Diga que me ama (Girafa Version)

Mamãe, quer viajar comigo?

Eu estava uma pilha de nervos, nada poderia dar errado, por isso resolvi conversar com Ivy, seria uma conversa definitiva. Deixei Rafa em casa e parti para o restaurante, mais tarde eu voltaria para buscá-los, minha família estaria inteira aqui ao meu lado e minha mãe no meu coração.

Estava tudo muito incrível, Ivy fez um trabalho lindo, isso eu não poderia negar, estava tudo a minha cara, e o melhor era poder chamar o restaurante de meu. Cumprimentei a galera que estava organizando para a festa mais tarde e subi para o escritório, onde será meu daqui em poucos minutos.

-Posso entrar? – Ivy estava sentada assinado alguns papéis.

-Pedindo permissão para entrar em sua sala? – Ela largou a caneca e sorriu. – Ta feliz?

-Nossa, eu nem sei mais como te agradecer, isso aqui tá incrível. – Me sentei de frente à ela. – Se não fosse por você e o Manolo isso não seria possível.

-Você é brilhante Gigi, seria um desperdício ficar naquele lugar que não te valorizou. – Ivy segurou minhas mãos por cima da mesa.

-Obrigada, de verdade. – Fiz um leve carinho em sua mão. – Mas agora vamos falar sério, Ivy eu sou uma mulher casada, e muito bem casada. Eu tenho dois filhos e uma mulher que me ama, eu quase perdi Rafaella uma vez e eu não quero nem em sonhos que isso aconteça novamente.

-Eu sei que você ama a boazuda. – Sorri com o apelido.

-E por esse motivo eu vim pedir que você respeite meu casamento, para essa sociedade dar certo, eu preciso que você me respeite. – Ivy se remexeu na cadeira. – Eu sou capaz de abrir mão disso tudo, do meu sonho se Rafa não estiver confortável, e nem eu e nem você queremos isso. Não é mesmo?

-Foi uma brincadeira Gigi. —Ivy disse na defensiva.

-Uma brincadeira de mal gosto Ivy, e eu preciso que você entenda que a minha relação com você é profissional, e se você quer ser minha amiga, você deve parar com isso. —Falei de forma séria e ela pareceu entender. —Agora vou descer, preciso ajeitar tudo lá embaixo.

Era um ultimato, se Ivy não for capaz de me respeitar eu não posso dar continuidade a nossa sociedade.

O resto da tarde passou rápido, organizei tudo com o meu gosto, os novos funcionários já estavam todos preparados e alguns eu já conhecia do cremmé brülee, assim que souberam da novidade me procuraram para uma chance no meu restaurante. Deixei tudo nos conformes e fui pra casa me arrumar, Rafa já havia me ligado dizendo que já saiu do salão. Peguei minhas coisas e parti pra casa.

Assim que passei pela porta dei de cara com meus filhos arrumadinhos, cheirei os dois e subi correndo pro meu quarto, não podia chegar atrasada na inauguração. Entrei no quarto e Rafa terminava de se arrumar.

-Uau! Você conseguiu ficar ainda mais linda! – Segurei ela pela cintura e deixei um selinho em seus lábios vermelhos.

-Vá se arrumar, se não iremos nos atrasar. – Ela me deu um sorriso e eu fui me arrumar.

Em poucos minutos entramos no meu restaurante, Rafa estava de mãos dadas comigo e meus filhos estavam no colo do meu pai e de Clarisse. Estava tudo incrível, logo avistei nossas amigas e acenei pra elas, Bia e Mari estavam na mesa com Luiza e Marcela. Fui até o Doutor Manolo e o agradeci, eu estava feliz com a nossa sociedade e sei que minha vida tomaria novos rumos a partir de agora.

No meio da noite subi em um palco improvisado e fiz um agradecimento, era incrível ver todos meus amigos e familiares aplaudindo meu sucesso. Ter Rafaella ali ao meu lado me trazia conforto, era bom demais ter a mulher que eu amo ao meu lado.