Capítulo Trinta

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Boa leitura!

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Kara observava a paisagem encantada ao seu redor. A fazenda dos pais de Lena agora era o refúgio delas, oferecida como um presente de casamento. As árvores frutíferas, o som suave dos pássaros e o pequeno lago ao fundo, onde patos nadavam tranquilamente, compunham o cenário perfeito.

—Então essa é a casa da sua infância? — perguntou Kara, os olhos brilhando de curiosidade.

Lena sorriu ao ouvir a pergunta. Segurava a mão da esposa enquanto caminhavam pelo gramado macio.
—Grande parte dela, sim. Sempre vinha aqui com minha mãe. Este lugar... é onde me sinto em paz. — Seus olhos castanhos carregavam um misto de nostalgia e felicidade.

Kara a puxou levemente para mais perto, envolvendo-a em um abraço caloroso.
—Agora, é onde começamos a nossa história juntas.

Elas trocaram sorrisos cúmplices enquanto cruzavam a porta da casa, deixando suas malas no topo da escada. O cheiro de madeira antiga e lembranças parecia preencher o ambiente.

—Quero te apresentar cada canto especial desse lugar. — disse Lena, envolvendo os braços no pescoço de Kara, o olhar cheio de carinho.

—Hum, então vou conhecer os esconderijos secretos da jovem Lena? — provocou Kara, arqueando uma sobrancelha sugestiva.

Lena estreitou os olhos com um sorriso brincalhão antes de responder, a voz carregada de sarcasmo.
—Definitivamente, não! Alguns segredos devem continuar enterrados.

A gargalhada de Kara ecoou pela casa, enchendo o espaço vazio com calor e alegria. Lena negou enquanto se afastava da mulher e seguia até a cozinha.

—Pedi pra encherem a dispensa. Vamos preparar algo pois sem bem que o poço sem fundo aí já deve tá atrofiando. —murmurou Lena. Kara abriu a boca incrédula.

—Está dizendo que sou uma comelona Lena? —perguntou Kara em choque.

—Eu? Jamais! Você é minha esfomeadazinha favorita! —brincou Lena, Kara soltou uma gargalhada e negou.

—Ok! Vamos cozinhar, e pra sua informação eu não como muito! —disse a loira, Lena riu.

—Ok senhorita "eu não como muito"! —provocou Lena.

[...]

— O traje é totalmente funcional! E nada pesado, sério, vai ficar perfeito em você. Ele consegue absorver a radiação solar na medida exata que você precisa e até repele a kryptonita, mesmo sem o capacete! É perfeito. — dizia Lena, a voz melodiosa preenchendo o espaço, enquanto girava a taça de vinho entre os dedos. As taças, ambas pela metade, refletiam a luz ambiente com um brilho quase hipnótico. Kara, apoiando a cabeça em uma das mãos, observava Lena de cima a baixo, o olhar tranquilo, mas penetrante, permanecendo em silêncio por alguns segundos.

— Muito interessante... — murmurou a loira, o tom de sua voz levemente arrastado, carregando algo que fazia Lena erguer as sobrancelhas em uma mistura de curiosidade e provocação.

Lena parou por um instante, inclinando-se ligeiramente para frente, os lábios se curvando em um sorriso carregado de intenções veladas.

— Hum... acho que não viemos aqui para ficar falando de trabalho. — murmurou a Luthor, a voz baixa, quase rouca, deixando escapar uma leve insinuação.

Kara sorriu, os lábios se curvando de forma lenta e intencional, os olhos azuis cravados nos de Lena.

— É admirável ver você falar... — disse, a voz baixa, mas envolvente, carregada de um tom que era impossível ignorar.

o Último DueloOnde histórias criam vida. Descubra agora