iria, preferi chegar de supetão.

Bati na porta da casa dela e pra minha surpresa quem atendeu a porta foi um homem, sem camisa e apenas de cueca

- Marcela está?

- Quem gostaria? (Ele disse sem se importar em colocar uma roupa)

- Gizelly

O homem nem me convidou pra entrar, ainda teve a audácia de fechar a porta comigo do lado de fora, fiquei esperando até que ela viesse.
Dez minutos e nada de nenhum dos dois aparecer, abri a porta e entrei, ouvi vozes vindo de um cômodo e segui até lá.
Marcela me olhou, ela estava mais branca que uma folha de caderno

- Gizelly o que faz aqui?

- Preciso conversar com você sobre o bebê

- O que essa moça tem haver com meu filho? (O homem perguntou pra Marcela)

- Seu filho? A Marcela me disse que o filho é meu (Eu disse encarando o homem semi nu na minha frente)

- Como assim filho seu? Você por acaso tem p....

Não deixei ele terminar de falar e abaixei minhas calças, o rapaz ficou espantado com o que viu, com certeza ele nunca tinha visto uma pessoa interxesual.
Marcela já havia sentado, levantei minha calças

- Que merda é essa Marcela? (Eu disse passando as mãos no cabelo)

- Eu não sei de quem é o filho, tive relações com você em um dia, no outro com ele (Ela apontou com a cabeça pro rapaz)

- E achou que poderia enganar nós dois? (Eu disse)

- Gizelly chega, eu não sei e pronto, e se vocês quiserem podemos fazer um teste de Dna (Marcela disse alterando a voz)

- É claro que quero fazer Marcela, você foi uma filha da mãe (O homem disse esfregando o rosto)

- Ei, calma aí, tenha mais respeito (Eu disse pra ele)