Do apartamento para a mansão

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E se eu disser que já estamos no final da fic??
Estrelinha e comentário ❤️
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Juh

Após a alta, em frente a porta de meu apartamento. 

Ela me olha, mas não diz uma palavra. Não sei se simplesmente o deixo ir ou peço que entre e finjo ser educada.

No geral era só com ela, ficar indecisa, ansiosa ou qualquer coisa do tipo. Por quê Sarah Andrade tinha esse tipo de efeito em mim? — me perguntava. 

— Quer ... — Parei por um momento.

— Entrar? 

— Ann? 

— Entre por favor. — Disse empurrando os nervos para o lado. 

Entramos em meu apartamento, que se encontrava do mesmo modo em quê o havia deixado.  
Na cômoda do quarto os sapatinhos rosas que vimos na viagem, chamaram a atenção dela. 

— Você os comprou? Quando? 

— Pouco antes de voltarmos. — Falei sentando-me ao pé da cama, pois era o mais longe dela que meu minúsculo lugar podia oferecer. 

— Então gostou deles mesmo? — Seus olhos pareciam brilhar como se a resposta significasse muito. 

— Sim. — Disse sem muito alarde. 

— Obrigada Juliette. — Ela se aproximou apenas com três grandes passadas e depositou em beijo em minha testa. 

Completamente despreparada, quase tive um ataque cardíaco.  

Toda a temeridade que sentí desde quê descobri a gravidez ainda me acompanhava de certo modo, mesmo que um dos meus maiores temores já tenha passado, muitos outros me perseguiam. 

Tinha medo, medo da proximidade, medo de Sarah ser igual ao meu pai e medo de amar e me iludir.  

Levantei-me da cama me afastando sem graça, ela notou em então tomou um ar de curiosidade. 

— Há algo errado? 

— Não. não é... é só que há muito o quê conversar ainda. — Digo sem poder olhá-la diretamente. 

— Como quiser, mas não se afaste assim. — Ela deu outro passo para perto.  

Eu não queria ela encarar de frente, mas ela não me deu escolha. Pegou meu queixo virando meu rosto de modo a deixar meus olhos alinhados com os seus. 

— Há coisas que estão te incomodando, mas não me diz e isso me mata Juliette. — Levou minha mão ao seu coração.

— Não acha que já está na hora de abrir o jogo? 

— Não há nenhum jogo.— Respondo desviando os olhos.

— Diga de frente pra mim Juliette! — Ela voltou a impor que meus olhos estivessem na mira dos seus. 

— Realmente quer saber?! — Lhe respondo expondo a frustração de meses. 

— Duvido quê algo nisso dará certo, você tem uma empresa e eu sou desligada e nunca me dei bem com crianças Sarah!  

— Acha que não podemos ser mães? 

— Não. É isso... — Sento na cama em lágrimas.

— Quero fazer isso direito e acho que a bebê merece isso, mas não sei como Sarah...

Ela abraça-me, me conforta e depois de mais calma um selinho leve toca meus lábios. 

— Não começamos bem, mas estamos juntas nessa agora e pode contar comigo.  

Esta frase me deixou boba muito mais do quê já o era. Mas naquele dia em questão precisava saber quê não estava mais só e o tinha.  

Dias trás dias nos acomodamos de um lugar a outro. Na mansão dos Andrades, minha chegada parecia estar muito mais preparada do quê Sarah sugeriu a minutos antes, as coisas com ela nunca eram na brincadeira como ela fazia parecer. 

Nosso primeiro passo dentro da casa foi marcado pelos aplausos dos empregados e pela surpresa de Sarah me carregar no braços para o segundo andar, mas a melhor parte veio depois ao topo da escadaria. 

— O quê acha de a chamarmos Luna? 

— O quê? — Me pegou de surpresa. 

— Luna, nossa filha. Por quê ela é nosso presente. 

— Nosso presente? 

— Sim. O presente de Sarah Andrade e da futura Juliette Andrade. — Exibia um sorriso encantador enquanto dizia cada palavra. 

— O quê significa exatamente?  

— Significa que quero vocês pelo resto de minha vida ao meu lado. — Dispensou por fim as palavras juntando nossas bocas. 

Não pensei muito, mas sabia que o fato de Luna vir ao mundo, já não era mais uma preocupação.  

A bebê seria nossa alegria, nosso presente, nossa Lua.

Escondendo a gravidez da minha chefe - Sariette Onde histórias criam vida. Descubra agora