Capítulo Vinte e Um

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    –Quando você nasceu eu soube que estava destinada a ser a campeã da terra.–disse Alura se aproximando de sua filha. Kara a encarou confusa mas antes de questionar sua mãe a mas velha continuou. –Eu tive medo disso. Desejei que fosse mentira, e então, construí uma mentira por cima disso. –concluiu a mais velha.

–Como? Eu não entendo. –Kara respondeu confusa. –Eu tento mãe, mas é impossível.

–Astra está certa querida. –respondeu Alura suspirando. –Em partes ela está certa. Ela tentou impedir tudo mas falhou miseravelmente, eu aumentei ainda mais essa mentira, eu a privei de saber de seus poderes eu... Eu tive medo de perder você, mas de qualquer forma...

–Você me perdeu. –concluiu Kara interrompendo Alura. Sua mãe assentiu em concordância.

–Me perdoe por isso querida. O medo nos cega e nos faz fazer coisas que não queremos. –exclamou Alura.

–Ainda não consigo entender o porquê disso. –disse Kara ainda confusa. Alura suspirou e então continuo.

–Filha... Você é a mais forte de todos nós juntos, nem seu primo se compara a você. –revelou Alura.

–Primo? –indagou Kara confusa. Todas aquelas revelaçoes estavam a deixando com dor de cabeça.

–Sim, Kal ou Clarke. Ele foi embora depois de um tempo-respondeu Alura desviando o olhar pra outro lugar, a mais velha respirou fundo novamente e continuo.-Kal amou a ideia de ter uma prima, até o momento que se tornou arrogante e descobriu que ela poderia ser mais forte que ele. Ele ficou irritado, não queria que ninguem fosse melhor que ele. Deveriamos ter notado porque desde sempre ele foi assim. Talvez se eu tivesse aceitado o pedido de seu pai pra cuidarmos dele.- murmurou Alura.- Jor não era e nunca foi a personificaçao de melhor pai, e depois da morte de sua esposa tudo piorou. Mesmo que eu peça desculpas a você e diga que me arrependo nada vai mudar certo? Mas porfavor filha, eu te amo e sei que oque eu fiz foi burrice mas... Me perdoe. –Alura disse abraçando Kara, a mais nova fechou os olhos com força tentando controlar as lágrimas.

–Você deixou quem eu amo sofrer mãe... –disse ela em um fio de voz. –Se tivesse me contado tudo eu teria evitado isso! Eu precisei "morrer" pra me encontrar! Tendo você do meu lado com todas as respostas! –dizia a loira entre lágrimas. –Mas eu perdoou você... Eu perdoou você, não por isso, não porque você é minha mãe e eu te amo, mas por mim. –disse a loira por fim.

Kara se afastou de Alura levantando-se e indo embora.

[...]

–Não é idiotice da minha parte dizer que a amo? –perguntou Lena mais uma vez. Samantha respirou fundo enquanto dobrava suas roupas e mais uma vez negou.

–Querendo ou não o amor não escolhe dia, hora ou tempo Lena, por Deus! Eu já respondi isso centenas de vezes, diga logo o que há de errado. –disse Sam se aproximando da morena.

–Eu... Eu tenho medo de que vá a ser muito cedo, e... Somos tão jovens Sam! Pode ser apenas carência da parte de nós duas ou só uma paixonite eu tô com tanto medo! E céus, ainda tem a coroação! –despejei tudo em Sam, essa que apenas sorriu de lado e me abraçou com carinho.

–É muito querida, sei que isso tá sendo de mais pra essa sua cabecinha oca. –brincou ela. –Mas também sei que você vai se sair bem! Você, ao menos a única que eu conheço, se empenha em estudar sobre seu povo, entender sobre tudo o que acontece pra tentar melhorar cada vez mais e não repetir os erros do passado! Enquanto a isso não se preocupe, agora já Kara, na humildade opinião desta mera plebeia você também não deveria se preocupar. –disse ela virado o rosto de Lena pra si, olhando fundo nos verdes agora mais escuros da morena. –Eu vejo como vocês se olham, como se preocupam uma com a outra, como uma quer se ferrar pra que a outra não pague o preço aff, vocês são tão grudentas! –falou Sam fazendo com que Lena rise.

–Obrigada Sam, só você pra aguentar meus surtos. –agradeceu Lena sorrindo de lado.

–Ficaria feliz se aumenta-se meu salário, obrigada. –brincou a mais velha levando Lena a gargalhar. –Oque? É sério! Cuidar de você exije muito esforço. –disse ela dramaticamente.

–Oh querida! Não se preocupe, irei ver oque posso fazer. –respondeu Lena abraçando a amiga de lado. –Vamos lá, dona Lilian nos espera. –disse fazendo uma careta.

[...]

–Pensando. –Jor disse enquanto se aproximava de sua filha.

O silêncio prevaleceu durante alguns minutos, Kara e Jor passaram aquele tempo vendo ao entardecer, o silêncio foi cortado com Kara respondendo a pergunta de seu pai.

–Astra. –disse a loira. –Ela me disse tanta coisa no tempo em que estive "morta". –disse ela. –Agora Alura me diz outra e eu... Eu não sei no que acreditar. –confessou a mais nova.

–Bom... Se não quiser não acredite em nada –respondeu Jor.–Não precisa escolher um lado Kara, e não precisa me ouvir também, afinal até eu fiz parte de tudo isso. –exclamou o kryptoniano. –Agora você somente sabe dos dois lados da história, tire suas conclusões e acredite no que tem que acreditar.

–Eu não sei no que acredito. –disse ela aflita, seu medo, apesar da loira tentar esconder o mesmo, era visto em seu olhar.

–Você acredita em Lena? –perguntou seu pai, a kryptoniana acentiu rapidamente, Jor sorriu e respondeu. –Então acredite nela, acredite em seu coração.

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Some, volta, some, volta

Hoje eu voltei!

E então como estamos?

(capítulo não revisado)

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