Meu, Seu, Nosso Universo

O império ruiu

Por enquanto é isso...

jInX

Voltei pra casa naquela madrugada me sentindo derrotada e destroçada. Ekko se foi para continuar lutando em uma guerra contra papai, uma guerra que cedo ou tarde eu não poderei ajuda-lo e então o pior ira acontecer.

Me deitei em minha cama e chorei naquela noite, chorei muito me sentindo uma fraca por não consegui ajuda-lo. Mas eu disse a ele que era perigoso eu tentei então se algo acontecer com ele a culpa não é minha, certo?! Ou será que eu deveria ser capaz de fazer algo a mais por ele. Minha cabeça está confusa, papai foi o homem que me acolheu que me criou e que me deu um lar de verdade, mas Ekko é meu verdadeiro amor desde que eu era a pequena Powder, me sinto dividida.

Enquanto ficava chorando papai entrou no meu quarto e se sentou ao meu lado. 

- Quer conversar? - ele pergunta em seu tom monótono de sempre.

Nego com a cabeça, ele passa a mão por cima de mim e acaricia meus cabelos.

- Sabe eu não te vejo chorar desde que você era uma garotinha - ele comenta. - Naquela época você estava tão triste pela prisão da sua irmã 

Entre soluços eu perguntei. - Pai, é verdade que você  armou pra Vi? 

Ele se calou por um tempo e depois disse: - Sim 

Eu me levantei rapidamente. - Por que? 

- Por que ela era a favorita do Val - ele explicou. - Derrubar todos eles era o único meio de subir na hierarquia e de te ter 

Abaixei meu olhar triste, será que Ekko estava certo? Ele me usou?

- Papai você me usou? - perguntei com medo da resposta.

- De inicio eu cogitei te usar - ele admitiu. - Mas com o tempo essa ideia se foi e eu passei a te amar genuinamente como minha filha 

- Sério?

- Sério! - ele afirmou.

Abri um sorriso contente e o abracei e ele retribuiu com força, como se esse fosse nosso ultimo abraço.

- Jinx quero te pedir uma coisa 

- Sim papai 

- Quero que você vá - ele pediu.

- Vá? Mas pra onde? - perguntei sem entender.

- Pra bem longe, vá ficar com sua amiga Lux, sua irmã não importa apenas vá pra longe - ele disse com um tom de medo.

Um tom que eu nunca tinha o visto usar antes.

- Mas o que esta acontecendo papai?

- Uma guerra interna vai ser iniciada e eu não quero que você se envolva - ele disse.

- Mas eu posso ajudar - disse decidida.

ele balançou a cabeça. - Não Jinx já chega de lutar - ele depositou um beijo carinhoso em minha testa. - Meu tempo como o chefe já acabou, e eu quero te manter segura

- Mas pai eu posso ajudar - tentei convence-lo.

- Não Jinx chega de lutar - ele disse com tom triste. - Apenas procure viver sua vida como uma garota normal - ele pediu.

Algo me diz que isso não vai acabar bem para o nosso lado, senti algumas lagrimas voltando a cair. - Você vai ficar bem "né" pai? - perguntei esperançosa.

Mas ele chacoalhou a cabeça. - Viva bem minha princesa 

- Espera não pai - me desesperei, mas antes que pudesse progredir eu fui apagada com um sedativo.

Acordei horas depois com Ekko me carregando na moto estávamos saindo da cidade, e foi ali que eu entendi que eu havia voltado a ser orfã. E que meu pai sempre soube quem era o líder dos Fogolumes, mas nunca tentou machucar Ekko.

- Papai... - murmurei baixinho e Ekko apertou mais o abraço.

Agora terei que aprender a viver de outra maneira, só espero que Vi me aceite na vida dela.