Ela sabe

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Não revisado
Estrelinha e comentário pfvvv :)
Boa leitura🔥
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Juh

Último dia de viagem.

Papéis, ligações, recomendações e previsões. Tudo posto a dedo para o próximo projeto, incluindo nossa volta nos próximos meses.

Thaís e eu trocávamos nossas últimas ideias, o dia também passou voando e pela noite, depois de arrumarmos nossas coisas para pegar o vôo da madrugada, descemos a praia para um luau.

O Sr.Matthaus e a filha o organizaram depois de me ouvirem dizer quê nunca havia ido em nenhum, de todos os modos não iria aproveitar muito, mas teria uma bela recordação de despedida.

Enquanto eu e Thaís nos despedíamos trocando contatos,Matthaus levou minha chefe para beber, mas não deixei que passassem de dois copos.

Só não contava com quê, dois copos, fossem mais que o suficiente da bebida desconhecida.

— Vamos Sarah, temos de pegar o vôo. — Lhe disse deixando Matthaus para que a filha cuidasse.

— Mesmo? — Ela se pôs de pé lutando contra a gravidade.

— Mesmo. — Respondi o apoiando.

Subindo para nossos quartos, no elevador ele disse algo quê me gelou e aí foi a primeira peça da muralha a cair.

— Sabe o quê é esquisito?

— O quê Sarah? — Devolvo a pergunta.

— Hoje mais cedo, quando dormimos depois do banho, eu... — Ela para por um instante e sorri. — Sonhei quê fazíamos sexo, mas era tão real e dava pra sentir.

— Os sonhos as vezes nos enganam e achamos quê são de verdade, só isso. — Digo querendo encerrar o assunto.

— Têm algo errado... — Ela murmura.

[...]

A noite se torna mais longa do quê pensei, estamos no aeroporto e ela adormeceu tombando a cabeça em meu ombro.

— Sabe. Estou cansada de te esconder Sarah, mas também não quero quê saiba a verdade, não sei como vai reagir. — Falo, mas apenas por quê sei que não me ouve.

Não a coragem, não a valentia e não quero pensar nas consequências, mas sei que viram.

[...]
Pôs viagem.

Há três dias chegamos de viagem, no trabalho tudo é o mesmo, exceto a parte em quê todos já sabem de minha gravidez.

O tempo é rápido e parece que tudo o quê passamos foi isso, passou. Não esperava e nem queria ter a atenção dela, mas quando se passa um final de semana ligada a uma pessoa, é difícil desligar.

No fim me acostumo, tenho que me acostumar e até o bebê a noite parece sentir falta. Sarah me fazia cafuné para dormir ao mesmo tempo que acariciava meu ventre.

Sem mais cafunés ou caricias, sem mais sua personalidade atrevida. É difícil, mas como disse antes, me acostumo.

Agora trabalho, estou focada em terminar de checar os gráficos, mas ela me chama pelo interfone e pede-me um café.

— É pra já. — Sempre demostrando um entusiasmo quê não tenho.

Vou até a copa do andar presidencial mesmo, e apesar de utilizar o tempo ali para esfriar a mente também, logo sou interrompida por Kerline.

— Ora, ora. — A serpente disse olhando fixa para meu ventre.
Kerline era uma pessoa com a qual meu gênio nunca bateu, sua forma de agir e as fofocas que espalhava também me faziam ter certeza do quanto era ruim.

Desde um início, Kerline se irritou por não conseguir ficar com a vaga de assistente da CEO, em comparação eu, nem mesmo tive dificuldade nisto. Ela gostava de Sarah ou mais bem, do salário quê ofereciam por tolerá-la.

No fim, ela se incumbia de me provocar de vez em quando.

— O quê quer aqui Kerline? Seu chefe não possui uma cafeteira na própria sala dele?
— Questionei-a.

— Não vir pelo café, vim ver se os boatos eram reais. — Ela sorriu amarga.

— Que boatos?

— Qual é Juliette? Não ouviu mesmo?

— Diferente de alguns, eu sim trabalho Kerline. — Respondi a fazendo me encarar com raiva.

— Como ainda está trabalhando aqui, Sarah aceitou a fedelha? Vão se casar? — Ela me bombardeava com perguntas e olhares fuzilantes.

— Do quê está falando?

— Não se faça a ingênua Juliette. — Ela se escorou no balcão.

— Qual é ? Até um idiota sabe que essa bastarda é filha da Andrade.

Minha pressão caiu, podia ver tudo rodando, mas precisava estar de pé e fazê-la calar a boca.

— Você não pode sair dizendo uma coisa dessas Kerline!

— Todos já ligamos os pontos. — Ela disse enumerando os seguintes na mão.

— Há quase cinco meses você e a CEO viajaram juntas, você voltou estranha da viagem Juliette.

Eu me sentei na cadeira, não conseguia manter-me em pé.

— Sabemos que se dedica a trabalhar vinte e quatro horas, e não sai com ninguém há anos, nem mesmo com suas amigas do terceiro andar. — Ela continua. — Não Preciso ser uma Sherlock Holmes para saber que a única com quem teria tempo para transar é sua chefe.

Tão pronto Kerline parou de falar, meus olhos só focaram em Sarah cruzando a porta e em menos de um segundo tudo escureceu.

Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora