POV RAFAELLA KALIMANN
Namorar com a Gizelly estava sendo inusitado, cada dia uma surpresa diferente, claro que me incomodou o fato de uma mulher chegar e dizer que o filho que ela estava quase ganhando era da minha namorada, mais o que eu poderia fazer? Nada.
Brigar com a Gi por uma coisa que aconteceu quando nos nem estávamos juntas não faz sentido, mais custava ela se prevenir?Gizelly passou o domingo inteiro com a cabeça longe, optei por ficar mais calada, eu até entendia o lado dela, mais que deu raiva deu.
Hoje pela manhã ela me deixou em casa e foi com a tal mulher fazer o exame de Dna, ela até me chamou pra ir, mais preferi ficar na minha.
Ocupei meu tempo desfazendo minha mala, que até então estava no canto do meu quarto, assim que terminei tomei um banho e desci pra almoçar, só então peguei meu aparelho celular, onde havia algumas mensagens e ligações da Gi, retornei pra ela, porém não era nada importante, era apenas me avisando que já tinha feito o exame, agora só esperar o resultado sair em uma semana, conversamos mais um pouco e desliguei.Terminei de almoçar e fiquei lendo um livro qualquer até que a Manu chegasse, eu estava morrendo de saudade da baixinha, então chamei ela pra vir passar a tarde comigo
- Que saudade cabeção (Manoela disse entrando em meu quarto e pulando na cama me agarrando)
- Saudades demais Manu (Eu disse agarrando ela)
Depois de muitos abraços, fui contar tudo que havia acontecido na minha viagem, Manu ficou impressionada com a coragem da Sophia, e me chingou muito quando eu contei do copo de cerveja na cara da Gizelly.
Contei da visita da Flávia no sábado- Tô boba, a Gi deve ter uns dez filhos por aí e não sabe (Ela disse colocando a mão na boca) e como você tá em relação a isso?
- Eu tô tranquila sabe, mais não quer dizer que não senti, aí Manu se eu não fosse tão apaixonada por essa mulher eu já tinha desistido
- Eu não sei o que faria se fosse comigo, primeiro a Marcela, agora essa tal de Flávia, conversa com ela Rafa, Gizelly não pode sair transando sem camisinha não, facinho dela pegar uma dst
- Espero que ela esteja transando só comigo (Respondi e peguei meu celular que apitou uma mensagem) Eu falei Manu, prevenção nunca é demais
Respondi meu pai no whatsapp e voltei a atenção pra Manu
- Não tenho dúvidas que ela é fiel a você amiga, mais não se sabe o dia de amanhã né, vai que vocês terminam e ela sai por aí fazendo essas besteiras
- Vira essa boca pra lá Manu (Dei um tapinha no ombro dela) Se depender de mim eu e a Gi vamos ficar juntas pra sempre
- Ah que boiola você amiga (Manu disse e sorriu)
Após algum tempo entre uma conversa e outra Manu precisou ir pra casa, eu tomei um banho e liguei pra Gizelly, conversamos um pouco e logo em seguida voltei a ler o livro que eu estava lendo antes da Manu chegar, em pouco tempo minhas vistas doeu, então desci até a cozinha e preparei um lanche, assim que terminei de comer escovei meus dentes e dormi.
POV GIZELLY BICALHO
A semana custou a passar, e graças a minha ansiedade eu estava uma pilha de nervo, pra ser sincera hoje eu evitei até conversar com a Rafaella, eu não queria descontar nela a frustração do resultado do exame não ter saído, era pra ter sido hoje.
Depois que sai de um dos meus fast food tomei um banho e deitei pra dormir um pouco, porém acabei passando direto.
Levantei pra ir ao banheiro, olhei no relógio, terça feira, cinco e meia da manhã, peguei meu celular, nenhuma mensagem nem ligação da Rafa, estranho, ela sempre me liga a noite pra desejar um sono bom, mais ontem ela não ligou, bloqueei o aparelho e tentei voltar a dormir, porém foi em vão, na minha cabeça só se passava o resultado do tal exame, a moça garantiu que hoje sem falta eu estaria com ele em mãos.
Passei um café forte e sentei na varanda de casa, o dia estava clareando, meus pensamentos estavam longe quando meu celular tocou, um número desconhecido, ao atender uma voz feminina se fez presente
- Gizelly Bicalho?
