𝑽innie não consegue controlar seus ataques de raiva constantes e 𝑺ophia sofre transtorno do estresse pós traumático.
Duas personalidades distintas, compartilhando da mesma cabeça barulhenta; onde juntos descobrem que fumar maconha não é a única m...
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sᴏᴘʜɪᴀ ʙɪʀʟᴇᴍ. ᵃᵘᵍᵘˢᵗ ³⁰
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Senti minhas pernas pesarem sobre o colchão macio do quarto de hóspedes onde eu ainda estava hospedada. Me remexi sobre os lençóis grossos e notei minha garganta áspera.
Minha cabeça latejava impacientemente e meus olhos mal se abriam, coçei os mesmos e eu tenho certeza que essa foi a pior coisa da qual eu ja tenha feito.
No instante exato que minha visão ficou clara novamente, vi meu pai do outro lado do quarto, de pé e apontando a arma em minha direção.
Eu me sentei cambaleando para trás até escorar na parede.
Respiração ofegante. Tontura. Suor.
Meu pai ainda ali, repetindo as mesmas palavras da noite do crime.
Meu corpo tremendo da cabeça aos pés.
Então ele puxou o gatilho e no momento exato em que ele ia disparar a porta se abriu, dando espaço para a claridade do dia entrar junto com o corpo pequenino de Zoi.
Meu pai sumiu.
Olhei de minha amiga para onde o corpo dele estava e nada. Não tinha ninguém.
─ Soph? O que aconteceu?
Apontei para aquele lugar onde instantes atrás podia jurar que tivesse visto algo.
Zoi olhou rapidamente e ficou procurando com os olhos algo que lhe pudesse chamar a atenção mas nada.
─ Não tem ninguém. Você deve ter tido outro pesadelo.
Ela veio até mim e me puxou para um abraço.
─ Está tudo bem, ok? Ter pesadelo é normal ─ Zoi beijou minha bochecha, meus olhos permaneciam arregalados. ─ Vim te chamar pra tomar café, senão vamos chegar atrasadas na faculdade.
Bufei. Eu não queria sair de casa mas também não queria ficar sozinha com os meus pensamentos. Isso é uma droga.
─ Eu já vou ─ tentei sorrir.
Zoi saiu do quarto e apenas encostou a porta. Eu fiquei me enrolando na cama choramingando por uns 5 minutos aproximadamente até tomar coragem e levantar.
Abri as cortinas da janela e fui ao armário de minha amiga pegar roupas emprestadas.
Eu queria tanto poder usar minhas próprias coisas.
