De compras

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As vezes tenho medo de vcs KKAKAKAKA
Boa leitura 👀
Estrelinha e seu comentário fazem meu dia :) ⭐️
(não revisado)
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Juh

Percebi durante as compras uma Sarah Andrade sorridente quê não conhecia, alguém capaz de compartilhar um papo leve e divertido. Mas tanta proximidade só nos levaria a um caminho. Problemas.

Enquanto Sarah se abaixou para olhar um sapatinho de bebê rosa, atrás dele no corredor, vinha Rodolffo Matthaus, nosso maior cliente e o motivo de nossa viagem.

Minha chefe se levantou e até então não tinha si dado conta. Brincou com os sapatinhos os colocando sobre a curva de meu ventre e logo me sorriu sentindo a bebê chutar.

— Que garota esperto, sabe me reconhecer. — Ela diz com uma felicidade que me derrete.

Cada momento podia senti-la se aproximando mais, isso me queimava por dentro e ao mesmo tempo me sanava. Mentir e esconder era difícil, e sentia que a cada vez estava mais perto de estourar.

— Hummr... — Pigarreio e faço sinais para quê ele olhe para trás.

— O quê é? — Ela se vira e por fim os vê.

Uma mulher acompanha o senhor, se notava muito mais jovem, e também exibia um ventre duas vezes maior que o meu.

— Thaís, certo? — Minha chefe se direcionou cumprimentando a mulher.

— Sim, e você é Sarah e essa é a Sra.Freire?? — Ela o cumprimentou também, mas logo se dirigiu a mim.

— Não... é. — Ele esclareceria si não fosse interrompido em seguida.

— Eu sabia que vocês eram sincronizados demais. — O senhor disse olhando para minha barriga.

— Em boa hora em Freire, estava pensando em contratar a construtora para construir um parque infantil atrás do hotel, e si tudo der certo, meu neto e sua filha poderão brincar juntos.

— Tem razão pai, as crianças podem virar amigos. — Ela dizia tão animada quanto o pai com a ideia.

E eu? Bem, eu simplesmente não disse nada. Se negasse algo ali estaria mentindo e se apoiasse também estaria mentindo. Naquele momento estar em cima do muro era o mais seguro.

Sarah me encarou por alguns segundos, e ao perceber que eu estava em paz com a situação, ela se aproximou me tomando pela mão.

— Que tal um almoço para falarmos sobre isso e os trâmites finais do projeto passado no hotel? — Sarah lhe disse agradando tanto a filha como ao Sr. Matthaus

— É uma ótima ideia, nos vemos a uma da tarde, o quê acha? — O Sr. Matthaus o pregunta.

— Perfeito. — Sarah responde.

— Você vêm, não é? — Thaís me perguntava e apenas pude assentir com a cabeça.

De qualquer modo iria, era a secretária daquela CEO, não poderia manda-la sem estar segura de um bom suporte.

— Nos vemos. — Eles se despediram nos deixando no corredor da enorme loja.

Tão pronto os vi sair, me separei de Sarah e continuei o quê fazia.
Por certo, estávamos ali em busca de almofadas e que pudessem se ajustar a mim a noite.

Eu me perco olhando os enxovais dispostos nas prateleiras e me incômodo com a presença da minha chefe logo atrás de mim.

— Me imaginam fria e calculista por que sou rica, mas não chego aos seus pés... — A ouço murmurar atrás de mim.

— O quê disse senhora?

— Nada. — Ela dá um passo atrás e sorri escondido, como uma criança que apronta pelas costas.

Não iria retrucar, pois não queria mais nenhum conflito além dos internos que carregava comigo.

Um pouco mais vasculhando e encontro a tão sonhada almofada.

— Achei! — Digo empolgada.

— Era isso? — Ela pergunta como se o feito não tivesse qualquer importância.

— Sim, é exatamente isso. — Falo incisiva.

— Sabe, pelo menos a almofada não ronca. — Uso para irritá-la.

— Como sabe se ronco ou não, em todas as vezes foi a primeira a dormir e a última a acordar...

— Se é o que você acha, mas tenho o costume de acordar entre um ciclo de sono e outro, lembro-me perfeitamente do quão alto você roncava. — Disse vendo-a ficar mais irritada.

— Te provarei que não ronco esta noite, e se prepare princesa. — Ela sumiu de minha vista, até quê depois de pegar tudo, o encontrei no caixa.

Ela não me dirigiu a palavra, aguardou até que chegássemos a porta de meu quarto e disse:

— Apesar de ter dado uma de inimiga em nessa última hora, agradeço que tenha baixado a guarda e me deixado passar a manhã do seu lado. — Ela termina e beija singelamente minha bochecha.

Ela conseguia ser minha calma e intranquilidade...

Meu desespero e meu aconchego...

Me perguntava se ela acabaria comigo ou se eu terminaria com ela.

— Até daqui a pouco Juliette.

Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora