Dei a luz

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Esse cap 🥺🥺
(Não revisado)
Estrelinha e comentário pfv!!❤️

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Juh

Podem pular cinco meses e cá estamos nós na sala de parto. 

Da a luz á Luna não foi nada lindo como os comerciais dos dias das mães pintam, mas segura-lo em meus braços estava sendo uma experiência transcendental. 

Seu rostinho, suas pequenas mãozinhas, cada coisa nele me fazia babar. Era uma pena quê que outra mãe não estivesse naquele momento conosco. 

Parece que às emoções foram demais para Sarah que acabou desmaiando assim quê viu a cabeça do bebê sair. 

Confesso, em meio aos meus gritos de dor e a força que fazia para dar a luz ao pequeno, acabei rindo do quão engraçado foi vê-la sair da sala de parto carregada pelas enfermeiras. 

— Luna, você é o presente mais surpreendentemente da vida das suas mamães. — Dizia a pequena, agora a amamentando. 

A porta do quarto se abriu e mais hilário que antes foi ver minha futura esposa e Mãe da meu filha entrar da cadeira de rodas. 

— Sarah, foi mesmo sério? — Dizia em tentando conter os risos. 

— Por favor Juliette sem piadinhas. — Ela pediu se aproximando da maca. 

— Quer segurá-la?  

— Não, ela parece bem nos seus braços e os meus ainda tremem. — A mulher se remexeu inquieta na cadeira. 

Mesmo sem ter coragem de segurá-la, queria que sentisse o mesmo que eu. Me levantei da maca e pedi espaço no colo dela me sentando sobre as pernas de Sarah.

— Bom, agora pode segurar nós duas. — Colei minha testa a dela e Luna aconchegado entre nós. 

— É impressão minha ou ela é ruiva? — Sarah disse acariciando os poucos cabelos do nosso pequeno. 

— Bem, acho que está na hora de conta-lhe alguns segredos que guardei por tanto tempo, que nem me lembrava mais.  

— Quê ótimo, e eu que achei que já havíamos conversado sobre tudo. — Sarah fechou a cara colocando um beicinho chateado. 

—  Não é nada muito importante, só quê preferi assim. — Comecei.

— Meu pai e eu éramos fisicamente muito parecidos, a não ser pelos olhos, os meus são de mel como os de mamãe e papai os tinha verdes. 

Enquanto o contava me lembrava do dia em quê fugimos, e depois de minha adolescência conturbada, pois mamãe morreu poucos anos depois e eu apenas acabará de fazer dezoito.  Me lembro de olhar no espelho e odiar cada cacho e fio ruivo em minha cabeça, então o pintei de preto e desde então venho usando a chapinha para deixá-lo mais domado. No fundo, sabia que enquanto mamãe esteve viva eu a lembrava a cada segundo de quê era filha de meu pai e isso me dói, não importa quanto tempo passe. 

Terminar de contar meus segredos a Sarah foi o mesmo que desenterrar feridas antigas, mas era necessário, já quê agora me sentia muito mais leve. 

— Escuta, não importa o quê você leva por fora, você era a filha de sua mãe por quê ela te amava desde dentro. — Ela disse nos envolvendo em com seus largos braços. 

As enfermeiras na porta chorando, parecia a assistir em filme de romance. 

— Isso é lindo. — Uma delas sorriu com os olhos marejados. 

— Essa pequena tirou na sorte grande com as mães em... — Foi a última coisa que ouvimos antes do público se retirar. 

A sós, apenas nossa pequena família, Sarah me faz olhar em seus olhos. 

— Posso pedir que pare de tingir os cabelos? Quero dizer, eu já os vi cacheados daquela vez em quê lhe dei banho, mas quero vê-los ruivos, como os da bebê. 

— Eu... eu não sei. — Disse me sentindo mal com a ideia. 

— Não é a cor do seu cabelo que te influência Juliette, é o que leva no coração que importa. E eu te amo do jeito que é. — Ela coloca uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha aproximando meu rosto para perto do seu.

— Eu-te-amo!   — Não grita. — Tapei sua boca com a mão, podia sentir as bochechas queimando. 

— A formas melhores de se calar alguém. — Seu olha malicioso me dizia era melhor eu me casar logo, eu pronto Luna teria outra irmãzinha para acompanhá-lo na hora de levar as alianças. 

— Estamos no hospital, eu acabei de dar a luz e Luna está aqui. Não pode guardar pra depois? 

—Deixe-me pensar... — Repentinamente estou no alto e seguro Luna por extinto. 

Sarah já não parece a mãe atordoada, está de pé sem necessidade da cadeira de rodas. Me coloca na maca e me cobre com a manta.  

-— Ok. Vou deixar vocês descansarem, mas antes beijos de boa noite. — A mulher se dirigiu a filha depositando o beijo em sua cabeça, e se virou colando nossos lábios no quê devia ser um simples beijo e ele o transformou em uma dança de línguas. 

— Céus, você não tem jeito. — Falei ao nos separar.  

Ela sorriu e se deitou na poltrona do quarto observando a mim a filha adormecer, e com a tranquilidade e a felicidade que sentia, dormir e sonhar não seria difícil.

Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora