25. Confissão. Fim do quinto capítulo.

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POV NATE

Sinto Jules me empurrar e logo em seguida meu rosto queima, ardendo com o tapa, que ela acaba de me dar, encaro seu lindo rosto e seus olhos estão repletos de fúria, ela me xinga e então sai andando na direção contrária. Franzo o cenho confuso, ela cedeu, por que ela está tão furiosa?

Levo alguns segundos para me recuperar do tapa e então a sigo, Jules atravessa a porta de saída de emergência da parte dos fundos do bar, passo pela mesma porta em seguida. Quando meus pés alcançam o lado de fora ouço um barulho vindo de trás da lixeira. Jules.

- O que você está fazendo aí? - Pergunto com um sorriso nos lábios. A cena dela se escondendo dentro de uma caixa de papelão é engraçada e patética. Ela parece uma criança com birra dos país, me encarando pelos buracos da caixa com os olhos raivosos.

- Não é óbvio? - Ela responde ainda dentro da caixa. - Estou me escondendo de você seu idiota! - Jules murmura irritada.

- E por que você está se escondendo de mim? - Pergunto colocando as mãos na cintura enquanto ela revira os olhos.

- Porque você só me machuca. - Ela responde com uma certa melancolia na voz. - Desde a primeira vez, você fez questão de me machucar. Qual o seu problema comigo? - Jules se levanta da caixa e me encara com os olhos marejados. A cena faz minha garganta fechar. - Me responde Nate, o que eu te fiz para você me machucar tanto? O que eu fiz para você me odiar assim? - Me fez sentir, mas eu não te odeio por isso, eu não te odeio de maneira nenhuma, sou incapaz de odiar Jules.

- Me desculpe Jules, isso... isso foi um erro, eu não deveria... - Jules solta uma risada sarcástica enquanto engasgo com as minha palavras, ela me encara e sacode a cabeça em desaprovação.

- Nem você sabe. - Ela sai da caixa, batendo as botas com força no cimento do beco. - Sabe o que eu acho? Eu acho que você é um riquinho metido a besta que precisa de validação do ego a todo instante e achou o alvo perfeito em mim e eu não sei o motivo, mas pode ter certeza que eu não vou permitir que você me use novamente Nate, eu não vou! - Ela se aproxima enquanto eu me afasto, Jules posiciona o dedo indicador contra meu peito em acusação, os olhos dela brilham em algo como raiva e um mix de sentimentos. Só o que consigo pensar é em como ela fica linda assim. Quando minhas costas encontram a parede fria de tijolos, Jules não interrompe a aproximação, ela fixa seus olhos nos meus e continua seu discurso. - Eu deixei você me usar, porque eu queria tanto você, eu queria tanto que você me quisesse, que eu já não me importava com a ideia de você me usar, mas agora Nate, eu vou entrar na porra daquele bar e eu vou beijar a primeira boca que aparecer e eu vou ir para a cama com ele, PORQUE FODASE, eu não aguento mais, eu preciso seguir em frente, seguir em frente bem longe de você. - As palavras de Jules me enchem de raiva, só a ideia do corpo de Jules em contato com outra pessoa me faz querer explodir o mundo todo. Eu agarro o pescoço de Jules, segurando seu rosto contra o meu, seu olhar de fúria tropeça em algo novo, um sentimento que eu conheço bem.

- Você não vai fazer isso Jules, sabe por que? - Ela arqueia as sobrancelhas desafiadora.

- Por que capitão babaca? - Agarro a cintura dela com meu braço enquanto mantenho o meio entre seu queixo e pescoço na minha mão.

- Porque a única pessoa que você quer de verdade sou eu. - Aproximo meus lábios do dela, mantendo contato visual, seu hálito doce invade meu pulmão e nesse momento sinto todo meu corpo enrijecer. - E você quer saber de uma coisa Jules Silva? Eu também quero você, eu te quero todos os dias, quero essa sua bunda linda sentando em mim enquanto geme meu nome feito uma vadia, eu quero sua boca beijando meu corpo como se fosse a única coisa que você precisasse, eu quero ouvir sua risada, que é tão gostosa quanto você, quando eu falo algo idiota, eu quero acordar e ter você dormindo ao meu lado com a cara mais linda que eu já vi em toda minha vida. - Eu aperto o braço, fazendo o corpo de Jules ficar colado ao meu, nesse instante a respiração de Jules está ofegante e seus lábios estão minimamente abertos, suas bochechas estão coradas e seu olhar vacila entre meus olhos e minha boca. Jules está rendida.

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