6 - Conversar Seria Bom.

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Arizona Robbins Point Of View

Assim que Calliope saiu pela porta, soco a mesa que ela estava sentada com força. Eu tinha perguntas, perguntas que talvez eu nunca tenha resposta.

Eu não sei o que está acontecendo, era como se minha mente mandasse eu me apegar a ela.

Quando vi ela saindo pela aquela porta, me deu uma angústia. Eu estava amando ter ela ali, aos meus cuidados. Foi satisfatório ver ela ali, comigo em seus braços.

Saio da sala de leitura e ando rapidamente pro meu carro, pegando minhas coisas que estavam no banco, onde as deixei quando fui de encontro a Calliope. No caminho, vejo Aria parada na parede do pátio, sem pensar duas vezes, a puxo pela blusa, fazendo ela me olhar assustada.

— Está ficando louca? - ela me pergunta, assim que chego no estacionamento, destrancando a porta do meu carro.

— Sua irmã teve crise de pânico hoje, Aria. - falo, olhando-a.

— Como? - ela fala baixo, fazendo um movimento com a mão.

— Eu estava indo dar aula na sala dela, quando Addison se esbarra em mim na escada, e contando a tal notícia. - cruzo os braços. - Fiquei em choque na hora, mas logo corri para a sala dela, e fiz o que li sobre essas crises.

— Sabe o motivo de ela ter tido isso? - ela eleva a voz, preocupada. - Por que ela não me conta as coisas? Que saco. - ela pega sua bolsa e joga com tudo no chão.

— Ela não quis me contar. - falo e olho para o portão, e por culpa do destino ou não, a vejo saindo da escola apressadamente. - Mas vou descobrir, temos que descobrir.

— Por que está tão preocupada com minha irmã? - Aria me pergunta, erguendo uma sombrancelha.

— Não estou preocupada.

— Está sim, ontem no filme, você foi na cozinha com ela dar água pra ela.

— Porque ela estava com medo.

— Hoje perguntou se ela tinha vindo pra escola.

— Queria saber como ela estava, ué.

— Ok, se você fala. - ela dá de ombros.

Me viro novamente pro meu carro, abrindo a porta pra Aria entrar, e ela me olha sem entender.

— Vou te levar pra casa, pequena. - falo como se fosse o obvio.

Ela entra correndo no meu carro, jogando suas coisas no banco de trás. Sorrio olhando-a, acabo negando com a cabeça e meto o pé no acelador.

{...}

Pego as redações dos alunos, para corrigir, precisava dar as notas dessas redações pra hoje. Acreditava no potencial deles, e sabia que cada redação estava impecável, até porque são alunos do terceiro ano.

Despejo o café que tinha acabado de fazer em minha xícara. Ando novamente até meu mini escritório que tinha dentro da minha casa e me sento na minha cadeira. Começo a ler as redações. O tema era sobre mudanças do nosso corpo, para saber qual é a opinião deles sobre cirurgias plástica, dieta fora do normal, exagerar na academia, só para ter a beleza que a sociedade impõe.

Muitos tiveram opiniões muito boas, que eu realmente gostei nesse ponto de vista.

Quando acabo de corrigir todas, escuto meu celular tocar, era Aria. Corro para atendê-lo.

— Fala. - digo assim que atendo.

Tô preocupada. - sua voz sai baixa.

— Por quê?

Enough? - CalzonaOnde histórias criam vida. Descubra agora