Imagines || Hailee Steinfeld

Trouble Maker

Mais um dia de patrulha nas ruas de Los Angeles, eram por volta de dez horas da noite e até o momento tudo estava muito calmo, o que é até mesmo uma coisa boa, geralmente sempre temos chamados como batida de motoristas bêbados ou brigas sem nexo. Ao mesmo tempo que amo meu trabalho, ele pode ser também muito cansativo.

Enquanto eu dirigia o carro da polícia, meu amigo e parceiro, Michael, tinha seus olhos na estrada. Ele era completamente o oposto de mim, mas acabou que foi isso que nos ligou.

– Alguém na escuta? – o rádio px do carro, alerta.

Desvio o olhar rapidamente para Mich e ele pega o radio comunicador, rapidamente respondendo.

– Lewis e Ss na escuta, o que você tem pra gente? – questiona.

– Uma denúncia acaba de ser feita. Indentificada como Rose, a mulher acabou de ligar afirmando que sua vizinha está fazendo uma festa e o barulho não permite que seus dois filhos pequenos consigam dormir. Ela disse que se dá muita bem com a mesma e é a primeira vez que isso acontece.

– Onde a casa está localizada?

– No distrito de Encino.

– Ótimo, estamos perto, iremos imediatamente.

– Vou passar a informações da rua pelo GPS. Câmbio desligo.

– Eu amo dar multa pra adolescente! Chega fico feliz. – digo animada.

– Tu sabe que ainda é praticamente uma adolescente né? – fala brincalhão.

– Tecnicamente eu entrei pra polícia com vinte e agora tenho vinte e seis. Você tá bem atrasado viu, tenho pena da Jules!

– Eu tenho trinta e dois e te vi crescer nesse emprego, me dá um desconto! Não tô preparado pra ver minha pequena crescer.

– Você próprio se auto chamou de velho, uau! Temos aqui uma evolução. – falo, mostrando meu distintivo ao guarda da guarita e o mesmo permite minha entrada.

– Se eu fosse você, estaria me divertindo em festas, mas agora sou casado e tenho família.

– Sério que tu imagina isso? Caso eu não trabalhasse como polícial, eu estaria em casa, deitada na minha cama e comendo qualquer tipo de besteira. – estaciono o carro na frente da grande casa que diferente do que eu pensei, tinha um estilo bem rústico nas cores preta e marrom – De zero a dez a chance de eu ficar indo em festas é tipo menos um.

– Tu me tem uma cara de quem já aprontou muito quando era adolescente. – sai do veículo e eu acompanho seus movimentos fazendo o mesmo.

– Não é mentira, mas agora eu trabalho e não tenho tempo pra esse tipo de coisa. – andamos até a propriedade que era cercada por árvores – O jogo virou e agora sou eu quem dou as multas para esses jovens que só sabem ouvir música no último volume, beber sabendo que são menores de idade e usar drogas.

– Você acabou de descrever euphoria?

– Quase isso. – dou de ombros, batendo na porta. De fato a música era tão alta que dava para escutar do meio da rua – E depois eu quero saber como tu conhece euphoria.

Uma jovem de cabelos castanhos curtos abre a porta, a mesma segurava na mão uma garrafa de vidro que percebo ser cerveja. Trato de questiona-la educadamente, sem pensar duas vezes.

– Boa noite, sou a policial Sn e esse é meu parceiro Michael. – mostramos os distintivos – Você é a dona da casa? – pergunto tranquilamente.

– Oi, desculpa, algo aconteceu? Se quiser posso chamar a minha amiga, ela que mora aqui. – aparentemente a mesma ainda estava bem sóbria.

– Faça isso, por favor, e peça para trazer a identidade.– sorrio educada.

Não demora muito para um morena, talvez um pouco mais alta que eu, aparecer na porta. Seus cabelos castanhos e olhos da mesma cor, a pela clara coberta apenas por algumas pintinhas, e o óculos de hastes pretas brincando em seus olhos.

– O-Olá senhorita. – falho miseravelmente em gaguejar – Gostaria de saber se está tudo certo por aqui?

– Oh, claro que sim. Aconteceu algo? – me pergunta com um olhar preocupado – Aqui a identidade.

– Irei checar e logo trago. – meu parceiro pega de sua mão e se afasta indo até o carro.

– Recebemos uma denúncia em relação ao volume da música, a vizinha reclamou pois tem filhos pequenos. – ponho as mãos penduradas no colete.

– Sinto muito por isso, não irá se repetir. Eu disse para Ella baixar o volume, mas ela é muito teimosa. – revira os olhos.

– Tudo bem, só peço para que tenha cuidado em relação a isso.

– Aqui. Tenha uma boa noite. – meu parceiro estende o documento na direção da mulher.

– Hum, seria contra as leis eu pedir seu número? – questiona me olhando e eu arregalo os olhos

– Está flertando com minha parceira? – a garota assente nervosa – Bem, irei fingir que não vi e voltar ao carro, lhe espero lá. – sorri para mim e segue caminho.

[...]

Depois desse dia eu e a cantora começamos a conversar e alguns meses depois de tanto enrolar, eu pedi ela em namoro. Era realmente duvidava em relação a forma como nosso relacionamento deu início, mas acho que agradeço Hails por ter sido inconsequente e agradeço a Ella por ter sido tão teimosa.

Agora minha garota problema estava andando na linha, afinal, ser namorada de uma policial certinha tinha seus contras, mas também muitos outros prós como ter algemas em casa.