Uma criminosa?

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Odiamos segundas feiras

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Odiamos segundas feiras

Vi

Segundas, pra muitos o pior dia da semana e eu concordo, mas em compensação é a melhor noite. Abaixo no bar do Val tem uma espécie de porão e lá ocorre lutas ilegais e eu sou uma lutadora ganho por cada luta que participo e se ganho o cache dobra, atualmente eu estou com uns cinco/seis mil guardados em total secreto até mesmo da Powder, e se tudo continuar como esta quando eu for chutada daqui por ser de maior já devo esta com grana o suficiente pra me sustentar e sustentar a Pow e é com isso que eu conto, é claro que eu poderia usar essa grana pra ajudar as coisas aqui no orfanato e os meus amigos, mas antes deles vem a mim e a Pow e se for por ela eu não ligo de dar as costas pra eles.

Até porque eles tem mais chances do que eu, Korra e Adora são inteligentes, Catra é uma gostosa, Ekko e Finn ainda são jovens, mas eu não sou muito fã dessa coisa de estudar, não tenho beleza, e já não sou mais uma criança. Eu sou a que mais precisa se esforça pra sobreviver.

E é por isso que eu venho aqui, lutar no ringue é uma sensação tão boa e é tanta adrenalina.

Soco de direita, chute na perna esquerda e finalizar com gancho de esquerda.

- UHHHHH!!!- A torcida pira.

- E mais uma vez Vi vence a disputa da noite senhoras e senhores - Anuncia o árbitro.

- Yeah! - comemoro e desço do ringue improvisado.

"Aquela criança ganhou de um adulto" - alguns cochichavam espantados.

"Que força monstruosa" - outras diziam receosas.

Eu abri um sorriso confiante. 'É isso mesmo seus otários a mãe aqui é invencível' pensei.

Fui até o escritório do Val, chegando lá eu entrei sem bater Val como sempre estava atrás da sua mesa fumando solitário, assim que ele me viu parte da sua carranca sumiu e sua expressão suavizou.

- Olha se não é minha estrela - ele se levantou e começou a caminhar até mim.

- Você viu?

- Se eu vi? Eu ouvi os ossos daquele frutinha sendo partido em dois

Fico ligeiramente envergonhada. – Valeu Val - ficamos uns bons minutos ali parados em total silencio até que ele se pronunciou.

- Hoje você não recebe o dobro e sim o triplo

Minha animação aumentou assim como meu sorriso. – Muito obrigada Val você é o cara

- Está aqui - ele me estendeu um pacotinho que rapidamente eu escondi no jaqueta. – Mas antes de você ir quero que leve um pacote pra zona norte

Fiz uma careta estranha.

- Eu sei que aquela parte não é muito o nosso pedaço, mas eu quero que você vá só até a margem de um mundo pro outro - ele explicou.

Respirei fundo e concordei, ele me entregou um saquinho que eu também enfiei no bolso e fui.

Adora

Segunda feira é o pior dia da semana, mas para meu conforto depois de um cansativo dia na escola chegar em casa e ser bem recebido pelo amor da sua vida e por sua bebe é muito reconfortante, e descrevendo dessa maneira até parece que eu sou um pai de família que trabalha muito, mas é exatamente assim que eu me sinto. Passei a tarde inteira com Catra e Luz.

- Doce favorito? - ela me perguntou.

Eu coloquei a mão no queixo pensativa.

- Pudim

- Porque pudim?

- Porque é gostoso - mantive meu tom serio.

Ela deu uma risadinha. – Sem nenhum motivo oculto?

- Eu gosto da textura - dei de ombros. – Agora é a minha vez, seus olhos?

Ela se virou e me encarou com aqueles lindos olhos de gato. – O que, que tem com meus olhos Adora?

Eu rapidamente neguei rápido com a cabeça. – Nada! Absolutamente nada eles são perfeitos- disse rapidamente.

Ela soltou ar pelo nariz. – Heterocromia Adora é isso que tem nos meus olhos

- Eu sei, mas seus olhos são azul e amarelo e os da Luz são... - ela me interrompeu.

- Você sabe que eu precisei tanto de material genético meu quanto o do pai dela certo?

- Ah - disse meio indignado com minha própria incapacidade mental.

- Bom eu acho que você deveria ir dormi agora - ela disse já me jogando da cama.

- Ei! - protestei.

- Já passou das dez, Adora

- Mas... - eu tentei argumentar, mas ela não deixou.

- Você tem escola amanha também lembra?

- Sim, mas...

- Sem, mas vai dormir agora

Fiz biquinho e me deitei. – Boa noite gatinha e luzinha

- Boa noite loirinha cabeça de vento - ela se deitou também.

 Korra

Segunda vulgo o dia que a Vi some do mapa e pede pra que eu fique de olho na Powder, não que isso seja uma tarefa muito complexa já que ela é um anjinho, mas o ponto é eu sei que ela tem uns envolvimentos com a galera não muito correta, mas não posso julgá-la afinal tudo o que ela faz sempre é para algo mais nobre do que aparenta, e normalmente bate dez e meia e ela já esta em casa só que hoje as plenas onze e vinte e dois da noite e nada dela. Powder não consegue dormi sem ela então eu a levei pra sala e fiquei na TV enquanto ela brincava com meu celular, provavelmente roubado, e se eu já não estava eufórica o bastante enquanto eu passava de canal em canal uma imagem pisca rápido na tela e desacreditada eu volto o canal e levanto correndo em direção o quarto da vovó.

- VÓ A VI FOI PRESA - berrei esmurrando a porta.

Ela abriu a porta sem entender nada e eu a arrastei pra sala junto de alguns curiosos que acordaram e chegando lá Powder estava praticamente colada na Tv.

- Ah, minha menina a onde foi que você se meteu dessa vez? - vovó murmurou enquanto olhava a TV.

"O bar pertencia ao Vander conhecido na região como Val o mandante dos criminosos" – a repórter dizia do outro lado da tela enquanto alternava as filmagens da Vi e do bar sendo cercado pela policia.

Uma parte de mim não queria deixar isso assim, mas antes que eu pudesse correr senti uma mão me segurando.

- Não - Adora ela estava de pé do meu lado com uma cara não tão bonita assim como a minha.

- Nos temos que fazer alguma coisa - afirmei.

- Encare os fatos não podemos fazer nada - ela suspirou. – Fica aqui me ajude a consolar a Powder e vamos torcer pra vovó conseguir ajudar ela

Uma parte minha queria sair desesperadamente atrás da Vi, mas outra sabia que eu não conseguiria fazer nada e que eu era mais necessária aqui. Foi uma longa noite, Powder chorando, as crianças agitadas e a vovó passou a noite inteira no telefone e pelo que parece estamos com sérios problemas.

Meu, Seu, Nosso UniversoOnde histórias criam vida. Descubra agora