Capítulo 20

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Assim como eu pedi, ele realizou. E por assim foi durante uns bons minutos, uma música e depois outra e mais outra até que me perdi na conta e os meus pés gritavam por descanso. Em nenhum momento eu menti para o Mason sobre a minha falta de prática na dança, e ele pode constatar isso em meios as pisadas que recebeu, no entanto em nenhuma das vezes sua feição mudou para dor. Ele sabe esconder muito bem seus sentimentos, e isso me faz questiona-lo ainda mais, como vou confiar nele se o próprio consegue disfarçar tudo muito bem ao seu favor. Eu não posso vendar os meus olhos e me manter no escuro em relação a ele.

Quem é o Mason para mim? O homem que me salvou duas vezes? O belo homem que meche comigo como ninguém jamais conseguiu? A pessoa que me tirou da rua e tem cuidado de mim? O dono dos olhos penetrantes iguais ao raio-x, que ver como a pessoa por dentro? Um homem intenso e complicado que vem complicando intensamente a minha vida?

Eu já não sei mais!

Minto, eu sei, no entanto tenho medo de pensar e pior, dizer em alta voz. Mas a verdade é uma só, nua e crua. O Mason é tudo isso é muito mais. Ele tem sido a minha sensação de segurança, ele é a matemática em minha vida, que por eu não saber calcular as operações, eu erro, eu me perco. Ele é fogo, mesmo mostrando ser gelo. Ele talvez venha ser o abismo que irei me jogar na coragem de mesmo no escuro conseguir explorar.

— Luna, vamos voltar para a mesa! — sua voz me traz de volta ao presente.

— Tudo bem, mas antes quero ir ao toalete. Você sabe onde fica? — pergunto olhando para o seu rosto, no qual vejo um brilho no olhar.

— Anjo, você me deu uma boa ideia de como melhorar a nossa noite, mas é uma pena que você ainda não esteja pronta — sua mão que estava no meio das minhas costas desliza lentamente repousando no final da minha lombar, quase próximo ao início da minha bunda.

— Mason! — O reprimo. Não sei quais são as suas ideias, mas pelos seus olhos reversando entre o verde e um tom mais escuro, sei que tem haver com intimidades entre casais, pois todas as vezes que seu olhar cometemos o pecado da fornicação.

— Se acalme, Luna. Eu não costumo ser exibicionista com o que eu tenho apreço — Diz colocando uma mecha no meu rosto atrás da minha orelha — Eu sou egoísta, Luna. O que é meu é meu e não divido com ninguém. E você é minha, portanto só eu posso ouvir os seus gemidos, ver a sua bochecha corada pelo prazer, os seus olhos famintos pela luxúria e o jeito que o seu corpo reage ao meu. — Como efeito das suas palavras, sinto a minha parte íntima formigar e me odiando por reagir tão facilmente a ele, suspiro pesadamente.

— Sobre isso, Mason, nós não podemos fazer mais, digo eu não posso — desvio o meu olhar do seu, não conseguindo encarar a intensidade que vem deles.

— Um novo ensinamento para você: quando um não quer, nada pode existir, mas a parir do momento que ambas partes querem, tudo pode acontecer... O seu corpo diferente das suas palavras mostraram o contrário, análise os sinais: sua respiração mais ofegante — Instintivamente tento controlar a respiração — A excitação entre as suas pernas — ele continua a dizer e sinto a minha calcinha molhada — O calor dominado todo o seu corpo — sua voz soa mais perto, próximo ao meu ouvido. Ele está brincando com o meu corpo! E tem tido êxito. — E a reação que eu mais gosto, o seu olhar pedinte — sua voz sai rouca, me arrepiando, e como se não tivesse me provocado o bastante, ele beija a base do meu pescoço — Espero que tenha sido uma boa garota e tenha aprendido a lição.

— Eu nunca fui boa em aprender de primeira — penso, mas pela sua sobrancelha arqueada, noto que falei em voz alta — Não foi isso que eu quis dizer... na verdade eu... Ai meu Deus, estou ficando confusa! — digo escondendo o meu rosto no seu peitoral — Mason, é isso que você causa em mim, confusão, meus sentimentos se tornaram uma bagunça a partir do momento em que você entrou na minha vida.

A mercê da maldadeOnde histórias criam vida. Descubra agora