- Sim, sou eu
- Aqui é a irmã da Flávia, parece que a bolsa estourou, ela pediu pra te avisar, estamos indo pro hospital João XXIII
Encerrei a ligação e me levantei às pressas, o que fez o café intornar no meu pijama, corri até o banheiro e passei uma água, coloquei um conjunto de moleton, um tênis e peguei a chave do carro, no caminho até o hospital tentei falar falar com a Rafa, mais foi em vão, ela com certeza ainda estava dormindo.
Eu ainda não sabia do resultado do exame de Dna, mais e se o filho fosse meu mesmo? Eu não me perdoaria de ter perdido o nascimento dele.
Assim que cheguei a irmã da Flávia veio ao meu encontro
- Gizelly? (Assenti pra ela) Minha irmã já entrou na sala de parto, o médico disse que apenas uma pessoa poderia ver o Bernardo nascer, então eu optei por ficar aqui, mais se você não quiser ir, eu vou (A moça disse nervosa)
- Eu vou (Respondi passando as mãos nos cabelos)
Fui até a recepção e avisei que meu filho estava pra nascer, a mulher me encaminhou pra uma sala onde eu pudesse me vestir adequadamente, quando eu estava pronta um rapaz me guiou até a sala de parto.
Flávia estava encostada na cama fazendo forças, aproximei e peguei na mão dela- Eu tô aqui, vamos lá, nosso meninão está doido pra sair (Eu disse apertando a mão dela)
Flávia revirou os olhos, eu entendo a falta de simpatia dela, imagino que esse momento deve ser doloroso, quanto mais ela gritava mais eu tentava acalma-la
Foi quase vinte minutos nessa agonia, até que o Bernardo nasceu.
É até que eu gostei do nome.Duas enfermeiras limpavam o pequeno enquanto o médico cuidava da Flávia, meu coração encheu de alegria ao ouvir o chorinho dele, após alguns minutos uma moça trouxe ele enrolado em um manto e entregou pra Flávia dar de mamar, meus olhos foram direto pra um canto da testa dele, a mesma manchinha de nascença que eu tenho ele tem, agora nem preciso mais saber do resultado do exame, certeza absoluta que ele é meu filho.
Fiquei admirando a beleza dele enquanto ele mamava, Flávia estava com um sorriso bobo no rosto, e eu também
- Quer pegar ele? (Flávia perguntou me olhando)
Assenti com a cabeça e ela me passou ele, eu peguei o pequeno meio desajeitada, mais ele estava seguro em meu colo, eu o protegeria de tudo de todos.
Fiquei namorando o rostinho dele até que a enfermeira se aproximou e teve que levar ele pra fazer uns exames.
A moça também avisou que a Flávia já ia pro quarto, então sai da sala e fui avisar a tia do Bernardo que estava tudo bem, ele nasceu forte e pelo jeito saudável.Peguei meu celular e liguei pra Rafa, dessa vez ela atendeu
- Amor, meu filho nasceu
- Gizelly você me acordou (Rafaella disse mal morada)
- Vem pro hospital João XXIII, quero que você conheça ele
- Tá (Ela disse e encerrou a ligação)
Guardei o celular, Rafaella não pareceu contente com a notícia, eu queria tanto contar pra ela que ele tinha a mesma mancha que a minha, mais ela mal me deixou falar.
Um rapaz aproximou e avisou que a Flávia já estava no quarto, então eu e a irmã dela seguimos até lá.
Algum tempo depois trouxeram o Bernardo, fiquei de olho nele, como é lindo, um príncipe.
Tirei algumas fotos do meu celular e só não tirei mais porque a Rafa estava me ligando, atendi e ela avisou que estava na sala de espera, fiquei feliz dela realmente ter vindo.
Pedi licença e fui ao encontro da minha namorada, mais antes perguntei a Flávia de ela não se importava da Rafa entrar e ver o Bernardo, ela disse que não tinha problema nenhum...

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Dinastia
RomantizmGizelly Bicalho, mais conhecida como Furacão, devido a sua energia que contagia todos por onde passa, sua alegria não passa despercebido por ninguém. Uma mulher intersexual, dona de si. Hoje com seus trinta anos, tem sua própria empresa, Bicalho's f...