Tá tudo bem

580 30 1
                                    

POV Bianca

Sair do quarto de Duda brigada com ela dessa forma quebrou meu coração de todas as formas possíveis, eu sei que a culpa é minha, deveria ter falado com ela, não deveria ter ocultado toda situação mas eu achava ser a melhor opção.

O que eu ganhei? Isso mesmo! Duda duvidando da gente.

Desci as escadas correndo, não quero ficar nessa casa, quero deixar ela na dela pra mesma pensar, amanhã apareço aqui com rosas e imploro perdão dela, faço qualquer coisa.

Mesmo com a chuva forte lá fora eu decidi ir pra casa, eu estou me arriscando? Sim, mas nada vai acontecer e eu não costumo pensar direito quando brigo com Duda, isso geralmente me faz ficar mais impulsiva.

Pra minha sorte nenhum dos meus sogros estava na sala, então o caminho pra fora da casa estava não só livre mas também rápido, porque evitaria as perguntas. Além de que eles não me deixariam sair nessa chuva tão fácil.
Saio da casa e a chuva quase me carregava de tão forte no caminho para o carro, as arvores se mexiam e tenho certeza que vi uma telha voando centímetros da minha cabeça. Nessa caminhada até o carro repensei mais de uma vez o que eu estava fazendo, se era realmente seguro, mas a cada nível racional de palavras em cada passo era um passo a mais perto do carro, então quando eu estava lúcida já estava perto do carro.

Voltar não era uma opção.

Na mesma hora que entro no carro eu ligo o aquecedor, não era só uma noite chuvosa como também era uma noite fria. Sinto saudade dos braços de Duda me abraçando e pela vigésima vez na noite penso em voltar pra casa dela.

Encostei a cabeça no volante do carro e me deixei desabar, eu nunca achei que fosse sofrer por amor e muito menos de que meu orgulho acabaria se fosse pra ter ela de novo. Mas nesse caso não estamos falando do meu orgulho.

Meus pensamentos estão bagunçados, me sinto presa ao chão, amanhã tudo vai ficar bem, amanhã tudo vai ficar bem.
Ligo o carro e começo a dirigir pela complicada estrada até a mansão, eu diria que um trajeto feito em meia hora na situação atual estava sendo feito em quase uma hora.

Eu preciso tirar isso do peito, logo mando mensagem pra Isabella, mas ela acaba não visualizando. Por precisar falar muito com minha amiga eu acabo ligando pra ela pela telinha tablet do carro.

-- Oi pinscher! -- Ela fala zoando mas fica alguns segundos em silêncio, retornando com tom sério. -- Bianca por que está dirigindo nessa chuva?

Eu acho melhor não responder ela, afinal a explicação vem junto com o motivo. Escutar a voz dela me acalmou um pouco.

-- Isabella... eu e Duda brigamos... brigamos feio... -- Falo quase chorando, minha voz embargada. -- Ela descobriu da proposta e discutimos feio.

Eu tinha falado pra Isabella da proposta e ela me avisou que eu deveria falar com ela, porém não escutei.

-- Eu espero Isabella... espero de verdade... -- Falo com o máximo de esperança, eu amo Duda demais.

-- Vocês são Bibi e Kropf! Sempre se resolvem... vocês nasceram uma pra outra! -- Sorrio besta com o que ela diz, eu realmente espero isso -- Se amam e vão conversar, como sempre foi.

Começo a passar por uma parte da estrada e a chuva aunenta, fico alguns segundos concentrada e assimilando o que Isabella disse.

-- Eu a amo muito isa... e espero... CARALHO! -- Na mesma hora acontece uma coisa assustadora.

Percebi uns carros ao meu lado também tentando se virar na chuva, quando um deles acelerou demais e deslizou, com isso bateu frontalmente com o carro em suas costas.

Sempre te ameiOnde histórias criam vida. Descubra agora