Atrás da câmera

16. Красотка. Fim do terceiro capítulo.

Observo Nate com o canto dos olhos, ele está com os olhos fechados deitado no banco da caminhonete, enquanto acaricia a palma da minha mão, seu rosto tem uma expressão relaxada, já eu estou explodindo com o ultimo acontecimento. Nate falou que está apaixonado por mim, foi a melhor coisa que já ouvi na minha vida, queria poder repetir aquele instante varias e varias vezes.

- Você parece uma louca me encarando assim. - Ele sorri zombando de mim e eu dou um tapa leve no ombro dele. Nate abre os olhos e me encara. - O que você faz, geralmente, depois do treino? - Ele pergunta observando meu rosto, sinto um leve frio na barriga.

- Ah, geralmente eu visito a minha amiga Sam no café onde ela trabalha e depois vou para casa estudar. - Dou de ombros e ele revira os olhos.

- Que vida entediante. - Franzo o cenho me sentindo atacada.

- Não é entediante, capitão diversão, é uma vida calma e pacifica. - Respondo na defensiva e ele da risada. - O que você costuma fazer? - Pergunto com um pouco de medo da resposta.

- Eu volto para casa, faço as coisas da faculdade, saio, encho a cara e geralmente transo. - É a minha vez de revirar os olhos.

- E você chama isso de diversão? - Ele balança a cabeça positivamente, convencido. - Nesse caso você está completamente errado. - Digo tirando minha mão debaixo da dele, ele franze as sobrancelhas e puxa minha mão de volta, o que me faz sorrir.

- Então o que você sugere de diversão Красотка? - Ele pergunta sorridente e eu estranho a ultima palavra dita por ele.

- O que é isso? - Pergunto curiosa.

- Linda em russo. Красотка. - Ele responde simples, não consigo evitar pensar em como ele soa sexy falando a palavra. - E então, o que você sugere de diversão?

- Acho que tenho uma ideia, mas você vai ter que me deixar dirigir, lindo. - Falo a ultima palavra em português e ele me encara confuso. - É lindo em português, lindo. - Nate da risada e se aproxima segurando meu pescoço.

- Você me deixa de pau duro falando em português - Sinto minhas bochechas esquentando instantaneamente, ele deposita um beijo terno em meus lábios e então se afasta. - A direção é toda sua. - Ele abre a porta do carro e desce, vindo na direção da minha porta. - O que está esperando? - Nate pergunta abrindo a porta.

Eu pulo para o banco do motorista e coloco o cinto dando partida no carro, está coisa é uma maquina, fico confusa com o tanto de botão e luzes no painel.

POV NATE

Observo Jules dirigindo com atenção, todo seu foco está na estrada a nossa frente, os olhos castanhos estão iluminados pelo sol que decidiu aparecer, sua pele brilha reluzente, o cabelo ainda levemente úmido voa com a brisa do vidro aberto. Ela parece a porra de um anjo.

Quando me dou conta de onde estamos, fico confuso, consigo ver a ponte memorial Sorlie de longe, Jules vira na rua que nós leva até o parque central de Grand Forks e estaciona o carro a alguns metros da área reservada. Ela desce do carro sem esperar por mim, o que me faz descer logo em seguida e agarrar a mão dela.

- Onde estamos indo? - Pergunto enquanto ela nos guia pelos caminhos do parque.

- Segredo. - É só o que ela responde e eu reviro os olhos. Vingança não combina com você Jules.

- Já vou logo avisando que se você planeja me sequestrar, deveria ter me amarrado. - Ela revira os olhos e dá risada antes de parar a uma distância pequena do rio que divide o estado de Dakota do estado de Minnesota.