Chegada no hotel

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sou legal então vim aqui atualizar pra vocês hehehe 😁

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Juh

O quê havia sido o vôo? 

Bom, para ser justa. Ela não abriu a boca, mas cada minuto em quê ela me observava dos pés a cabeça era como se quisesse gritar comigo. 

Tentei dormir, tentei me sentir confortável e nada me tirava daquele incômodo clima. 

Quando escutei que o avião iria pousar, foi uma das melhores notícias de minha vida, mas agora a caminho do hotel onde vamos nos hospedar, tudo o que quero é fugir. 

Fugir... algo que tenho feito tanto. 

Não tenho família além do bebê que carrego, no início quis fugir dele, não estava preparada para ser mãe. Mas então pensei, quem está?
Ninguém nasce pronto pra nada neste mundo. 

Hoje esse pequeno bebê é tudo que tenho e tudo que mais amo, mesmo antes de conhecê-lo. Queria não ter que fugir do ( pai ) dele também. 

Olho então para Sarah Andrade, quem me tem sobre seu campo de visão sem parecer precisar piscar. 

— Estamos chegando? — Pergunto ao taxista. 

— Coisa de três minutos senhora. — Ele responde. 

Inquieta começo a girar a pulseira em meu pulso e estico o elástico que prende as miçangas.  

Cada estralo fraco contra minha pele me relaxa, faço até mesmo inconscientemente, e sem aviso sou pega por ela. 

— Não se machuque. — Suas mãos apoiando as minhas.  Ela olhava diretamente para meu pulso, deslizando os dedos pelas linhas vermelhas que acabei deixando marcadas. 

— E— eu...  

— Chegamos. — Diz o taxista interrompendo qualquer clima. 

— Vamos. — Ela sai primeiro do carro e me oferece a mão para me apoiar. 

— Obrigada... senhora... — Agradeço ainda sem graça por sua proximidade de antes. 

Volto-me para dentro do carro, quero pegar minha bolsa, mas Sarah passa por mim e a pega. 

— Não se curve demais. — Ela diz me entregando a bolsa e alisando minhas costas. 

Seu carinho é bom e minha espinha arrepia-se com seu contato, porém não posso deixar que ele continue e saio em direção ao hall de entrada. 

Fazemos o check-up e recebo o cartão magnético com o número do mesmo quarto da viagem passada. 

Sorrio, mas não de felicidade ou gentileza, é mais por não estar acreditando. 

Olho por cima dos ombros de minha chefe, quero ver qual o número de seu quarto, mas não consigo, ela é alta demais.

— Droga. — Murmuro o deixando na recepção e indo para o elevador. 

Penso no lado bom da situação, não vou beber e também não posso ficar mais grávida do quê já estou. 

Todas as besteiras que poderia fazer, já estavam feitas.  

Chegando a porta de meu quarto, a abri de imediato me jogando na cama. 

— Ficaremos bem. — Disse com a mão sobre meu ventre. 

As palavras foram ditas de modo em que queria acreditar, acreditar que tudo acabaria bem, mas as batidas irregulares de meu coração só confirmavam o que eu já sabia. 

Estava muito perto de ser pega.

Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora