𝑽innie não consegue controlar seus ataques de raiva constantes e 𝑺ophia sofre transtorno do estresse pós traumático.
Duas personalidades distintas, compartilhando da mesma cabeça barulhenta; onde juntos descobrem que fumar maconha não é a única m...
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sᴏᴘʜɪᴀ ʙɪʀʟᴇᴍ. ˢᵉᵖᵗᵉᵐᵇᵉʳ ¹⁹
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─ Eu vou buscar alguns livros na biblioteca e já volto, me espera aqui ─ Nailea saiu me deixando sozinha no pátio.
Apenas concordei com a cabeça e me sentei em um banco próximo da faculdade. Nós duas combinamos de estudarmos juntas hoje, aproveitando que o período de aulas acabara mais cedo.
O problema, é que ultimamente eu tenho medo de ficar completamente sozinha em qualquer lugar que seja, porque sempre acho que meu pai vai aparecer do além e me sequestrar. Todos os momentos em que fico só, meu coração acelera desproporcionalmente, mesmo que seja por apenas poucos segundos.
─ SOPHIA ─ me levantei rápido e girei meu corpo quando escutei uma voz familiar.
Não tinha ninguém ali que pudesse estar me procurando.
─ SOPHIA BIRLEM SUA ESTÚPIDA!
O som da voz estava muito alto mas não tinha ninguém.
─ OLHE PARA MIM, VOU ATIRAR COM ESSA ARMA NA SUA CABEÇA.
E nada. Ninguém. Literalmente a porra dos meus pensamentos.
─ VOU ESTOURAR SEUS MIOLOS ─ a voz ria como se a pessoa estivesse bêbada.
Pensamentos involuntários que eu tenho todos os dias, mas agora que estão mais audíveis que nunca.
Senti meu estômago embrulhando e o vômito na pontinha da minha língua.
Tudo ao meu redor gira.
Vejo as pessoas de cabeça para baixo.
Eu sinto meu corpo flutuando.
Meu coração batendo trinta vezes mais rápido do que o comum e nem sei se isso é possível.
Trêmulo, meu corpo está trêmulo.
E involuntariamente suo como se o dia de hoje estivesse fazendo 45° graus, o que é contra a ciência pois estamos em pleno outono.
Eu tenho essas crises desde o dia do crime mas sempre tento esconder, hoje está impossível. Preciso ir para um lugar seguro.
Droga. Eu poderia estar em qualquer outro lugar agora, mas tinha que ser justo na faculdade? Não há lugar isolado aqui.
Eu apenas caminhei com passos largos de onde eu estava até um cantinho que pudesse ter mais silêncio.
Me sentei ali com as costas na parede e escorreguei até o chão, sentindo tudo tremendo.
