(Não revisado)
JULIETTE POV
Em casa, as três da madrugada.
Quatro semanas depoisAs coisas parecem estar tranquilas, e de repente meu sono é perturbado, me movo na cama e tento me aconchegar na almofada que para nada me ajuda com a barriga incômoda.
— Essa menina não deixa as coisas fáceis.
— Digo afagando o ventre assim que o sinto se mover.
Abro a geladeira e penso que o bolo de cenoura com causa de chocolate cairá bem.
Sento-me a mesa, e não demora nem cinco minutos para quê eu o devore todo.
— Céus, não é suficiente.
— Olho horrorizada para o prato vazio a minha frente. Nunca fui de ter muito apetite e em parte culpa de minha mãe, que me traumatizava com sua falta de atenção a comida.
Lembro-me de muitos pirus de natal em cinzas, sopas secas e feijão queimado.
Pelo menos o arroz parecia ser mais fácil para ela, mas isso não a impedia de trocar o sal pelo açúcar.
Mamãe cozinhava terrivelmente, mas o quê realmente vale é a intenção, ela queria tentar por mim.Creio que faço o mesmo.
Para me tirar de meus devaneios, o telefone toca. Atendo sem precisar ler o identificador de chamadas, sei que o único ser tão detestável a ponto de ligar a tal hora é minha chefe.
— Sra. Andrade? Em que sou útil nesta madrugada?
— Meu tom é irônico e espero que ela perceba e desligue.
-Sobre o projeto Aurora.
— Ela começou, e então me preparei para ir a cama, sabia que não iria terminar tão cedo.
— Sim?
— A Sra. Queiroz tem se mostrado bastante difícil em aceitar vender a propriedade no meio do campo...
— Ela fala como se a culpa fosse toda da senhorinha. As coisas são sempre branco no preto para minha chefe, pessoas assim não conseguem entender os demais, são egoístas. Meu pai, também o era, e agradeço a coragem de minha mãe em deixá-lo e partir para vivermos eu e ela sossegadas e felizes.
Esse é um dos motivos, uma das razões em eu manter segredo.
Ouvi-la contar-me fatos trás fatos, tomou vinte e cinco minutos da ligação e ainda não entendia a quê se devia.
— Peço desculpas se não estou acompanhando, mas onde entro eu chefe?
— A Sra. Queiroz parece valorizar a família e acredito que ela nos venderá se encontrar os mesmos valores na construtora.
A construtora destruía lares a fim de criar imensos shoppings, e no fim a única coisa boa em tudo isso eram os trabalhos gerados.
— A Sra. Queiroz também parece apreciar você, então lhe disse em nossa última conversa que iria comprar a casa para criar as nossas crianças e etc.
— Sua forma tão fria e calculadora me fez perder a boa. Desliguei na cara da minha chefe, do contrário eu a xingaria na ligação.
Que espécie de ser engana uma pobre senhora para se sair com a sua? E como ela podia ter me usado daquela forma.Afim de me acalmar deitei-me na cama. Tentei não pensar em nada, não queria quê o bebê sentisse meu estresse.
Virando-me sem poder encontrar uma posição confortável, levantei para pegar um copo d'água na cozinha, mas parei no caminho ao ouvir a campainha tocar.
Olhei no relógio pendurado ao lado da porta de entrada na sala, e avistei, quinze para as cinco.
— Isso só pode ser brincadeira.
— Disse indo até a porta. Mais uma vez a insistência do toque da campainha.— Estou indo! — Gritei. — Que apressadinho...
— Resmunguei acreditando ser algum vizinho.Abrir a porta sem olhar antes no olho mágico, foi um erro, foi suicídio.
— Srta. Andrade. — Ela havia se superado.
Tranquei a porta de imediato, evitando que ela me visse de camisola. O pano deixava amostra o ventre avantajado.— Sra. Andrade, pode esperar um pouco? Vou me vestir apropriadamente.
— Disse pelo auto falante do interfone.
— Não demore.
Ordens, que novidade.
Me vesti rapidamente pegando um poncho sweater que esconderia o volume de meu ventre, calça legging básica e botas cano curto. Agarrei as chaves do apartamento e rezei para não estar tão frio assim.Abri a porta exibindo um sorriso gentil, mas falso. Por dentro temia que ela estivesse vindo me repreender por desligar em sua cara.
— Me desculpe chefe, o celular estava sem bateria e meu carregador não está funcionando bem.
— Minto de cara lavada mesmo antes dela entrar no assunto.
— Por quê conversar aqui fora?
— Ela foi tão direto como sempre.
— Está... está uma bagunça meu apartamento.
— Digo. Na realidade não sentia me segura perto dela em um lugar tão pequeno quanto meu apartamento. Mas não poderia simplesmente dizer isso, não é?— Como quiser.
— Ela da de ombros. Nos colocamos a andar, vagarosamente, apenas para não termos de sentar.— Mas ... em que sou útil?
— Minha curiosidade se aguça. Se ela não estava se importando com eu ter desligado em sua cara, por quê viria até minha casa as cinco horas da madrugada? Ela parou seus passos.— Quero que seja minha esposa.
Não esqueçam da estrelinha e do comentário, até logo ❤️
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Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette
RomanceOs "segredos" parecem ser o muro entre secretaria Juliette Freire e a CEO Sarah Andrade Grávida e esgotada de sua chefe, Juliette não sabe como agir, mais situações e lugares podem força-las a ficarem mais perto uma da outra. Sarah a princípio desc...