Capítulo 11- Mason (parte 3)

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Já faz uma semana que ela não acorda. Sete dias infernais em que anseio pela sua consciência. Vinte e quatro horas por dia que estou me aprofundando em preocupações com medo de que a qualquer momento aconteça algo mais grave com ela. Depois de vinte quatros horas apagada, achei que havia algo de errado com ela, mas o Senhor Germano informou que era normal, o corpo dela estava se recuperando. Ao passar quarenta e oito horas o desespero aumentou, ela não abria os olhos, todo esse desespero quase me fez matar o inútil do Germano. Ele vem e a medica todos os dias, faz exames e nada, só gasta a porra da minha paciência. Dei até hoje para que ela acordasse, esse era o prazo, a vida dele dependia exclusivamente do abrir dos olhos mais inocentes que já tive o prazer de conhecer, a única.

Eu estive tão estressado durante essa semana, me peguei em muitos momentos conversando com o nada, gritando com alguém em um sono tão sereno para que acordasse, esperei a sua resposta e não recebi nem um movimentar dos seus dedos. Essa garota deitada em minha cama veio para me atormentar, por a minha vida de cabeça para baixo e por mais irônico que pareça ser, ela não fez nada, a não ser surgir em meu caminho e me enfeitiçar.

Para não torturar as pessoas que surgiam em minha frente, assim como eu estava sendo torturado dia e noite. Para relaxar, no quarto dia pela noite liguei para a safada da Emily para liberar um pouco dos meus sentimentos sombrios com sexo. Mas parece que o meu anjo sentia que eu não estava a observando a noite, a protegendo como costumo fazer todos os dias. E no meio do ato recebo a incessante ligação no meu celular. Ao lembrar posso sentir todo medo e desespero que percorreu por todo o meu corpo naquela noite.

Mil vezes porra, eu juro anjo, se eu soubesse que você precisava de mim, eu não teria saído do seu lado.

Flashback on

Eu estava apreciando toda a minha porra deslizando pelo rosto, os enormes seios e pela barriga da Emily. Ela estava tão safada, seus olhos tão desejosos para me ter dentro de si. Seu indicador percorria pela barriga e seio pegando toda uma pequena trilha do meu gozo e levando até a boca.

—Gostoso — Puta que pariu, ela era boa em seduzir. A pego pelo cabelo e pergunto:

— Safada, quer mais da minha porra?— Dou um leve tapa em seu rosto e ela sorri.

— Eu...— ela não termina de falar pois o meu celular começa a tocar. — Que merda!— mumura. O celular não para em nenhum momento de tocar, então vou até o armário de cabeceira e pego o celular vendo o nome da Antônia. Ela nunca me liga esse horário, ao menos que se trate de algo importante. Eu mal atendo a ligação e ela começa a falar desesperadamente quase chorando.

— Senhor, ela não está bem. Volte para casa.— sinto um calafrio subindo pela espinha. O meu anjo está em perigo!

— O que aconteceu? Eu saí de casa a poucas horas e ela estava bem.

— Eu não sei, senhor. De uma hora para outra ela começou a se debater na cama e gritar. Ela está ardendo em febre e delirando. Thomas já ligou para o Doutor Germano e ele está a caminho.

— Estou indo, por favor, não saia do lado dela, Antônia— droga, droga, droga. Eu preciso ir para casa, pego as minhas roupas, colocando a cueca, a calça e o sapato, não me importando em vestir o restante das peças. Pego a chave do carro e caminho em direção a porta do quarto. Eu só queria vê-lá e perceber que está tudo bem com ela. Que ela ainda continuava ali para mim.

— Você vai me deixar aqui assim? Vai sair sem dizer uma palavra?— sua voz sai carregada de raiva e chateação. — Só você mesmo Mason Wood para sair após uma ligação, quando se tem uma gostosa como eu, nua na sua cama.

— Até a próxima foda, Emily. Já sabe as regras.— Digo sem me importar com as suas reclamações, então volto a fazer o caminho apressado que foi interceptado por uma loira fútil.

Cheguei em minha casa em tempo recorde, pisei bem fundo no acelerador durante todo trajeto, sem me importar em sofrer algum acidente. Eu só queria ver o seu rosto, tocar a sua pele. Entro feito um louco em casa, andando em passos largos pelo corredor e abrindo a porta desesperadamente. E tendo como visão que me deixou sem fôlego. Ela estava toda molhada por causa do suor que o seu corpo produzia, como forma de regular a sua temperatura. Pelo cobertor branco da cama era possível observar as marcas deixada pela febre ao redor dela.

— Cadê o Germano?— pergunto assim que percebo a Antônia vindo do banheiro com uma toalha molhada, no qual coloca na testa da minha garota.

—Eu não sei, a última notícia que eu tive era que ele estava a caminho.— diz passando a toalha pelo pescoço e colo do seio da menina inconsciente.

—Eu vou matar aquele desgraçado— ela olha para mim assustada. — Por favor, Antônia procure informações sobre o paradeiro daquele miserável a Thomas.— ela olha para mim e depois para a garota em sua frente e vejo em seu olhar o receio em se afastar dela.— Pode ir, eu continuarei com os seus cuidados.— E então ela sai. Eu pego o pano que a Antônia estava utilizando e vou ao banheiro para molhar com uma novo jato de água gelada, torço um pouco e volta para ela. Como eu havia observado o que jeito que a Antônia fazia, tento fazer da mesma forma, repouso um pouco a toalha na testa por alguns segundos e depois pressiono um pouco em seus pescoço e próximo a formação dos seios.

— Senhor, desculpe a demora. Vim o mais rápido que pude.— minha vontade é de tirar ele do chão com as minhas mãos o segurando pelo pescoço, no entanto respiro fundo, jogando para um lugar distante da minha mente tal pensamento.

— Depois me resolverei com você. Agora cuide dela.— digo olhando em seus olhos e ele engole em seco.

—Sim, senhor— olho novamente para ela antes de me afastar e seu corpo começa a convulsionar e também consigo ver lágrimas descendo do seu rosto.

Ela está sofrendo!

— Não chore, eu estou aqui...Não desista, continue lutando.— digo para ela quando tomo a iniciativa de por o seu corpo de lado como aprendi. Seu corpo ainda se debate enquanto seco as suas lágrimas. Ver ela desse jeito mexe comigo. Eu odeio ver ela assim —Se ela morrer, se considere um homem morto também, Senhor Germano.— Direciono toda a minha raiva para ele, o fuzilando como se meus olhos fossem uma arma.

—Vai ficar parado, caralho. Faça logo a porra do seu trabalho.— e só assim ele se move para fazer os procedimentos.

Flashback off

Foi uma terrível noite, mas após algumas ameaças e gritos o Germano conseguiu mantê-la estável. Algumas horas depois a febre havia ido embora e eu me senti mais leve, no entanto alarmado com a possibilidade de tudo voltar a acontecer. E após essa situação eu não consegui sair mais do seu lado, trouxe o trabalho para casa, só para a vigiar de perto. Algo em mim gritava que não se perdoaria se algo acontecesse e  não estivesse com ela pela segunda vez. E também tinha o fato de que eu gostaria de ser a primeira coisa que ela visse quando ela acordasse. Eu não queria perder o momento em que seus olhos abririam dando o prazer ao mundo e a mim em ver seus belos olhos azuis novamente.

Levanto da poltrona impaciente e ao mesmo tempo cansado em ficar encarando a cama e vou até as portas de vidro transparente que dá acesso para a varanda. Fico olhando para o céu que está escurecendo e já pode ser visto a lua reivindicando o seu lugar. E vendo esse astro celeste, noto que assim como a lua, a garota desacordada em minha cama parece pura e ofusca a beleza dos que estão ao seu redor.

— Q- Quem é v-vo-c-cê?— ouço em um sussurro um pouco rouco, no entanto ao mesmo tempo suave e encantador e logo meu cérebro raciocina.

Ela acordou!

Como se eu estivesse esperando por um século, meu corpo vira rapidamente a vendo deitada olhando surpresa para mim. Minha vontade é de correr até ela e beija-lá, entretanto me seguro e digo:

— Bem-vinda de volta!— seus olhos não tiram a atenção do meu rosto. O que se passa em sua mente?

Bem-vinda olhos azuis!
Bem-vinda meu anjo!

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A mercê da maldadeOnde histórias criam vida. Descubra agora