Descoberta

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Último do dia, espero que gostem ❤️

Por Sarah Andrade

Nunca antes uma viagem a negócios pareceu tão complicada. Ter de usar os métodos que eu precisava não era a coisa mais legal do mundo, mas acreditava que minha secretária não dificultaria.

Isso até que eu perguntei e lhe disse minhas artimanhas para conseguir a compra do terro de Viviane Queiroz. Houve relutância, uma viagem de carro difícil e nunca imaginei que chegaria até a senhora com minha "esposa" carregando-a em meus braços. Nos últimos meses a Srta. Freire andava estranha, os estilos que ela vestia antes e as roupas dos últimos meses tinham discrepâncias assustadoras, mas que não poderiam servir de prova contra a pessoa dela.

Agora cá estou eu, com o corpo de Juliette Freire desacordado a minha frente.

— Como pode estar tão doente? Me negou tantas da vezes em quê perguntei, só para acabar desacordada em meus braços...

— Dizia para mim mesmo baixinho, estava frustrada.

— O quê foi? — A Sra. Queiroz adentrava o quarto com uma bacia d'água.

— Não é nada, só estava pensando no quanto ela consegue ser cabeça dura e me esconder seu estado... — Digo parte da verdade.

— Acontece, talvez ela não quisesse te preocupar. Meu falecido marido agia da mesma forma.

— Obrigada. — Disse pegando a bacia d'água e colocando sobre o criado-mudo ao lado da cama.

— Tem que tirar esse casaco dela, ou não vai abaixar a febre. — A senhora insistia.

A poucos minutos antes de apagar Juliette se recusou a tirar, talvez estivesse sentindo frio, mas nas últimas semanas a quantidade de vezes que há via com casacos diferentes era enorme.

Estava em uma época fria, mas a maioria dos dias eram frescos e não havia a necessidade de roupas tão quentes.

— Vamos menina, o quê está esperando? Sua esposa vai assar se continuar com essa temperatura.

Não tinha jeito, tinha de tirar seu casaco. Levantei-a, Juliette não tinha firmeza e tombou para o lado caindo com a cabeça em meu ombro.

— Não, meu bebê não... — Pude ouvi-la dizer.

A frase havia me surpreendido, mas retirar seu poncho e ver o volume do ventre de Juliette havia acabado com qualquer chance de eu processar o quê significava aquilo tudo.

— Ou não sabia quê o assunto de criar as crianças aqui já estava acontecendo. — A senhora disse sorridente para Juliette que dormia mais relaxada sem o casaco.

Eu precisava de uma reação, mas não tinha, não sabia qual ter.

— Vou fazer um chá para ela, enquanto isso porquê não a coloca na banheira?

Eu até poderia responder " porque não temos essa intimidade", mas levando em conta que um bebê havia entrado no visual de família que Sra. Queiroz havia criado sobre nós, eu não tinha escapatória.

Tirei-a da cama, esperei que a banheira enchesse e retirei as peças de roupas maiores, deixando-a apenas de roupa interior. Não tinha coragem de olha-la, então fiz tudo encarando o teto, mas em todos os momentos podia sentir o ventre dela entre nós.

— Por favor acorde Srta. Freire, isso vai ficar pior se não abrir os olhos.

Não era o tipo de Mulher que implorava, de certo era raro as coisas que tive de pedir em minha vida, mas meus neurônios estavam em colapso.

Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora