» fourteen.

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sᴏᴘʜɪᴀ ʙɪʀʟᴇᴍ

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sᴏᴘʜɪᴀ ʙɪʀʟᴇᴍ. ˢᵉᵖᵗᵉᵐᵇᵉʳ ²⁶

☕︎

Cheguei em casa muito cansada depois de um longo dia e me deparei com o ambiente vazio. Zoi não estava.

Achei estranho e uma onda fria de arrepios surgiu em meu corpo.

Escuto meu celular vibrar no bolso da calça e abro as notificações, como se Zoi tivesse lido os meus pensamentos, me explicou por mensagem porque havia saído.

"Urgências femininas na casa de Maddy".

Bufei.

Eu tenho muito medo de ficar sozinha em qualquer lugar que seja, mas principalmente dentro de casa.

Com as mãos já trêmulas e a cabeça doendo, corri diretamente para o quarto e enfiei meu corpo embaixo dos cobertores.

Quando eu fico sozinha, meu cérebro libera uma chavezinha e destranca a pior parte dos meus pensamentos, aquela na qual eu não gosto nem de lembrar que existe.

Escutar a voz de meu pai por todos os cantos, é algo completamente inevitável.

É assustador.

Sinto todas as vezes a presença dele, acho que estou pirando.

Então, lembrei que eu tinha muita erva na mochila.

Fumar era meu passatempo favorito.

O efeito que a maconha tem sobre o meu corpo nunca é de imediato. Mas só de acabar com metade de um baseado, meus músculos relaxam. A fumaça sobe ao meu cérebro e todos aqueles pensamentos chatos, somem.

Sinto minha bexiga apertada, uma puta vontade de ir ao banheiro me apareceu.

Olhei para a porta do quarto rapidamente.

Não posso levantar da minha cama. Simplesmente não consigo.

Depois que me tranquei no quarto, nada mais me tira daqui.

Imaginar o pior todas as vezes é horrível mas é automático.

Idealizo na minha cabeça a imagem do meu pai apontando uma arma na minha cabeça assim que eu abrir a porta e pronto, minha vontade de mijar foi embora.

Que droga. Preciso de mais maconha.

Puxei a mochila do chão e procurei o que desejava em todos os bolsos possíveis. Mas não tinha mais. Acabou.

Quis chorar.

[...]

─ Alô ─ quando Nailea atendeu meu telefonema me ajeitei na cama, encostando as costas na parede.

─ Você demorou muito para atender! ─ falei com a voz embargada.

─ Está chorando? ─ Devora perguntou com um quê de preocupação.

𝐁𝐀𝐃 𝐓𝐀𝐒𝐓𝐄 - Vinnie Hacker. Onde histórias criam vida. Descubra agora