Esclarecido

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Novela mexicana tá on, boa leitura!!
Estrelinha e seu comentário fazem a diferença (vou colher os surtos)
Prestem bastante atenção nesse capítulo, pode ser usado no futuro....
(Não revisado)

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Sah

Como ela podia esconder? Kerline estava certa?  

Qualquer pergunta que surgisse a minha mente teria de esperar. O soro correndo na veia de Juliette me deixava ansiosa, ansiosa para acabar e para quê ela despertasse. 

A minha secretária me devia boas explicações, e apesar do quê Kerline disse e das sensações e recordações passadas, eu tinha de ouvir de sua boca. 

Não queria me iludir e também não queria descontar em Juliette se fosse apenas loucura coletiva. Muitas coisas dependiam dela abrir os olhos, mas uma delas não. 

Como acompanhante de Juliette no hospital, a obstetra me deixou ficar para a ultrassonografia e ali pude ver o quão bem a bebê se movia apesar dela estar desmaiada. 

— É uma menina mesmo? — Perguntei por curiosidade. 

— É sim. Uma meninona. — A doutora disse e mostrou-me fotos das ultrassonografias passadas. 

Eu podia até não enxergá-lo muito bem, mas apenas o fato dela existir já me deixava boba. 

[...] 

Em fim de volta ao quarto, pela tarde, Juliette despertou. Seus olhos desviaram as vistas dos meus — naquele momento fazer a pergunta foi por pura formalidade — seu comportamento já dizia tudo. 

— Juliette,quem é o pai da bebê? E dessa vez, não fuja.  

— Não importa, de verdade. — Ela virou de lado sem responder-me. 

— Vamos, esconder mais para quê?   Ela se senta a cama, me aproximo para ajudá-la com os fios e a agulha e seu braço. 

Ela por um instante tateia a barriga, parece estar mais desperta e também preocupada. 

— A bebê está bem, eu mesmo a vi. — Respondi acariciando o volume. 

— Sarah... não. — Ela retira minha mão. 

— Qual o problema Juliette?  

— Quer que eu admita?  

— É exatamente o que eu quero. — Fico de pé ao lado da maca. 

— Pois aí vai! — Suas palavras saíam altas demais e seus olhos vermelhos se enchiam de lágrimas. — A bebê é seu sangue! 

— Eu sabia. — Disse em um misto de alívio e raiva por tanto tempo de espera. 

— Mas isso não significa ser Mãe Sarah.   Suas palavras me confundiram e balancei a cabeça a olhando, queria um explicação, não tinha ideia do quê ela falava. 

— Sabe por quê sempre escondi? — Ela jogou a pergunta, mas não esperou que eu respondesse. — Por que já tive alguém como você em minha vida. 

— Alguém como eu? 

— Voltamos de viagem e a primeira coisa que fez foi voltar ao trabalho, também me fez trabalhar tanto quanto antes. — Ela dizia em tom acusatório.

— Isso só provou que você continua a mesma viciada em trabalho de sempre Sarah. 

— Juliette, não é assim... — Tentei explicar-me, mas ela pouco quis ouvir. 

— Meu pai era um viciado em trabalho, minha infância inteira não foi importante para ele. Nunca me deu um pingo de atenção sabe... E isso dói mais que tudo em uma criança.

— As lágrimas escorrem por seu rosto e eu começo a entender. 

— Eu não vou ser assim, não sou como ele Juliette.  

— É o que diz agora Sarah, mas nem mesmo se lembra de quê passamos uma noite juntas.  

— Em minha defesa estávamos bêbadas.  

— E em minha defesa não quis lembrá-la de algo que preferiu esquecer. — Ela diz sem mediação. 

Saio de perto e ando de um lado a outro no quarto, parando de frente a sua maca e faço a pergunta que temo a resposta. 

— Não me quer com vocês, é isso?

— Não vou privá-la de ser mãe, mas terá que fazer por merecer Sarah. — Ela diz tão séria como nunca.

— Esta bebê precisa de um exemplo e não de uma sombra em sua vida. 

— Eu entendo Juliette, e isso muda aqui e agora. — Digo convicta e me aproximo beijando sua testa. 

— Sabe o quê está prometendo? — Ela questiona enxugando as lágrimas. 

— Não estou prometendo, estou te jurando pela minha vida. — Respondo e a vejo suspirar aliviada. 

A abraço, quero confortá-la, fazê-la ver quê posso ser boa para os dois e no fundo desejo mais que tudo, quê nunca mais ela saia do meu abraço.

Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora